terça-feira, 3 de novembro de 2015

Ammy Injai apresenta “willy mansa” ao público guineense

A cantora nacional Aminata Injai (Ammy Injai) realiza no próximo dia 6 de Novembro a apresentação oficial e pela primeira vez ao público guineense do seu álbum de estreia, intitulado “WILLY MANSA”. O primeiro “show” público no país de Ammy Injai terá lugar num dos hotéis da capital Bissau e contará com a presença de vários músicos convidados.

Numa entrevista exclusiva ao semanário O Democrata, a cantora considera que as novidades que tem para premiar o público guineense nessa sua primeira apresentação oficial são nada mais e nada menos que a sua evolução durante esses longos anos fora do país. Acrescentou que aprendeu muito nessa caminhada artística fora da Guiné-Bissau, o que a transformou da menina Aminata em Aminata Injai e depois em Ammy Injai que hoje é.

WILLY MANSA está no mercado há três anos. Injai revelou ao nosso jornal que, quando o disco saiu, ela e seu produtor Juca Delgado tinham uma agenda cheia com os concertos marcados para todos os países por onde passou, incluindo a sua mamã Guiné. Porém, fez apenas uma apresentação à comunicação social guineense, mostrando e falando de todo o percurso da sua equipa (ela e seu produtor) e tudo o que tinham na manga.

Para a jovem cantora, o gesto para com os média nacionais serve para agradecê-los pelo trabalho que têm feito relativamente a divulgação da cultura guineense, em especial pela promoção do seu disco, confessando que sem a comunicação não eram nada.

Injai saiu de Bissau, na altura sem dar nenhum concerto ao público. Apenas animou os doentes internados no Hospital Santo Egídio.

“Saí de Bissau e voltei para Lisboa com a intenção de preparar tudo e voltar para fazer o lançamento do meu disco ao público, mas infelizmente, nem tudo que planeamos acontece do jeito que queremos. Deus tinha outro plano para mim, descobri que fiquei grávida”, contou a promessa da música guineense.

Sempre com a graça de Deus presente na sua resposta, Ammy Injai afirmou que foi bem acolhido no mercado musical, sublinhando que quanto isso não tinha nenhumas reclamações.

“Em todos os países por onde passei, Ammy Injai só tem a agradecer! Apesar de não ter editora e nenhum agente, praticamente trabalho por conta própria eu e o Juca conseguimos contratos para actuar nos seguintes países: França (Bordeaux e Paris), Espanha, Alemanha, Macau, Timor, Portugal e outros, mas tive que cancelar alguns contratos por causa da gravidez. Estava para ir à Inglaterra, aos EUA, à Holanda e outros mas infelizmente tive que seguir a ordem médica”, defendeu Ammy.

Instando a pronunciar-se sobre se pretende arranjar uma editora ou um agente que passaria a acompanhá-la, Injai disse que está trabalhando nisso, revelando que até já avançou com alguns contactos para o seu segundo disco, na qual está a trabalhar neste momento. Mostrou-se confiante que com ajuda de Deus, desta vez teria tudo como deve ser. Considerou que o próximo álbum seria uma surpresa, assegurando que a única coisa que pode dizer, é que o segundo disco será diferente do primeiro.

Solicitado a pronunciar-se sobre se, com o seu álbum “WILLY MANSA”, sentia que já dera o primeiro passo e da forma como esperava, Aminata Injai respondeu que não, para de seguida dizer que o primeiro passo fora dado, mesmo não sendo do jeito que sonhava.

“Mas não tenho razões para me queixar! Apenas tenho que agradecer a Deus e às pessoas com quem trabalho. Posso dizer que sou uma mulher de sorte, porque antes do “WILLY MANSA”, tive oportunidade de subir em vários palcos com grandes artistas, com carreiras já bem definidas e galardoados. Isso diz-se sorte. Nem todos tiveram essa chance. Com o “Willy Mansa”, sem editora, sem agente e sem um vídeo sequer no youtube, nunca me faltou oportunidade de participar nos grandes festivais, grandes projectos com grandes músicos!”, explicou Ammy Injai.

A cantora guineense foi convidada para ser madrinha de uma campanha da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP), em colaboração com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), intitulada – “JUNTOS CONTRA A FOME”, onde estão o Kota Bonga representando Angola, Costa Neto de Moçambique e outros grandes nomes da música africana e lusófona.

Além da campanha “JUNTOS CONTRA A FOME”, Injai foi convidada para participar no disco do conceituado musico angolano Kota Bonga e já trabalhou com Betinho Feijó, um dos maiores produtores de Angola, participando nas suas produções. A cantora considera que mesmo não sendo do jeito que esperava e que queria, não tem razões para se queixar ou de mostrar ingratidão com o seu primeiro disco no mercado!

Ammy acredita que as solicitações que tem estado a receber só trarão óptimas vantagens para a sua carreira, confessando que só tinha a ganhar com eles mais experiências e mais oportunidades.

Apontou que no nosso país, talentos não faltam! Na visão de Injai, “temos talentos para dar e vender! Tanto homens como mulheres”. Queixou-se depois da ausência de apoios, tanto do governo como dos empresários. Para a jovem cantora, o estado tem que apoiar a cultura em geral. Na sua opinião, os empresários não devem resumir as suas vidas como empresários apenas “SON CAMPANHA DI KUKU DI CADJU” – (campanha de castanha de caju).

“É muito triste a situação que vivemos. Se não fosse por amor ao meu país e à música, “AMI NDISISTI BADJA DISNAAAAA”. Mas tenho fé que tudo há-de mudar um dia”, esperançou a jovem. Agradeceu a todos que desde, o primeiro momento, estiveram ao lado dela, dando aquela força para chegar ao ponto onde Ammy Injai está hoje.

Ammy Injai promete muitas e muitas surpresas no show de abertura, onde terá como convidados: Sambala, Binhan, NB, MC Sadja, Saad Júnior, Zé Manel, Star Candinha, Rhyman, Mike St, e outros. A cantora pretendia trazer para Bissau alguns artistas Internacionais, como Mirri Lobo, Costa Neto, Tonecas Prazeres e Maia Cool. Mas infelizmente não conseguiu apoios financeiros.


Recorde-se que Aminata Injai tem concertos marcados para os seguintes lugares: Azalai, Lenox ambos em Bissau, Triton em Bafatá, Canchungo e Gabú, respectivamente. Com Odemocrata

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