sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Guiné-Bissau em risco devido às alterações climáticas

Parte do território da Guiné-Bissau poderá ficar submerso devido à subida do mar, alerta especialista guineense que participa na Conferência da ONU sobre Alterações Climáticas.

Em declarações à agência Lusa, Viriato Cassamá afirmou que “basta uma pequena subida do nível médio das águas do mar, que poderá ser causada pelo aumento da temperatura, para que grande parte do território da Guiné-Bissau desapareça.

"Enquanto responsável pela luta contra às alterações climáticas, Viriato Cassamá tem sensibilizado os políticos guineenses para a necessidade de serem adoptadas "medidas urgentes" para evitar esta situação.

As regiões do norte e leste do país, bem como toda zona costeira já começam a sentir os efeitos de alterações climáticas, nomeadamente com aumento da temperatura, ventos fortes e erosão costeira.

De acordo com um relatório mundial publicado em 2013 “ a Guiné-Bissau é o segundo país mais vulnerável do mundo a seguir ao Bangladesh.”


A COP21, que decorrerá entre 30 de Novembro e 11 de Dezembro, vai reunir em Paris pelo menos 147 chefes de Estado e de Governo, entre os representantes de 195 países, com o objectivo de alcançar um acordo vinculativo sobre redução de emissões de gases com efeito de estufa que permita limitar o aquecimento da temperatura média global da atmosfera a dois graus centígrados acima dos valores registados antes da revolução industrial.

1 comentário :

  1. Governo solicita apoio a parceiros internacionais para responder a ameaça de alterações climáticas

    O Governo guineense pediu apoio aos parceiros e organizações internacionais para reforçar a sua capacidade de resposta face as ameaças de alterações climáticas.

    O apelo foi feio pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros da Cooperação Internacional e das Comunidades (MNECIC) durante o discurso que proferiu na abertura da Trigésima Primeira Sessão do Comité Permanente da Cooperação Económica e Comercial da Organização de Cooperação Islâmica (COMECED) que teve lugar de 23 à 26 de Novembro em Istambul.

    De acordo com uma nota de imprensa do MNECIC a que à ANG teve acesso, Artur Silva lembrou aos presentes que a Guiné-Bissau é um país costeiro e possui um arquipélago com 88 ilhas e ilhéus e que se situa cinco metros abaixo do nível do mar.

    “Em 2003 o pais foi considerado pela organização “África Adaptation” (GAP) como o primeiro país mais vulnerável às inclemências do clima em África e no mundo”, alertou o chefe da diplomacia guineense.

    Artur Silva revelou que existe um elevado risco do desaparecimento de um conjunto de ilhas e ilhéus no pais devido a incapacidade de fazer face ao elevado nível do mar, e renovou os seus apelos aos parceiros da Organização da Cooperação Islâmica (OCI) para cooperarem com o país neste domínio.

    Por outro lado, o ministro referiu que a Guiné-Bissau contribui muito no âmbito da OCI, em especial para os instrumentos técnicos, financeiros e comercias ao serviço da mesma.

    “Por isso, esperamos que este fórum venha a contribuir para elevar a cooperação econômica e comercial entre os estados membros, principalmente neste momento em que o nosso país precisa com urgência da ajuda internacional para a consolidação da estabilidade, implementação da reforma do Estado e criação de condições para a reconstrução económica e desenvolvimento social”, concluiu.

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