
A ser verdade, nós Guineenses Republicanos,
entendemos que a GB é um Pais independente após 11 anos de luta armada heroica,
que ceifou as vidas de muitos Guineenses.
A propósito, ainda há feridas abertas por causa
desta Injusta luta contra o regime imperialista português. Nós sendo uma
República, temos naturalmente as nossas Força a Armada – FARP – que tem que ser
achada e respeitada como a instituição de Estado, qualquer opinião, de qualquer
Político sobre vinda de Tropas estrangeiras, tem que ter em conta a FARP por
questão de respeito interinstitucional. O objectivo primordial das FARP é de
garantir a integridade territorial do Pais e lutar contra qualquer tipo de
invasão por forças estrangeiras.
1. Senhor Primeiro Ministro, precisa de explicar aos
guineenses qual é o objectivo principal (n.1) desta presumível ou eventual
envio desta forca de estabilização no país?
2. Não estando o País em situação da Guerra,
entendemos que uma força estrangeira num Pais sem conflito armado representa
uma ameaça e ofensa grave ao povo e à integridade territorial, pondo em causa
as responsabilidades das FARP para com o País. Como explica isso? Não acha que
esta situação constituirá uma nova fonte instabilidade político-militar a
semelha do que aconteceu no dia 12/04/2012?
Sr. PM, deixa-nos só relembrar-lhe em breve para
situar a sua posição: o Sr., aquando do golpe de 2012, estava do outro lado da
barricada como Secretario executivo da CPLP embora cidadão guineense. O Sr.
apoiou inequivocamente, nessa altura a possível invasão do Pais pelas tropas
Estrangeiras, que felizmente não aconteceu e mais, declarou juntamente com
Portugal e Angola a tal badalada “Tolerância Zero” imposta ao País pelo Paulo
Portas que chegou ao ponto de invadir com a Frota portuguesa as Águas
Territoriais da GB. País onde o Sr. é hoje o PM.
Se o Sr. tivesse realmente um alto sentido de
responsabilidade moral e politico-ideológico dessa sua posição, não teria nem
candidatado a nenhum cargo publico, muito menos ao cargo que exerce hoje. Não
acha o Sr. PM?
Se o País tivesse uma Oposição Democrática
construtiva ao serviço do povo, talvez o seu governo não teria pés para andar
mesmo depois dessa “Coligação” com o segundo partido mais votado nas últimas
eleições.
O Sr. já se perguntou como foi possível um Partido
com maioria absoluta para governar, fosse precisar do segundo Partido mais
voltado para formar Governo, quando este último deveria fazer uma Oposição
Democrática?
Sr. PM, isto só acontece com o Líder que tem medo da
Oposição, fica a saber que esta situação tem um nome: O medo da oposição é
matar a Democracia e promover o conformismo; deixar tudo na mesma.
O Sr. tem um imperioso dever de falar sempre com o
Povo, sobre as suas decisões de Governação, é um insulto comunicar com o Povo
de fora para dentro, como foi o caso, enviando recado a partir de Nova Iorque.
Se o Sr. não explicar explicitamente a sua intensão ao Povo, então o Povo
vir-se-á forçado a exigir o direito a resposta.
Nós como Republicanos entendemos, relativamente a
esta matéria sobre uma força de Estabilização, é totalmente incoerente e
inconsequente de acordo a situação actual dos pais. Se não vejamos:
União Europeia é uma Organização não militarizada e
pertence a uma região geopoliticamente fora do contexto africano; então não tem
sentido estarmos a falar disso.
CPLP é uma comunidade dos Países de língua
Portuguesa, também não é militarizada e portanto não conta com envio de tropas;
UA essa sim, mas em caso de um conflito armado (não
atuou em Moçambique não se sabe porque, GB não seria um caso a parte), não
teria argumentos para o envio de um contingente militara para GB
CEDAO, essa sim tem o dever de ajudar um país da
mesma Organização em caso de conflito armado (o que não se justifica neste
momento); visto bem as coisas, esta também já deveria estar a fazer as malas
para deixar o país.
Como vê Sr. PM, os Guineenses estão conscientes do
que é preciso neste momento, não há praticamente motivos para invocar a vinda
de uma força de estabilização.
O Sr. de certeza deve ter os seus motivos… mas para
isso é preciso ser direto e aberto para com o Povo. Nós sabemos que anda por aí
uma Campanha de preparação do regresso forçado dos antigos Governantes do seu
partido exilado em Portugal que por acaso sempre lutaram e defenderam esta sua
ideia de uma força de estabilização que incluísse CPLP, UE, UA reforçando o
contingente da CEDAO já existente.
Fique sabendo que nós quando votamos, votamos para
uma GB livre. Por isso nunca aceitaremos invasão, porque da invasão por Parte
dos Portugueses é que erguemos este País, sabemos os custos disso após 11 anos
de Gerra, derramando sangue dos nossos melhores filhos para a independência
total do território da GB.
O Se Sr. aceitar embarcar nessa Aventura sozinho,
também conscientemente terá que arcar com todas as responsabilidades que possam
advir dessa sua decisão.
Os Republicanos
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