segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Guiné-Bissau: Serifo Nhamadjo interroga o fracasso do sistema político guineense



Bissau - Manuel Serifo Nhamadjo, Presidente de transição desde o golpe de Estado de 12 de Abril, voltou a questionar a razão de os Governos eleitos, desde 1995, nunca terminarem as suas legislaturas.
Falando este sábado, 2 de Fevereiro, Serifo Nhamadjo disse que a equipa de transição na Guiné-Bissau é legal, emanada pela Constituição da República guineense. «Este regime não é um regime militar», esclareceu.
O Presidente de transição classificou a equipa como «bombeiros», e interrogou o que cada guineense fez para que o país não chegasse a este ponto. «Cada caso é um caso e cada caso é tratado como é tratado», referiu Serifo Nhamadjo.
O Presidente lembrou a guerra de 7 de Junho, os assassinatos de 2009 e o golpe de Estado de 12 de Abril de 2012.
Em relação ao caso dos assassinatos do Presidente da República e do Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas, nomeadamente João Bernardo Vieira e Tagme Na Waié, Serifo Nhamadjo lembrou que, nesta data, a comunidade internacional havia exigido a tomada de posse do Presidente interino antes das cerimónias fúnebres: «Grande parte da comunidade internacional esqueceu estes factos», recordou.
Pouco se falou do assunto em agenda. Serifo Nhamadjo destacou a presença do ex-Presidente da Nigéria, dizendo que «não tem muitos cabelos brancos».
Serifo Nhamadjo disse que as Forças Armadas saíram de uma revolução e que, até à data, o seu futuro tranquilo continua a ser adiando.
A terminar, o Presidente de transição falou da tão anunciada reforma nos sectores de Defesa e Segurança na função pública, assim como da Justiça e da reorganização geral do aparelho do Estado.

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