sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Guiné-Bissau, a irresponsabilidade de políticos guineenses e a desgraça nacional

O nosso país tem uma superfície de apenas 36 mil 125 quilómetros quadrados mas tem a infeliz fama de possuir uma classe política mais oportunista e menos preparada do mundo, que acaba por ser o principal arquitecto da desgraça colectiva do povo guineense. Este povo tem sofrido até agora não por culpa própria mas por ter políticos manipuladores e incompetentes. Esta classe política, ultrapassada não tem responsabilidade nenhuma para com o povo.

Confiante na ignorância da nossa população, privada de um ensino de qualidade durante décadas, a dita classe política guineense consolidou o seu domínio social na arte de manipulações e intrigas. Não presta contas nenhumas ao povo e é capaz de mudar, em segundos, da mentira para a verdade! É capaz de mudar com palavras a cor de um animal.

O actual cenário político a tender-se para o pior é prova evidente de que a Guiné-Bissau está falida de políticos patriotas comprometidos com a Nação. A ausência total de um diálogo construtivo, o jogo de intrigas, a fome de ser ministro para ter boa vida, disputas pelo protagonismo, são vícios que explicam bem a baixa cultura do homem político guineense. Não se pode compreender que, depois de um difícil período político de retorno à normalidade constitucional com todo o leque de sacrifícios que houve, possa haver ainda nesta terra, pessoas a remarem em direcção ao caos. Com que propósito? Esqueceram-se das promessas eleitorais feitas ao povo durante a campanha? Quem vai agora cobrar a factura a esses políticos que dormem e acordam em colchões de mentiras?

A crise política actual prosperou sem dúvida por não ter havido a vontade política efectiva de encontrar uma solução para os diferendos entre a facção leal ao Presidente da República e ao grupo fiel ao chefe do governo guineense e líder do PAIGC. As disputas internas no partido libertador, sempre na história deste país, acabam por atingir a esfera do poder de Estado, este aliás ainda vulnerável às vontades humanas. Triste.

Mais uma vez, o nosso país prepara-se para um novo ciclo de incertezas cujo horizonte é muito cedo de prever. A única certeza de momento, é que mais uma vez esta classe política deu prova de incapacidade em desenhar uma solução douradura para este pequeno país. Esta classe política depois de ter assinado a sua certidão de incompetência, já não merece ficar mais a frente das nossas populações a lançar sementes de mentiras. Esta classe política é capaz de tudo menos resolver os graves problemas sociais que afectam este povo, nomeadamente a péssima qualidade do ensino, caótico e deficitário sistema sanitário, sistema de justiça ausente, a corrupção a todos os níveis sobretudo no seio de políticos governantes.


A nossa convicção é que deve haver urgentemente uma ruptura de geração de pessoas no exercício da actividade política capaz de impulsionar a boa governação e criar bases sólidas a emergência de uma sociedade guiada por valores de honestidade, trabalho, transparência e tendo como suporte, a massa crítica sustentada por cidadãos esclarecidos. Com Odemocrta

4 comentários :

  1. Emiterio N'camba É o cancro da política.Se não for irradicado a tempo espalha-se e já não tem mais cura. Um tomate podre acaba por estragar o resto no saco.

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  2. Ana Casimiro Não existe nem um pingo de honestidade......é tudo a base de mentiras, intrigas, impunidades . Cada um defende o seu lugar, os seus interesses .... com unhas e dentes, NINGUEM QUER SAIR, mesmo sabendo que estão a AFETAR o país, QUEREM PERMANECER a todo o custo.

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  3. Mamadu Lamarana Bari Pura verdade. Um partido político construído na base da mentira e fraude desde a reunião de Conakry para se decidir quem o Presidente Seko Toure iria apoiar. Os que ainda estão vivos e que estiveram presente sabem do que estou falando. Rafael Barbosa foi traído na sua pura inocência por ter apoiado a mudança dos ideais para que se efetivasse o apoio da maioria dos filhos da Guiné que se encontravam em Konakry. Não foi ele quem traiu o PAIGC como quiseram condena-lo após a independência. Mas ele sabia da traição que iria sofrer depois da prisão que o confinou por longos anos no Tarrafal em Cabo Verde e depois em Bissau na prisão de PIDE pouco tempo após ser libertado em Cabo Verde. Como se não bastasse foi preso novamente e condenado a morte pelo PAIGC. Não fosse 14 de novembro de 1980 a verdade sobre a sua vida estaria na boca Dr "mal tomados" como diria Zé Carlos,

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  4. O POVO DEVE TOMAR MUITO CUIDADO COM O CIPRIANO CASSAMA, ELE E UM INTRIGUISTA E FALSO

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COMENTÁRIOS
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