O Quénia venceu este domingo a seleção
da República do Congo, por 2-1, em jogo referente à quinta jornada da fase de
qualificação para o CAN 2017.
Quem beneficia deste resultado é a
seleção da Guiné-Bissau, que assim garante a presença inédita na competição.
Os `Djurtus` são líderes do grupo E, com
10 pontos, mais 4 do que o Congo, depois da vitória de ontem sobre a Zâmbia por
3-2.
Em terceiro lugar no grupo está a Zâmbia
e o último classificado é o Quénia. Com a Bola
Na partida realizada em Bissau, a seleção guineense adiantou-se no marcador aos 14 minutos, com um golo de José Luís Lopes, na cobrança de uma grande penalidade.
ResponderEliminarA Zâmbia empatou aos 26 minutos, por intermédio de Kalaba, mas Frederic Mendes repôs a vantagem para a Guiné-Bissau passados nove minutos e fixou o resultado ao intervalo, em 2-1.
Aos 51 minutos, Katongo empatou a partida e o 2-2 manter-se-ia quase até final.
A vitória da Guiné-Bissau só foi garantida nos descontos, com Toni Brito a marcar o 3-2, aos 93 minutos.
A seleção guineense lidera o Grupo E de qualificação para a CAN 2017, com 10 pontos.
Pela primeira vez na sua historia a selecção da Guiné-Bissau consegue ir ao Campeonato Africano das Nações (CAN).
ResponderEliminarO final desta historia começou a ser escrita ontem, sábado, quando a selecção da Guiné-Bissau venceu a Zâmbia por 3-2, em jogo do Grupo E de qualificação para CAN de 2017.
Com esta vitoria a Guiné somou 10 pontos e precisava que hoje, domingo, o Congo perdesse pontos frente ao Quénia. O que aconteceu? A selecção do Quénia, ultimo lugar do grupo, venceu o Congo por 2-1. Faltando um jogo do grupo, o Congo manteve os seis pontos, menos quatro que a Guiné-Bissau.
Assim, a Guiné-Bissau marca presença pela primeira vez no Campeonato Africano das Nações (CAN), que realiza-se no Gabão.
O apuramento da Guiné-Bissau para a Taça das Nações Africanas (CAN) em 2017 em futebol "é como se fosse uma nova independência nacional", disse hoje à Lusa, Romão dos Santos, selecionador adjunto da Guiné-Bissau
ResponderEliminar"Este feito é como se fosse uma nova independência nacional. Esta alegria irá durar no tempo. Hoje, é o melhor dia nos últimos 30 anos da Guiné-Bissau", referiu, depois de a seleção dos 'djurtus' garantir pela primeira vez o acesso à fase final da CAN.
Para o técnico, "todos os guineenses estão de parabéns", numa altura em que o país volta a atravessar momentos de tensão, fruto de uma crise política prolongada.
"Agora, que deixem os que percebem de futebol tomar conta do futebol, para que possamos ir com dignidade para a CAN, no Gabão", referiu, numa alusão às necessidades organizativas de base do país.
Para exemplificar, Romão dos Santos deixou uma pergunta no ar: "Acha normal que a equipa técnica nem consiga ir ver os jogadores a Portugal (onde a maioria do plantel da seleção joga)".
"Precisamos de muita organização na Federação e muito investimento do Governo. A CAN não é brincadeira, é a prova mais importante do futebol em África e vamos lá representar a nossa bandeira", concluiu.
A Guiné-Bissau garantiu hoje um lugar na edição 2017 na Taça das Nações Africanas (CAN) em futebol, face ao desaire do Congo no Quénia, por 2-1, em encontro da quinta e penúltima jornada do Grupo E.
A derrota foi festejada de forma espontânea nas ruas de Bissau com diversas pessoas reunidas em grupos com bandeiras do país e a entoar cânticos de apoio à seleção.
A uma jornada do final, a formação guineense soma 10 pontos, contra seis de Congo e da Zâmbia e quatro do Quénia, que hoje conseguiu o primeiro triunfo.
Na fase final do CAN2017, que se realiza de 21 de janeiro a 12 de fevereiro, no Gana, a Guiné-Bissau junta-se ao país anfitrião, à Argélia, aos Camarões, ao Egito, a Marrocos e ao Senegal.
No sábado, a Guiné-Bissau recebeu e bateu a Zâmbia por 3-2, com golos de José Luís Lopes, aos 14 minutos, de grande penalidade, Frederic Mendes, aos 35, e Toni Brito, já nos descontos, aos 90+3.
Pelos zambianos, marcaram Kalaba, aos 26 minutos, e Katongo, aos 51.
A única prova internacional em que a Guiné-Bissau já chegou à fase final foi a Taça Amílcar Cabral, um troféu de futebol sub-regional (participam alguns países da África Ocidental): em 1983 a seleção guineense foi derrotada na final pelo Senegal.
Por Umaro Djau | Editor, GBissau
ResponderEliminarA Guiné-Bissau vive, de facto, um momento de grande orgulho nacional, apesar de graves problemas políticos e sociais que têm assolado o país desde os primórdios da sua independência nacional.
As vitórias consecutivas dos “Djurtus” nos últimos três jogos (contra todas as previsões e expectativas) representam o epíteto do profissionalismo, de amor à pátria e de incontestável dedicação ao povo da Guiné-Bissau.
Celebração do apuramento da Guiné-Bissau para o torneio CAN 2017
Celebração do apuramento da Guiné-Bissau para o torneio CAN 2017 | Foto: Braima Daramé
Lembro-me pois de tremendos problemas logísticos com que os jogadores nacionais se depararam ao longo dos últimos doze meses. Lembro-me das longas viagens de volta ao mundo antes de chegarem ao destino para depois confrontarem os adversários, cansados e desgastados, mas determinados. E lembro-me dos momentos em que o patriotismo falou mais alto, mesmo quando muitas promessas não foram cumpridas por parte das autoridades nacionais. Mas, estou consciente de não ser capaz de descrever de uma forma cabal e justa todas as dificuldades consentidas durante esta árdua jornada rumo ao Gabão: reconciliar obrigações profissionais com tantas outras, incluindo familiares.
Também não podemos ignorar o facto de muitos jogadores terem riscado as suas carreiras internacionais, juntando-se à selecção nacional da Guiné-Bissau em vários torneios internacionais e outras ocasiões. Lembro-me, por exemplo, de Banjai Indjai, o actual jogador do Leixões Sport Club que quase perdeu tudo durante a sua prestação com os “Djurtus” na partida contra a República Centro Africana em Maio de 2014. Como Banjai, há muitos outros jogadores que quase perderam tudo quando se juntaram à turma nacional (no decorrer da nossa história futebolística) para elevar o nosso futebol e dignificar a nação guineense. Mas, na verdade, é este o custo do patriotismo e da cidadania. Seria injusto se não nos lembrássemos de tantos filhos da Guiné-Bissau que têm arriscado as suas vidas e carreiras em diferentes áreas de intervenção, para não falar doutros filhos da Guiné e de Cabo Verde que arriscaram e deram as suas vidas para que os dois países se tornassem em nações livres e independentes.
Celebração do apuramento da Guiné-Bissau para o torneio CAN 2017 - PR José Mário Vaz
Celebração do apuramento da Guiné-Bissau para o torneio CAN 2017 – PR José Mário Vaz | Foto: Braima Daramé
No entanto, hoje, o mais importante é perspectivarmos o significado deste apuramento da selecção nacional de futebol da Guiné-Bissau para a 31.ª edição do CAN 2017, apesar de todas as adversidades financeiras, técnicas, administrativas e logísticas. Assim, podemos facilmente concluir que só com dedicação e um trabalho sério e árduo podemos produzir resultados aceitáveis e desejáveis. À Guiné-Bissau nunca faltou jogadores com grandes talentos e dedicação à pátria, mas talvez nos tivesse faltado um pouco de sorte e uma total confiança nos “valores” nacionais, ou seja, nos nossos próprios recursos humanos.
Só rezo para que Deus esteja connosco durante a próxima fase deste grande desafio futebolístico nacional. Se hoje os “Djurtus” constituem um grande motivo da nossa alegria e do nosso orgulho nacional, também rezo para que sejam uma inspiração para toda a nação guineense e, sobretudo, para a classe política nacional. Independentemente das convicções políticas e partidárias de cada cidadão nacional, a Guiné-Bissau será sempre mais forte quando somos (ou formos) capazes de trabalhar juntos para um objectivo comum, seja ele o CAN 2017 ou um outro maior que vise o desenvolvimento cultural, desportivo, social ou económico do país.
Seja como for, creio que ainda é possível construirmos uma Guiné-Bissau digna, orgulhosa e respeitada se aceitarmos trabalhar como uma verdadeira equipa nacional à imagem dos “Djurtus”.