O Partido da Renovação Social (PRS),
segunda maior força no Parlamento da Guiné-Bissau, exortou hoje aos
responsáveis políticos para um "respeito escrupuloso" da decisão do
Supremo Tribunal de Justiça, que mandou anular a nomeação de Baciro Djá como
primeiro-ministro.
Em comunicado a que a Lusa teve hoje
acesso, o PRS manifesta o seu "total empenhamento no respeito
escrupuloso" do acórdão do Supremo Tribunal de Justiça que diz que o
decreto do Presidente guineense, José Mário Vaz, que nomeou Baciro Djá primeiro-ministro
é inconstitucional "na forma e na matéria".
O Presidente guineense já exonerou Djá
das funções de primeiro-ministro e anunciou que vai iniciar as consultas com os
partidos com assento parlamentar com vista à formação de um novo Governo.
O acórdão do Supremo Tribunal de Justiça
ressalta que não compete ao compete ao chefe de Estado indigitar o
primeiro-ministro e no caso presente essa prerrogativa é de exclusiva
competência do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC),
vencedor das ultimas eleições legislativas.
Para o PRS, as partes devem "acatar
sem reservas" a decisão do Supremo Tribunal de Justiça para que o país
possa "rapidamente" retomar o seu normal funcionamento dentro de um
clima da paz e da estabilidade.
O partido fundado pelo falecido
ex-presidente da Guiné-Bissau Kumba Ialá, fez parte do Governo eleito e
entretanto demitido, liderado por Domingos Simões Pereira, e posteriormente
integrou o executivo, também demitido na quarta-feira, chefiado por Baciro Djá.
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