quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

GUINÉ-BISSAU: ONDA DE GREVES QUASE PARALISA O PAÍS. LEMBRAR!

“O homem patriota "é um rebelde com orgulho. Ele rejeita a escravidão" dos partidos políticos, "e por isso é que é rebelde. Ele apela à libertação" do seu povo, "e por isso é que é rebelde". 
O povo escravizado pelos djilas políticos, por sua vez, é tão escravo, que chega "a fazer movimentos" anti-homem patriota. É tão escravo, que quer continuar a ser escravo. É tão apegado à escravidão, "que qualquer sabor de mudança deve ser reprimido e oprimido". O povo escravizado pelos djilas políticos, é tão escravo, "que chega a reprimir e oprimir quem o poderia" ter libertado de escravidão onde se encontra ainda.
Em suma, depois da morte do homem patriota, o povo escravizado passa a viver em nostalgia eterna dele. Ouve-se os lamentos do povo em tempos conturbados: se ele estivesse vivo a nossa soberania não estaria em causa. O homem patriota é livre por excelência. O homem patriota é imortal.” – O Filósofo, Dr. Quintino Na Nduk 


As greves desencadeadas hoje por trabalhadores da função pública da Guiné-Bissau deixaram o país quase paralisado. Desde a saúde e a educação aos serviços de energia e água, passando pelos organismos da Assembleia Nacional Popular, os protestos foram generalizados.

Os números disponibilizados pelos sindicatos às primeiras horas da greve indicam "uma forte adesão ao protesto", que visa obrigar o Governo a pagar mais de sete meses de salários em atraso.

"Em alguns sectores, como a saúde, a educação, a energia e águas, a adesão à greve aproxima-se dos cem por cento e em nenhum dos outros sectores é inferior a 80 por cento", indicou fonte da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), a maior central sindical do país.

Uma das áreas em que se receiam mais os efeitos da paralisação é nos serviços dependentes da Assembleia Nacional Popular (ANP), nomeadamente a Comissão Nacional de Eleições (CNE), responsável por preparar as eleições legislativas antecipadas marcadas para 6 de julho próximo.

Apesar de ninguém descartar um eventual adiamento da data da ida às urnas — tendo em conta que, a 30 dias do início da campanha eleitoral, o recenseamento e a cartografia do território ainda não começaram, processo que, de acordo com os técnicos, levará um mês a estar concluído —, a paragem na CNE vai ter consequências graves no processo eleitoral.

A Empresa de Energia e Águas da Guiné-Bissau (EAGB) e os serviços de saúde vão parar pelo menos uma semana, enquanto na educação a paralisação poderá atingir os 15 dias e na ANP os dez dias úteis, prorrogáveis automaticamente se não houver acordo com o Governo.

No entanto, o Executivo de Kumba Ialá parece empenhado em alcançar um acordo que acabe com as paralisações, nomeadamente na educação. O Sindicato Nacional dos Professores (Sinaprof) reuniu-se esta manhã com vários membros do Governo. O ano lectivo 2002/03 poderá vir a ser declarado nulo, dado que as sucessivas greves no sector, em protesto face ao não pagamento de salários, já diminuíram o tempo de aulas em quase 50 por cento. Registo do passado recente no Publico



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