quarta-feira, 6 de março de 2013

A base ideológica dos Intelectuais Balantas na Diáspora



Embora não aceite, nem concorde, com qualquer tipo de tratamento displicente, para com ninguém, o Grupo declara a sua tolerância em relação a qualquer pessoa que, perante um acto concreto reprovável, cometido por um indivíduo de Etnia Balanta, censure este, individualmente, como responsável pelo acto.
Mas, também, declara, com toda a veemência, que não tolera qualquer tipo de generalização de actos individuais, com intenção de atingir, negativamente, toda a Etnia Balanta, no seu conjunto, a qual, como é sabido, se rege, segundo a Tradição, por princípios de respeitável dignidade e nobreza.
Assim como respeitamos os outros e o seu Grupo Étnico, assim, também, queremos que os outros nos respeitem a nós, quer individualmente, quer enquanto Grupo Étnico, porque essa é a postura social que permite que a Paz reine, na sociedade Guineense, e em todo o País, como um bem precioso, essencial ao Desenvolvimento saudável da Guiné-Bissau. 
Exigir a reposição da Verdade, sempre que, por erro de um individuo, se verifique um facto público, que configure a imputação genérica de um acto individual como se fosse um erro do conjunto do Grupo Étnico.
A necessidade de repor a verdade deriva do facto de que o nosso País é composto por vários Grupos Étnicos, que merecem respeito por igual.
Se os Balantas não têm por hábito apontar o dedo acusador contra nenhuma Etnia, por erro cometido por qualquer indivíduo dessa mesma Etnia, é justo esperar que os indivíduos de outros Grupos Étnicos não apontem, também, o dedo, genericamente, contra a Etnia, mas apenas contra o indivíduo, que tenha praticado o acto censurável, seja ele Balanta ou de outro Grupo Étnico.
Todo o País sabe, e o Mundo também, que, por exigência da sua cultura tradicional, os Balantas nunca acusam, nem atacam ninguém, com leviandade, pois isso é visto como sinal de fraqueza detestável, uma desonra e uma infâmia que deve ficar com quem o pratique.
O nosso País deve funcionar, à base da legalidade e sentido ético, no respeito dos Valores fundamentais e dos bons Princípios sociais.
Para que estes Valores e Princípios se instalem no nosso País, de modo a influenciar, positivamente, a convivência normal dos seus Cidadãos e destes com qualquer Estrangeiro, que se encontre no País, o Grupo deverá provocar o Povo Guineense, interpelando-o, para que não diga ou faça o que não deve.
O Grupo deve incentivar o Povo Guineense, qualquer que seja a sua Etnia, para adoptar boas práticas sociais, no relacionamento uns com os outros, para tornar a Sociedade Guineense cada vez melhor, no seu trato mútuo, sem ofensas de qualquer natureza, sem intenção maldosa, porque são os bons sentimentos de Cidadania que tornam a Sociedade melhor, abrindo o caminho para o seu Desenvolvimento Saudável, quer do ponto de vista humano, quer económico e político.

Sem comentários :

Enviar um comentário


COMENTÁRIOS
Atenção: este é um espaço público e moderado. Não forneça os seus dados pessoais (como telefone ou morada) nem utilize linguagem imprópria.