O Arquipélago dos Bijagós, principal
cartaz turístico da Guiné-Bissau, deslumbra pela grande diversidade de flora e
fauna, com destaque para espécies que evoluíram através da adaptação a meios
salinos, e oferece a oportunidade de conhecer mais sobre a cultura do povo
Bijagó e a sua ligação à Natureza.
O Arquipélago, declarado Reserva da
Biosfera pela UNESCO em 16 de Abril de 1996, é constituído por 88 ilhas e
ilhéus, 21 das quais habitadas por cerca de 35.000 pessoas.
A sua formação resulta da inundação do
delta do Rio Geba que criou essas ilhas, bancos de areia, e mangais, labirintos
de água ladeados por vegetação no interior das ilhas, enquanto em terra, a
paisagem é de savana, bosques de palmeiras e florestas meio-secas, com
variedade e abundância de flora.
A fauna é outro dos grandes destaques do Arquipélago
dos Bijagós, que tem na ilha de Orango uma das espécies de animais mais
curiosas que passou pelo processo de adaptação ao meio salino para garantir a
sua sobrevivência, os hipopótamos de água salgada, enquanto na ilha de Poilão
conta com um dos principais pontos de desova da tartaruga-verde de toda a
África Ocidental.
Nas ilhas de Orango e Poilão encontram-se,
respectivamente, o Parque Nacional de Orango e o Parque Nacional João Vieira
Poilão, sendo que o arquipélago conta ainda com a Área Marinha Protegida
Comunitária das Ilhas Formosa, Nago e Tchedia.
Esta região também conta com uma das
maiores populações de manatins na África Ocidental, diferentes espécies de
crocodilos, golfinhos, e uma grande variedade de espécies de aves, entre os
quais, flamingos e pelicanos, sendo que centenas de milhares de aves
migratórias passam pela região.
As ilhas são habitadas principalmente pelo
povo Bijagó (cerca de 90%), que vive em comunidades caracterizadas pela sua
dinâmica matriarcal, em pequenas vilas, cuja subsistência é assegurada através
da agricultura, pesca e apanha de moluscos, entre outras actividades.
Os Bijagós dedicam cerca de cem dias do
ano a rituais e cerimónias tradicionais e religiosas, que em grande parte estão
relacionadas com a vida selvagem.
A diversidade étnica nas ilhas, segundo o
Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas, inclui ainda a presença de
Balantas, Papeis, Manjacos e Mandingas, bem como Nhomincas, provenientes do
Senegal, e comunidades de naturais da Serra Leoa, Guiné-Conacri e Gana.
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