O Inspector Superior de Luta Contra
Corrupção (ISLCC) lamentou hoje a falta de mecanismos e de políticas de combate
à corrupção na Guiné-Bissau.
Francisco Benante que falava à Agencia
Notícias da Guiné- ANG, por ocasião do dia Mundial de Combate a Corrupção
,disse que não se pode reduzir a corrupção se ISLCC funciona com insuficiência
de recursos humanos, de meios materiais e financeiros.
Segundo Benante, na Guiné-Bissau a
corrupção atingiu os órgãos de poder razão pela qual o seu combate é difícil.
Sublinhou entretanto que a corrupção é
uma doença mundial, quer dizer, que não existe só na Guiné-Bissau, Senegal
França ou nos Estados Unidos de América.
Contudo, afirmou que o combate a
corrupção constituiu a prioridade da sua instituição, apesar de parcos meios
materiais e financeiros para o efeito.
Sublinhou por outro lado que a luta
contra a corrupção não se limita à perseguição de pessoas.
“È necessário que todos reflitam sobre a
questão para acabar com as recomendações que alguns familiares fazem aos
dirigentes no sentido de aproveitarem da função para se enriquecer o mais
rápido possível.
Interrogado sobre as denúncias feitas
pelo Presidente da República sobre índice elevado de corrupção Benante afirmou
que a instituição que dirige não fez nada para apurar a veracidade dos factos
porque no seu entender o Presidente não devia falar daquela forma ou seja
denunciar a existência de actos de corrupção no aparelho de Estado através de
órgãos da comunicação social.
Porque, segundo Francisco Benante
existem instituições competentes para investigar todos os casos de indícios de
corrupção e até com poderes de acção penal, por isso defende que o Presidente
deveria fazer essas declarações junto dessas instituições.
“O estado guineense compreende que é
necessário combater a corrupção por ser o responsável pela falta de políticas
que não beneficiam a população”, acusou ISLCC.
Francisco Benante justificou a sua
afirmação com falta de estruturas da ISLCC nas regiões “onde os secretários
vendem terrenos, sobretudo na Região de Gabu, Bafatá e no sector de São
Domingos”.
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