libertar a Guiné-Bissau da mentalidade colonialista! Tu que és jovem, nascido fora deste período, tens o passaporte carimbado para entrar na terra prometido, se não deixares levar-se pelo ódio tribal e religioso que andam a solta nestes dias que correm.Por favor liberte-se da mentalidade colonialista, de dividir para reinar, porque nasceste for deste período. Seja capaz de manter um debate são e educado, mantendo-se humilde na sua postura!
Percorrer, a pé, a distância que separa o
Egipto da terra prometida, Canaã, é uma jornada que se pode fazer em pouco
dias. Narra a Bíblia Sagrada que os irmãos do José, um dos filhos de Jacó,
percorreram a mesma distância duas vezes para irem comprar mantimento antes de
subirem com o pai para irem fixar a residência no Egipto, enquanto perdurara o
período de fome, conforme Deus havia avisado o Faraó em sonho.
A mesma distância, séculos depois, viria a
ser percorridos por filhos de Israel, de regresso a terra prometida, durante
quarenta penosos anos. Sabes porque?
Para além das guerras contra os povos que
habitavam zonas por onde passava o seu grupo, era planos de Deus que a geração
nascida no cativeiro, incluindo Moisés, não pisasse a terra prometida, excepto
Josué e calebe.
Poderá perguntar, mas porque é que Deus
não quereria que a geração nascida no cativeiro pisasse a terra prometida, se
esta era esperança secular hebraica: retornar-se à terra prometida? A resposta
é muito simples: eles nasceram no Egipto, no cativeiro, afeiçoaram-se ao estilo
da vida pagã egípcia, adoravam seus deuses e, mesmo no deserto fora do
cativeiro, murmuravam contra Moisés, cultuavam a deuses pagãos, violando o
primeiro dos dez mandamentos.
Deus, no seu majestoso plano, não quis que
Canaã fosse outro Egipto e, sim, a terra de promessa que ele prometera a
Abraão, Isaac e Jacó. Terra onde só Ele seria cultuado. Por isso retardou o
povo no deserto para que a geração liberta do cativeiro pereça, toda ela, no
deserto, excepto Josué e Calebe e assim aconteceu.
O mesmo está a acontecer neste preciso
momento com o povo guineense. Por intermédio de um homem, Deus nos livrou da
dominação colonial, e passados 45 anos sobre a data da nossa independência
política, a geração contemporânea deste homem, que Deus usou como ferramenta
para libertar o povo da dominação colonial, entenda-se, a geração dos nascidos
durante da dominação colonial onde me incluo, ainda teima em assegurar as
rédeas do poder, com todo o preconceito de natureza social(gentios e civilizados);
tribal(tribos inferiores e tribos superiores); religiosa(entre muçulmanos,
cristãos e sionistas) etc.
Está geração, a nascida sob a dominação
colonial, não está preparada para entrar na terra prometida, que Deus havia
prometido a Amílcar Cabral e os seus anónimos combatentes, porque ainda
continua com a mentalidade colonialista por isso mesmo, impreparada para viver
num mundo da igualdade, onde todos serão vistos como a obra prima de Deus pai.
Uma sociedade em que as falhas pessoais de cada um não serão vistas como a
culpa da sua tribo, mas sim, como erros individuais, frutos da imperfeição da
raça humana.
Tu que és jovem, nascido fora deste
período, tens o passaporte carimbado para entrar na terra prometido, se não
deixares levar-se pelo ódio tribal e religioso que andam a solta nestes dias
que correm.
Por favor liberte-se da mentalidade
colonialista, de dividir para reinar, porque nasceste for deste período.
Seja capaz de manter um debate são e
educado, mantendo-se humilde na sua postura!
Não insulte o seu interlocutor, porque
insultos, a malcriação, arrogância, soberbo, altivez pertencem ao passado e não
são atributo da nova Guiné-Bissau que Deus nos prometeu há séculos de dores e
esperança. A pátria amada por todos guineenses!
Nota: Os artigos assinados por amigos, colaboradores ou outros não vinculam a IBD, necessariamente, às opiniões neles expressas.
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