Mais de mil pessoas foram detidas
durante a operação denominada "Poeira Lanta" desencadeada por agentes
da Guarda Nacional desde o dia 20 do corrente com vista a minimizar os actos de
vandalismo e assaltos à mão armada, registados nos últimos tempos na
Guiné-Bissau.
A revelação foi feita esta quinta-feira
à Agência de Notícias da Guiné (ANG) pelo Comandante Adjunto de Operação e
Segurança do Ministério da Administração Interna, José Barai.
Aquele responsável disse que durante a
operação foram apreendidos 540 cidadãos nacionais, 433 da Guiné-Conacri que
estão a exercer actividades comerciais de uma forma ilegal, 50 senegaleses,
seis gambianos, 28 malianos, seis nigerianos, um ganense, sete nigerinos e dois
sara leoneses.
“Isso não é possível, as pessoas têm direito
de viver em liberdade. Mas também não podem continuar a circular a noite sem
nenhuma peça de identificação, sobretudo os nacionais para não dificultar a
localização do grupo do pessoal suspeito de actos de vandalismo e assalto a mão
armada”, disse José Barai.
Pediu aos cidadãos estrangeiros a
respeitarem as normas do país e determinações do Governo, que passa pela
aquisição de cartão de cidadão estrangeiro, tendo questionado por outro lado se
os assaltos a mão armada são realizados só pelos guineenses.
Segundo José Barai a operação “Poeira
lanta” que visa capturar os alegados autores de actos de criminalidade não teve
efeito desejado devido a falta de colaboração da sociedade guineense. Por isso,
renova o apelo das autoridades as populações no sentido de denunciarem
indivíduos que estão a praticar actos de criminalidade e a fazer mal ao povo e
ao país.
O Comandante Adjunto de Operação e
Segurança do Ministério de Administração Interna reconhece que sem a
colaboração da população, mesmo que as autoridades ponham mais 200 mil agentes
nas ruas será difícil localizar os malfeitores por isso reiterou o pedido de
apoio a sociedade guineense para minimizar os actos de vandalismo na Guiné-Bissau.
Apesar das dificuldades de meios materiais
sobretudo viaturas para o transporte dos suspeitos de actos de vandalismo para
esquadras mais próximas, José Barai garante que “Poeira Lanta” vai prosseguir
até ao final do ano para garantir segurança ao povo durante o período da quadra
festiva, em que malfeitores intensificam as suas actividades.
Acrescentou que a operação não vai
limitar-se apenas à Bissau, mas que chegara igualmente as diferentes regiões do
país, pelo que pede aos cidadãos estrangeiros a se regularizarem as suas
situações o mais depressa possível.
Interrogado se os seus esforços em
garantir a segurança ao povo guineense irão ter efeito desejado se os cidadãos
estrangeiros continuassem a entrar na fronteira sem apresentação de nenhuma
peça de identificação José Barai reconheceu a vulnerabilidade da mesma e pediu
maior controlo em todas as linhas fronteiriças. Com ANG
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