A total falta da adequação ou conformidade do entendimento de cada político a nível pessoal sadio com objectivo de conhecimento. Ou: a conformidade do juízo formulado com objectivo conhecido ou reconhecido e mérito constante, proveniente da repetição dos actos da harmonia com a lei moral, testificada pela consciência moral esclarecida mina toda a credibilidade dos políticos afecto ao PAIGC. - Dr. Wilkinne
Iv
reunião extraordinária do bureau politica resolução final
Nos dias 21 e 22 de Agosto, sob a
presidência do Camarada Domingos Simões Pereira, Presidente do Partido, e em
observância da alínea b) do Artº33 dos Estatutos, reuniu-se extraordinariamente
o Bureau Político (BP) do PAIGC, com a seguinte ordem dos trabalhos:
Análise e avaliação da situação política
partidária à luz dos últimos acontecimentos;
Diversos.
A ordem dos trabalhos foi aprovada por
maioria de votos dos presentes.
SOBRE A ANÁLISE DA SITUAÇÃO POLITÍCA
O Presidente do partido informou ao
Bureau Politico que foi completamente inesperado e pelos órgãos de comunicação
social que o partido tomou conhecimento de um decreto presidencial que nomeou o
Senhor Baciro Djá como Primeiro-ministro da Guiné-Bissau, numa altura em que se
aguardava a chegada ao país de uma importante delegação da CEDEAO, seguindo os
esforços empreendidos pela mais alta esfera da comunidade internacional,
nomeadamente pelo Secretário-geral das Naçõs Unidas e por outros Chefes de
Estado.
O Bureau Politico procedeu a uma análise
profunda da situação política vigente no pais, onde se destacou os apelos à
coesão, unidade, espirito de reconciliação como condições indispensáveis para
preservar o Partido de divisões e fracturas que têm marcado a vivência política
nacional.
O Bureau Politico criticou de forma
veemente o caminho da inconstitucionalidade escolhido para demitir o governo
constitucional do PAIGC quando existiam condições objectivas e de interesse
nacional para se ultrapassarem as divergências invocadas por via do diálogo,
principalmente no aspecto do relacionamento entre o Presidente da Republica e o
Primeiro-ministro.
O Bureau Politico considerou que o
Camarada Baciro Dja ao aceitar a nomeação e investidura no cargo de
Primeiro-ministro, a revelia da constituição e dos estatutos do PAIGC, violou o
dever do militante plasmado na alínea o do artigo 15º dos Estatutos.
O Bureau Politico considerou igualmente
que essa atitude do Camarada Baciro Dja põe em causa mais uma vez os superiores
interesses do partido, da sua unidade e coesão interna.
Diversos
No capítulo dos diversos, os membros do
Bureau Politico tiveram a oportunidade de prestar alguns esclarecimentos sobre
assuntos diversos.
Assim, após profunda analise da situação
politica vigente no pais, agravada com a recente nomeação do novo
Primeiro-ministro a margem das normas constitucionais e internas do PAIGC,
O Bureau Politico delibera:
Condenar veementemente, a decisão do
Senhor Presidente da Republica em nomear através do Decreto Presidencial 6/2015
um novo Primeiro-ministro, a revelia da Constituição da Republica e com total
desrespeito pelos Estatutos do PAIGC, partido vencedor com maioria absoluta das
últimas eleições legislativas;
. Apelar ao restabelecimento da
legalidade constitucional por via da anulação do decreto presidencial nº 6/2015
e convite ao PAIGC para, em observância dos seus Estatutos e priorizando a via
negocial, encontrar uma solução que assegure a paz, a estabilidade e a unidade
nacional;
. Exortar o Camarada III Vice-presidente
a assumir a atitude militante de facilitar o processo de diálogo demitindo-se
do cargo para que fora nomeado e empossado inconstitucionalmente e sem o
necessário aval prévio do partido, sob pena de infracção grave, conforme
plasmado no artigo 103 dos Estatutos: “São consideradas condutas de grave
traição politica aos princípios do PAIGC, a violação activa ou passiva directa
ou indirecta pelo militante, dos seus deveres estatutários”, dispostos nas
alíneas j, l, n, o, e p do artº 15 dos Estatutos”;
. Expressar o seu profundo lamento pelo
facto de três moções de confiança ao governo do PAIGC, aprovados por
unanimidade e num gesto de elevado patriotismo, pela Assembleia Nacional
Popular, não terem merecido nenhuma consideração por parte de Sua Excia. o
Presidente da Republica antes da decisão de exoneração do Chefe do Governo e
consequente queda do executivo;
. Instruir as estruturas competentes do
partido a accionarem todos os mecanismos legais e políticos com vista a
reposição da legalidade constitucional e democrática;
. Encorajar o Conselho Nacional de
Jurisdição a prosseguir a sua acção disciplinar contra todos os que incorram na
infracção do artigo 15º alínea o) dos Estatutos do Partido, que reza: E dever
de todo o militante do partido ”não apresentar candidatura a qualquer cargo
electivo do Estado ou nas Autarquias e não aceitar o exercício de qualquer
função governativa, fora do quadro previsto nos presentes estatutos e
regulamentos”.
. Manter em aberto e reforçar os
mecanismos de dialogo com Sua Excelência o Senhor Presidente da Republica e com
os demais órgãos da soberania, demonstrando o interesse e a disponibilidade do
partido em priorizar a via do dialogo construtivo;
. Expressar todo o seu apreço e enorme
satisfação, ao mesmo tempo que encorajar ao reforço das grandes manifestações
de solidariedade tanto a nível interno como internacional, em exigência ao
respeito do primado da legalidade, como condição de se preservar a paz e a
estabilidade no país.
. Apelar aos militantes, simpatizantes e
o povo guineense, em geral a manterem-se atentos e determinados a defenderem as
conquistas democráticas e o respeito pela legalidade constitucional.
. Agradecer o empenho com que a
Comunidade Internacional tem seguido os desenvolvimentos da situação politica e
enaltecer os esforços continuados do Secretario Geral das Nações Unidas, dos
Chefes de Estado da CEDEAO, nomeadamente dos Presidentes do Senegal, da
Guiné-Conacry e da Nigéria, e mantê-los informados sobre todas as questões que
se prendem com as decisões politicas que vão sendo assumidas pelos diferentes
intervenientes políticos e que consubstanciam as bases para preservar os
valores consagrados na Constituição e demais leis da Guiné-Bissau;
Encorajar a Direcção do Partido a
prosseguir e alargar os contactos junto dos parceiros internacionais,
nomeadamente com a CEDEAO, a CPLP, a UA, a UE e o sistema das nações unidas;
Reiterar as deliberações da última
sessão do Bureau Politico referentes a retoma do diálogo e a reposição da
legalidade democrática e constitucional.
O Bureau político se congratula com a
forma serena, mas aberta e franca como os debates se desenrolaram, o que
permitiu a cada responsável defender os seus pontos de vista e no final,
colocar os interesses colectivos e do partido em primeiro lugar.
Bissau, 22 de Agosto de 2015
O Bureau Político
“RESOLUÇÃO FINAL”
ResponderEliminarLi a “Resolução Final” da IV Reunião Extraordinária do Bureau Político do PAIGC, realizada no dia 21 e 22 de Agosto. Não é normal que se teçam tantas intimidações aos seus próprios militantes. A conclusão que chego é que o PAIGC está infiltrado, e afligido com cancro da corrupção. “Sambassuga sta na nô metadi. Nin nada ku limpu ka ten láaa”, ou seja, “nada me persuade da ideia de que o PAIGC não padeça no seu seio de contaminação de lacaios e reaccionários”. O texto da “Resolução Final”, de A a Z é uma manipulação da crise política à imagem e semelhança do seu actual líder, Domingos Simões Pereira. A contracorrente do líder estampada e plasmada no texto da referida resolução poderá transformar o PAIGC, a médio prazo, num mero ajuntamento de indivíduos perturbadores da paz social.