António Sedja Man, em declarações à
imprensa, à saída de um encontro com o recém-empossado ministro do Interior,
Botche Candé, disse que o Ministério Público funciona utilizando
subsidiariamente as forças de defesa e segurança.
"Há aspectos do nosso trabalho que
devem ser cumpridos pelos órgãos da segurança e da defesa. Portanto, foi nesse
âmbito que vim conversar com o meu amigo, o ministro do Interior para lhe pedir
uma colaboração para que nenhum cidadão nacional sinta intimidado e que possa
usar e gozar dos seus direitos estabelecidos pela Lei", informou.
Perguntado sobre a resposta que recebeu
do ministro do Interior, o Procurador-Geral da República disse que “foi uma
abertura total”, acrescentando que o ministro do Interior manifestou a sua
vontade de colaborar com o Ministério Público em tudo quanto diz respeito as actividades
da investigação, audição, entre outras.
Em relação ao governo demitido, Sedja
Man disse que “realmente não havia uma colaboração efectiva em determinados
aspectos”.
"Aliás, não é com todas as
instituições do antigo governo mas sim em relação ao Ministério do Interior
porque não existia aquela colaboração que devia existir naturalmente",
explicou.
Instado a reagir sobre a alegada
perseguição aos membros do anterior executivo de é acusado pelo PAIGC, António
Sedja Man negou ter existido a perseguição, acrescentando que o Ministério
Público é um órgão judicial e não pode ir à imprensa todos os dias para estar a
informar sobre o andamento e os indícios que existem nos processos porque estes
correm sob o segredo de justiça, para preservar a imagem dos suspeitos.
"A fase de inquérito não é porque a
pessoa é culpada. A pessoa está a ser inquirida e é inocente até prova em contrária",
esclareceu o Procurador-geral da República. Com Agencia Noticiosa da Guiné-Bissau
“OS MEMBROS DO GOVERNO DEMITIDO NÃO SÃO PERSEGUIDOS”
ResponderEliminarO Procurador-Geral da República (PGR), António Sedja Man, garante que, “embora não existe colaboração entre o anterior governo e a sua instituição”, mas não existe perseguição contra os membros de o governo Carlos Correia
Falando, hoje (21), em Bissau, a saída do encontro com o novo ministro de Administração Interna, Sedja Man reconhece “que não havia uma colaboração efectiva com o anterior executivo em determinados aspectos sobre tudo entre o Ministério Público (MP) e o Ministério de Interior” mas apesar disso não existe perseguição contra os membros do governo demitido a 12 de Maio de 2016.
“O MP é um órgão judicial e faz parte de um poder judicial e não pode ir a media (imprensa) todos os dias para falar do andamento e dos indícios do processo. Mas os processos judiciais correm ao segredo da justiça”, disse.
O procurador disse por outro lado ter recebido abertura total do actual ministro da Administração Territorial, Botche Candé, em colaborar com a PGR e em particular com o MP, “em todas as nossas tarefas que dizem respeito às actividades de investigação, da audição e em outras necessárias aos trabalhos do MP”.
“Ele (Botche Candé) é uma pessoa muito sensível e muito meu amigo pessoal e me recebeu com muita satisfação”, revela.
Sabe-se que depois de o Presidente José Mário Vaz ter nomeado Sedja Man, a 23 de Novembro de 2015, em substituição de Hermenegildo Pereira, foi aberto inquéritos sobre corrupção em diferentes ministérios e secretarias de estado durante o mandato de o governo de Domingos Simões Pereira e de Carlos Correia, ambos do PAIGC.