O antigo Presidente da República, Manuel
Serifo Nhamadjo, afirma que qualquer solução para saída da actual crise
política que não passe por uma reconciliação interna do PAIGC é uma solução
provisória
O antigo presidente de transição
guineense defende esta ideia durante um debate promovido pela Rádio Sol Mansi,
no último sábado a noite, 04 de Junho, que teve como tema “condenação a prisão
perpétua de o antigo presidente do Chade e sua consequência na governação do
continente africano” no qual discorda, também, que a solução para actual crise passaria
para a realização de eleições legislativas.
“As eleições não resolvem. Mesmo fazendo
eleições, neste momento, mesmo que o PAIGC consiga 80 deputados (super maioria
absoluta) a coabitação com o Presidente da República vai manter-se na mesma. Se
outro partido vier a ganhar poderá até ter um outro tipo de figurino político,
mas os problemas existentes são os do PAIGC. Não poderá ser tratado de outra
forma a não ser buscando grandes consensos internos”, defende Nhamadjo que
aponta um diálogo sério e franco como caminho plausível para a saída da crise.
Questionado pelo jornalista Casimiro
Cajucam, que moderava o debate, se fosse ele o presidente da república neste
momento o que faria para repor a normalidade constitucional, Nhamado defende
mais uma vez um diálogo sincero e sem armadilhas com cartas na mesa, e
"isto há 8 meses seria resolvido”.
“ (…) Se eu fosse o primeiro-ministro na
altura e alguém me disse que não pode coabitar comigo então colocaria o meu
lugar a disposição” disse o antigo presidente da república, revelando a Rádio
Sol Mansi que durante o seu mandato no período de transição de 2012 que chegou
a colocar o seu lugar a disposição.
“Se eu fosse presidente, no momento, o
primeiro passo que eu daria era ir ao conselho de ministros dando orientações
do problema uma vez que não existem condições de tratar o assunto directamente
com o primeiro-ministro em causa”, afirma Nhamadjo que disse ainda que existem
défices do diálogo e a falta de paciência que lava a este “radicalismo” e “não
se pode esconder num canto a espera de oportunidades para reagir”.
Partindo da sua experiência como ex
chefe de estado, Nhamadjo diz ter pena de José Mário Vaz porque sabe do
“inferno que se vive na presidência”.
“ (…) Lá dentro se Deus não der a
paciência de ter o espírito sofredor poderá não chegar ao fim do mandato,
porque é um lugar onde chega todos os tipos de informações e muita das vezes
quem pensamos ser o nosso amigo é transformado em nosso inimigo e impede a
coabitação”
“O presidente deve abrir as mãos e
abraças todas as pessoas, mostrando o caminho com base no diálogo. Não é
submeter mas sim é partilhar. Neste ritmo chegarão ao entendimento, a
prepotência não leva a lado nenhum e confronto traz problemas”, aconselha
Nhamadjo que pede muita paciência e diálogo sem cessar, lembrando ainda que
“quando é líder existem intrigas terríveis. E deve-se sempre estar atento e
fazer confrontações entre as pessoas porque existem algumas que só contam
coisas para tirar proveitos próprios”.
Nhamadjo revela a Rádio Sol Mansi que
não descarta a possibilidade de candidatar ao cargo do presidente da república
mas só se for solicitado. Com o Rádio Sol Mansi
Pedro Mota Que solução! Esse Sr. foi golpista e defende um diálogo sério e franco como caminho plausível para a saída da crise. O único caminho é haver eleições no PAIGC e o partido ser dirigido não por corruptos. O grande problema é saber quem não é corrupto. A ladroagem está enraizada no país. Quem controla quem? Agradecia uma resposta. Esse Sr. não pode e nem deve ensinar nada a ninguém. Associou-se ao líder do golpe de estado para se promover e ter uma avença vitalícia. Que vergonha!
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