segunda-feira, 15 de junho de 2015

Amílcar Cabral: "Luta do povo, pelo povo, para o povo"

É preciso ler e estudar o Pensamento de Amílcar Cabral, não só para se concordar com ele, mas também para se discordar dele. Quem nunca leu e, ou estudou o Pensamento de Amílcar Cabral, entre o legado teórico e a Acão prática revolucionária, certamente não está em condições de debater o seu Pensamento e cairá no ridículo de apenas querer ser protagonista num debate de ideias sustentado!
Com Amílcar Cabral, ninguém iria prejudicar a sua CAUSA MAIOR, o POVO! Nenhum dirigente do PAIGC seu Partido, seria mais importante e decisivo do que a CAUSA primeira que inspirou, motivou e impulsionou a criação do próprio PAIGC, ou seja, o POVO. Depois do desaparecimento físico de Amílcar Cabral e das insuficiências e divisões na interpretação do seu Pensamento, a causa maior de uns e outros do PAIGC passou a ser a causa movida por interesses pessoais...- Fernando Casimiro

Por, Fernando Casimiro

"Um princípio fundamental da nossa luta é que a nossa luta é a luta do nosso povo, e o nosso povo é que tem que a fazer, e o seu resultado é para o nosso povo.

Os camaradas já compreenderam bem o que é o povo. O problema que pomos agora é o seguinte: Mas o nosso povo está a lutar contra quem?

Claro que a luta dum povo é sua, de facto, se a razão dessa luta for baseada nas aspirações, nos sonhos, nos desejos de justiça, de progresso do próprio povo, e não nas aspirações, sonhos ou ambições de meia dúzia de pessoas, ou de um grupo de pessoas que tem alguma contradição com os próprios interesses do seu povo.

Contra quem é que o nosso povo tem que lutar?"

O nosso povo tem que lutar contra os seus inimigos de dentro. Quem? Toda aquela camada social da nossa terra, ou classes da nossa terra, que não querem o progresso do nosso povo, mas querem só o seu progresso, das suas famílias, da sua gente. É por isso que dizemos que a luta do nosso povo é contra tudo quanto seja contrário à sua liberdade e independência, mas também contra tudo quanto seja contrário ao seu progresso e à sua felicidade.

"A luta, na nossa terra, tem que ser feita pelo nosso povo. Não podíamos de maneira nenhuma pensar em libertar a nossa terra, em fazer a paz e o progresso da nossa terra, chamando gente de fora (estrangeiros) para virem lutar por nós.

Nós queremos que tudo quanto conquistarmos nesta luta pertença ao nosso povo e temos que fazer o máximo para criar uma tal organização que mesmo que alguns de nós queiram desviar as conquistas da luta para os seus interesses, o nosso povo não deixe. Isso é muito importante."

Nota: Os artigos assinados por amigos, colaboradores ou outros não vinculam a IBD, necessariamente, às opiniões neles expressas.

1 comentário :

  1. James Wilbonh Flora Duas coisas, uma, quem devia ser julgado foi quem matou Cabral, tirando a vida, pois com a vida teria concluído o seu projecto e eventualmente ser julgado ou auto julgar-se depois da Independência.
    Outra é, ao dizer que o Povo não estava preparado, é o mesmo dizer que devíamos continuar com o salazarismo mesmo que em Portugal já ninguém acreditava no regime.
    É isso ? Bom discordo completamente e mais digo, por esta via quer dizer que nunca vamos estar preparados, a África nunca estará preparada. Não sabem porque ? Eu respondo, é porque outros continentes sabem que nos Africanos estamos resignados e sentimos cômodos em afirmar que não estamos preparados.Desta maneira eles, as maiores potências econômicas nunca vão permitir que Africano sinta preparada.Prova de isso foi a Morte de Sankara e antigo líder Líbico, etc..porque estes queriam um Homem Africano preparado a sua maneira e com a riqueza do seu subsolo competir num equilíbrio custo/benefício com outros Povos. É por continuarmos a demostrar está impreparação por isso que 80% de orçamento de UA é ainda financiado por potências fora do continente.Neste andar meu Mano, nunca mais estaremos preparados. Como vê desde cedo Cabral refutou este protetorado preferindo mostrar a partir da sua luta, a sua capacidade autóctone de organizar e consegui o que tinha traçado como objectivo descolonização total da Guiné e Cabo Verde....

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