O nosso país tem uma superfície de
apenas 36 mil 125 quilómetros quadrados mas tem a infeliz fama de possuir uma
classe política mais oportunista e menos preparada do mundo, que acaba por ser
o principal arquitecto da desgraça colectiva do povo guineense. Este povo tem
sofrido até agora não por culpa própria mas por ter políticos manipuladores e
incompetentes. Esta classe política, ultrapassada não tem responsabilidade
nenhuma para com o povo.
Confiante na ignorância da nossa
população, privada de um ensino de qualidade durante décadas, a dita classe
política guineense consolidou o seu domínio social na arte de manipulações e
intrigas. Não presta contas nenhumas ao povo e é capaz de mudar, em segundos,
da mentira para a verdade! É capaz de mudar com palavras a cor de um animal.
O actual cenário político a tender-se
para o pior é prova evidente de que a Guiné-Bissau está falida de políticos
patriotas comprometidos com a Nação. A ausência total de um diálogo
construtivo, o jogo de intrigas, a fome de ser ministro para ter boa vida,
disputas pelo protagonismo, são vícios que explicam bem a baixa cultura do
homem político guineense. Não se pode compreender que, depois de um difícil
período político de retorno à normalidade constitucional com todo o leque de
sacrifícios que houve, possa haver ainda nesta terra, pessoas a remarem em
direcção ao caos. Com que propósito? Esqueceram-se das promessas eleitorais
feitas ao povo durante a campanha? Quem vai agora cobrar a factura a esses
políticos que dormem e acordam em colchões de mentiras?
A crise política actual prosperou sem
dúvida por não ter havido a vontade política efectiva de encontrar uma solução
para os diferendos entre a facção leal ao Presidente da República e ao grupo
fiel ao chefe do governo guineense e líder do PAIGC. As disputas internas no
partido libertador, sempre na história deste país, acabam por atingir a esfera
do poder de Estado, este aliás ainda vulnerável às vontades humanas. Triste.
Mais uma vez, o nosso país prepara-se
para um novo ciclo de incertezas cujo horizonte é muito cedo de prever. A única
certeza de momento, é que mais uma vez esta classe política deu prova de
incapacidade em desenhar uma solução douradura para este pequeno país. Esta
classe política depois de ter assinado a sua certidão de incompetência, já não
merece ficar mais a frente das nossas populações a lançar sementes de mentiras.
Esta classe política é capaz de tudo menos resolver os graves problemas sociais
que afectam este povo, nomeadamente a péssima qualidade do ensino, caótico e
deficitário sistema sanitário, sistema de justiça ausente, a corrupção a todos
os níveis sobretudo no seio de políticos governantes.
A nossa convicção é que deve haver
urgentemente uma ruptura de geração de pessoas no exercício da actividade
política capaz de impulsionar a boa governação e criar bases sólidas a
emergência de uma sociedade guiada por valores de honestidade, trabalho,
transparência e tendo como suporte, a massa crítica sustentada por cidadãos
esclarecidos. Com Odemocrta
Emiterio N'camba É o cancro da política.Se não for irradicado a tempo espalha-se e já não tem mais cura. Um tomate podre acaba por estragar o resto no saco.
ResponderEliminarAna Casimiro Não existe nem um pingo de honestidade......é tudo a base de mentiras, intrigas, impunidades . Cada um defende o seu lugar, os seus interesses .... com unhas e dentes, NINGUEM QUER SAIR, mesmo sabendo que estão a AFETAR o país, QUEREM PERMANECER a todo o custo.
ResponderEliminarMamadu Lamarana Bari Pura verdade. Um partido político construído na base da mentira e fraude desde a reunião de Conakry para se decidir quem o Presidente Seko Toure iria apoiar. Os que ainda estão vivos e que estiveram presente sabem do que estou falando. Rafael Barbosa foi traído na sua pura inocência por ter apoiado a mudança dos ideais para que se efetivasse o apoio da maioria dos filhos da Guiné que se encontravam em Konakry. Não foi ele quem traiu o PAIGC como quiseram condena-lo após a independência. Mas ele sabia da traição que iria sofrer depois da prisão que o confinou por longos anos no Tarrafal em Cabo Verde e depois em Bissau na prisão de PIDE pouco tempo após ser libertado em Cabo Verde. Como se não bastasse foi preso novamente e condenado a morte pelo PAIGC. Não fosse 14 de novembro de 1980 a verdade sobre a sua vida estaria na boca Dr "mal tomados" como diria Zé Carlos,
ResponderEliminarO POVO DEVE TOMAR MUITO CUIDADO COM O CIPRIANO CASSAMA, ELE E UM INTRIGUISTA E FALSO
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