Inspetor-chefe
Ricardo Macedo e ex-coordenador Dias Santos acusados de receber milhares de
redes de tráfico.
Tinham como
missão combater ao mais alto nível o tráfico de droga em Portugal. Mas, segundo
a acusação do Ministério Público, o inspetor-chefe Ricardo Macedo e o
ex-coordenador Dias Santos, da Judiciária, recebiam dezenas de milhares de
euros de traficantes. Os subornos serviam para comprar informações sobre
futuras operações da PJ que visassem as redes de tráfico.
Os dois
históricos da PJ integram a lista de 29 arguidos agora acusados pelo Ministério
Público por tráfico, associação criminosa e corrupção ativa e passiva. Nesta
lista consta ainda José da Silva, cabo-chefe da GNR de Torres Vedras, cúmplice
de Ricardo Macedo. Os três polícias estão em prisão domiciliária. E há ainda
sete arguidos em fuga, todos eles traficantes.
No decurso da
operação Aquiles, a Unidade de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária
conseguiu apreender mais de 900 quilos de cocaína, 30 de haxixe, diversas
viaturas e ainda milhares de euros em dinheiro.
Tanto Dias
Santos – já na reforma – como Ricardo Macedo mantinham relações próximas com
alguns barões da droga, nomeadamente Franquelim Lobo e Manuel Manero. O antigo
coordenador Dias Santos receberia mesmo uma avença pelo fornecimento de
informações aos suspeitos. As autoridades detetaram largas dezenas de milhares
de euros em contas bancárias dos dois elementos da PJ, bastante superiores aos
ganhos auferidos por cada um.
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