A nova Presidente do Conselho Nacional
da Juventude (CNJ) disse segunda-feira que a esperada reforma no aparelho de
Estado guineense condiciona o acesso dos jovens recém-formados ao mercado de emprego.
Aissatu Forbs que falava segunda-feira
no programa “Mulheres em Foco” da Televisão da Guiné-Bissau disse que é
importante ter a juventude como centro de desenvolvimento pelo que se deve
apostar nos jovens quadros.
“o exemplo claro, são as instituições do
país que só funcionam com os “ditos estagiários” .Até as empresas privadas os
aproveitam ou seja usam as suas forças e vontade no emprego para o benefício
dos seus empreendimentos e a grande maioria nunca chega a ter integração
efectiva, mesmo com competências comprovadas”, disse.
A Presidente da CNJ adiantou que vão
sensibilizar os jovens no sentido de fazerem pressão ao nível do Estado para
que haja reforma na Administração Pública.
Aissatu Forbs acrescentou que esse grupo
de pressão deve incluir a CNJ, Ministério da Juventude como tutela e os
parceiros internacionais para pôr fim ao flagelo ou morte lenta na função
pública guineense, “que funciona ao meio gás com trabalhadores desmotivados”.
Questionada sobre se pode ser comparada
o número das mulheres a dos homens nos postos de emprego no país, Forbs disse
que não, salientando que as senhoras trabalham mais no emprego informal do que
no formal, frisando que mesmo nos Ministérios, as mulheres ocupam mais posições
mais baixas relativamente aos homens.
“Podemos tirar exemplo neste Governo que
não tem nenhuma mulher ministra e elas devem sair no anonimato e lutar para
mostrar as pessoas que somos capazes como os homens”, aconselhou, tendo
salientado que “no que tem a ver com competência não há sexo”.
Aissatu Forbs disse que apesar de tudo,
o Governo fez uma coisa deferente em relação aos jovens que é a aprovação da
Política da Juventude - um documento estratégico que define tudo em relação aos
jovens, tendo acrescentado que falta ainda resolver o problema de orçamento que
é a chave para efectivar o Plano Estratégico da Juventude.
A presidente da CNJ disse que, por ser
uma menina, a sua escolha não foi fácil, por causa de preconceitos, uma vez que
seria a primeira mulher a dirigir esta organização juvenil.
Aissatu Forbs é a primeira mulher a dirigir o Conselho Nacional da Juventude (CNJ), desde a sua fundação nos anos 90 e substitui no cargo Dito Maxks.
“Mas com apoio das pessoas que conhecem
e reconhecem o meu valor e a minha participação na vida social e que acreditam
em mim, assumi o cargo. Agora a minha perspectiva é fazer melhor para a
juventude e não pensar no passado”, referiu, tendo convidado à todos a se
unirem para um futuro melhor da juventude guineense.Com Agencia Noticiosa da Guiné-Bissau
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