O Presidente da Guiné-Bissau iniciou ontem
auscultações com presidente do Parlamento, Cipriano Cassamá e o
primeiro-ministro, Baciro Djá, com vista a implementação dos seis pontos
propostos pela CEDEAO no acordo político para ultrapassar o impasse vigente.
Os encontros começaram às 10h30 no
palácio presidencial em Bissau. Na quinta-feira José Mário Vaz reunir-se-á com
os partidos políticos com assento parlamentar.
Os principais actores políticos
signatários do Acordo da CEDEAO, incluindo o chefe de Estado, José Mário Vaz,
deverão viajar para a Guiné-Conacri nos próximos dias para estudar com o
Presidente guineense, Alpha Condé, a possibilidade de implementar o documento
rubricado em Bissau a 10 de Setembro, soube a Rádio Jovem de fonte oficial.
"Tenho pena do meu país e do meu povo.Quando um punhado de políticos e governantes da Guiné-Bissau não sabe respeitar e valorizar o país e o povo (mesmo sabendo que há uns tantos guineenses que têm ideias e propostas concretas de soluções para os problemas do país, sobretudo, para a crise política persistente), continuando a recorrer aos serviços de terceiros, que recentemente estiveram em Bissau e não foram capazes de constatar que os 6 pontos da proposta apresentada não tinham nada de sustentável face ao essencial da proposta, quiçá, da liderança e não propriamente da formação de um Governo inclusivo, como aceitar que agora, todos os actores políticos e de governação, tenham que viajar para a Guiné-Conacri para estudarem a implementação do Acordo político de 6 pontos apresentado pela CEDEAO?Estou farto!Por este andar, qualquer dia a CEDEAO decidirá se a Guiné-Bissau deve fazer parte do Senegal ou da Guiné-Conacri...Sr. Presidente Dr. José Mário Vaz, tenha a coragem de assumir as suas responsabilidades, entre a capacidade ou incapacidade de chefiar o Estado do qual é o Chefe!É o Dr. José Mário Vaz o Presidente da República da Guiné-Bissau e mais ninguém!Quantas mediações serão necessárias, de fora, para nada ser resolvido numa crise política e não militar, entre instituições guineenses?Para que serviram tantos encontros efectuados ultimamente, com todas as partes da crise e com os parceiros internacionais por iniciativa do novo Representante do Secretário-Geral da ONU na Guiné-Bissau?Até quando vamos continuar nesta brincadeira de políticos e governantes inaptos para o exercício das suas funções ao serviço do Estado e do nosso Povo?Basta, BASTA!" - Fernando Casimiro (Didinho)
Ontem, à saída de uma audiência com José
Mário Vaz, o presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá, disse
que entregou ao chefe de Estado a sua proposta para implementação do acordo, na
qual revela quem deve chefiar o novo Governo. Cassamá recusou-se a revelar os
detalhes da proposta, tendo manifestado o seu optimismo no sucesso do acordo.
O primeiro-ministro, Baciro Djá, entende
que o espírito de formação de um governo inclusivo e de consenso proposto pela
CEDEAO não passa necessariamente por formar um novo Governo. A ideia passa pela
abertura do atual Executivo para a entrada do PAIGC.
O acordo para a saída de crise
político-institucional sob a égide da CEDEAO prevê a constituição de um governo
inclusivo para assegurar, nos próximos dois anos, a reforma da Constituição, a
lei eleitoral e a modernização dos sectores da defesa e segurança, justiça e
administração publica.
Após analisar o assunto com o Presidente
da República, José Mário Vaz, Djá afirmou que seu Governo é legal, tem a
maioria no Parlamento com 57 deputados e não há crise institucional no país.
Ele destaca que existe, no entanto, o bloqueio de uma instituição.
Noutra frente, Djá saudou a iniciativa
da direção do PAIGC em promover a reconciliação com o grupo dos quinze, avançar
mais detalhes. Com RJ
O Presidente da Assembleia Nacional anunciou hoje que os actores políticos que assinaram o acordo mediado pela CEDEAO, em Setembro último, em Bissau, terão “brevemente” um encontro na República de Guiné-Conacri, para se ultrapassar o actual impasse na governação do país.
ResponderEliminarA saída do encontro com o Presidente da República, Cipriano Cassamá afirmou que o mesmo foi convocado por José Mário Vaz, com o objectivo de se “inteirar da interpretação que cada um dos signatários faz do acordo”.
Sem revelar o formato de um governo inclusivo pretendido nem o nome do futuro Primeiro-ministro, o Presidente da ANP disse que entregou uma proposta ao Chefe de Estado, com vista a “tirar o país, com urgência, da situação vergonhosa” em que se encontra.
Cipriano Cassamá que defende a implementação do referido acordo “pelos próprios guineenses”, revelou que convidou ao Presidente da República para presidir a abertura da IVª Conferência dos Órgãos Reguladores da Comunicação dos Países e Territórios da Língua Portuguesa.
No dia 10 de Setembro último, os actores políticos assinaram um acordo, sob proposta e mediação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) que, nomeadamente prevê a criação de um “governo inclusivo e de consenso”, no sentido de ultrapassa a crise política no país, que dura há mais de um ano.
Desconhece-se a data de realização desse encontro de Conacry, hoje anunciado pelo presidente da Assembleia Nacional Popular.
O Primeiro-ministro da Guiné-Bissau prometeu hoje, a saída do encontro com Presidente da Republica, respeitar o acordo da Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental (CEDEOA) que propõe a formação de um governo inclusivo.
ResponderEliminarBaciro Djá esteve na presidência da república no âmbito das auscultações das partes assinantes de acordo iniciada pelo Presidente Republica para implementação do acordo.
Apelou igualmente aos partidos políticos à respeitarem o acordo assinado em Setembro.
Interrogado sobre a sua continuidade na liderança do futuro governo disse que o acordo esta clara e até porque quando foi nomeado para chefiar o actual elenco governamental tinha esta ideia de inclusividade, por isso, convidou à todos os partidos com assento parlamentar, e o PAIGC recusou.
Perguntado se o seu governo é inclusivo porquê que assinou o acordo, o chefe de governo relacionou o facto com a responsabilidade política, paz, estabilidade e bem do país, tendo declarado que está aberto à todas as “questões que possam reunir os guineenses”.
“A perspetiva do PAIGC é de que ganhou as eleições deve formar o governo. Eu penso que está demostrado que este governo tem uma maioria,” afirmou, referindo que qualquer governo que venha a ser formado tem que ter uma base parlamentar para suportar as suas políticas.
Segundo Baciro Dja ainda existe um bloqueio institucional política da parte Assembleia Nacional Popular.
Baciro Djá,por outro lado, elogiou a iniciativa do PAIGC de convidar o grupo dos 15 para um encontro de negociação e naturalmente uma eventual reconciliação interna no seio desta formação política.
FERNANDO CASIMIRO TENS TODA A RAZAO ISTO SE CHAMA "INCOMPÉTENCE"
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