O Conselho de Segurança das Nações Unidas decidiu
prolongar a missão de Consolidação da Paz na Guiné-Bissau de 30 de novembro
para 28 de fevereiro de 2015.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU)
decidiu prolongar o mandato da missão na Guiné-Bissau até 28 de fevereiro de
2015. “O Conselho de Segurança decidiu prolongar o mandato do Gabinete
Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau
(UNIOGBIS) para que continue a apoiar os esforços para lidar com um leque de
desafios políticos, de segurança e desenvolvimento”, refere um comunicado
divulgado pela organização.
Em maio, o órgão tinha decidido que o prolongamento
seria até 30 de novembro, mas agora decidiu dilatar a representação por mais
três meses, de 1 de dezembro de 2014 a 28 de fevereiro de 2015. O pedido de
extensão já tinha sido feito pelo primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira,
que falou no Conselho de Segurança no dia 19. “Apesar dos significativos
avanços, muito encorajadores, o governo admite com realismo que existem riscos
e fragilidades importantes que merecem atenção e respostas adequadas”, disse o
líder do executivo. Na mesma ocasião, o representante da ONU em Bissau, Miguel
Trovoada, referiu que “não é o momento de a comunidade internacional se
desligar, muito pelo contrário”.
Uma Missão de Avaliação Estratégica das Nações
Unidas, pedida pelo secretário-geral, terminou a 14 de novembro uma visita a
Bissau e o respetivo relatório deverá ser divulgado em janeiro. Os resultados
provisórios são “animadores”, acrescentou Trovoada. O relatório deverá ser um
dos documentos de suporte para o rumo que o Conselho de Segurança vier a
apontar para a UNIOGBIS depois de fevereiro. As autoridades de Bissau já
expressaram a vontade de ver as Nações Unidas a coordenar a força de
estabilização da paz estacionada no país, em conjunto com outras organizações
internacionais e com maiores atribuições.
Segundo comunicado do governo divulgado no dia 20,
foi defendida, em encontros com a comunidade internacional em Nova Iorque, “a
manutenção da força de estabilização da Comunidade Económica dos Estados da
África Ocidental (CEDEAO), a ECOMIB, devendo a sua missão de segurança às
instituições e individualidades ser complementada com outras”. Ou seja, pede-se
que haja também atividades de “formação e estruturação das forças da defesa e
segurança, criação e efetivação do fundo de pensões e reinserção dos oficiais
entretanto desmobilizados”. “Para este efeito, os demais parceiros
multilaterais devem ser integrados: a CPLP, a UA, a UE, sob a coordenação das
Nações Unidas”, indicou o documento.
A ECOMIB é um contingente policial e militar
colocado pela CEDEAO (de que a Guiné-Bissau faz parte) no país após o golpe de
Estado militar de 2012 e que integra efetivos dos diferentes estados da
comunidade. No encontro dedicado à Guiné-Bissau, o Conselho de Segurança pediu
ainda que sejam investigados “todos os alegados casos de violação dos direitos
humanos e abusos” e que continuem a ser tomadas medidas para combater o tráfico
de droga que ameaça a estabilidade do país.
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