Bissau - O Governo de transição da Guiné-Bissau abriu hoje oficialmente a época de comercialização da castanha do caju, sem anunciar o preço da compra e venda daquele que é o principal produto de exportação do país.
A cerimónia de aberta oficial da campanha de caju (que decorre entre março a setembro) teve lugar em Quinhamel, 40 quilómetros a noroeste de Bissau, na presença do primeiro-ministro do Governo de transição, Rui de Barros, vários ministros, alguns embaixadores e do representante do secretário-geral das Nações Unidas, José Ramos-Horta.
Ao som de música e sob o olhar atento de régulos (chefes tradicionais) da região de Biombo, o presidente da Agência Nacional de Caju (ANCA), Henrique Mendes, explicou que o Governo de transição "quer disciplinar o setor", iniciando com a certificação do caju produzido na Guiné-Bissau, indicando na embalagem de exportação todas as características do produto.
A partir deste ano também não será permitido ao exportador a compra do produto diretamente ao agricultor.
O Governo quer reduzir a fuga ao fisco entre os operadores na cadeia de compra e venda do produto, disse Henrique Mendes.
O presidente da ANCA frisou que o caju da Guiné-Bissau "é bem cotado no mercado internacional", mas considerou serem necessárias medidas para melhorar a imagem e a fileira.
"A Guiné-Bissau é o quinto produtor mundial atrás da Índia, Costa do Marfim, Vietname e Brasil, mas em termos de qualidade possui a melhor castanha e amêndoa do mundo", observou Henrique Mendes, para ilustrar os desafios para a melhoria da qualidade.
Em termos globais, o caju representa 98 por cento do total das exportações do país e mais de 16 por cento das receitas fiscais, notou o presidente da ANCA, destacando ainda que, em 20 anos, a Guiné-Bissau passou das 49 mil toneladas produzidas para 180 mil toneladas.
"Calcula-se que a plantação do caju no país seja de 210 a 220 mil hectares", afirmou Henrique Mendes, apontando o processamento local como a melhor alternativa.
O presidente da ANCA alertou, na ocasião, para "os perigos" que a Guiné-Bissau poderá vir a correr caso não opte rapidamente pela transformação local do caju em amêndoa.
"A Índia (principal comprador do caju no mundo) está a plantar de forma massiva, há um aumento de produção de outros países e tudo junto, associado à constante volatilidade dos preços do caju no mercado internacional, é um perigo sério para o nosso país", enfatizou Henrique Mendes.
Em simultâneo ao anúncio da abertura oficial da campanha de comercialização do caju, o primeiro-ministro guineense, Rui de Barros, procedeu a inauguração simbólica de três unidades de transformação do caju em amêndoa, construídas pela Líbia.
A cerimónia de aberta oficial da campanha de caju (que decorre entre março a setembro) teve lugar em Quinhamel, 40 quilómetros a noroeste de Bissau, na presença do primeiro-ministro do Governo de transição, Rui de Barros, vários ministros, alguns embaixadores e do representante do secretário-geral das Nações Unidas, José Ramos-Horta.
Ao som de música e sob o olhar atento de régulos (chefes tradicionais) da região de Biombo, o presidente da Agência Nacional de Caju (ANCA), Henrique Mendes, explicou que o Governo de transição "quer disciplinar o setor", iniciando com a certificação do caju produzido na Guiné-Bissau, indicando na embalagem de exportação todas as características do produto.
A partir deste ano também não será permitido ao exportador a compra do produto diretamente ao agricultor.
O Governo quer reduzir a fuga ao fisco entre os operadores na cadeia de compra e venda do produto, disse Henrique Mendes.
O presidente da ANCA frisou que o caju da Guiné-Bissau "é bem cotado no mercado internacional", mas considerou serem necessárias medidas para melhorar a imagem e a fileira.
"A Guiné-Bissau é o quinto produtor mundial atrás da Índia, Costa do Marfim, Vietname e Brasil, mas em termos de qualidade possui a melhor castanha e amêndoa do mundo", observou Henrique Mendes, para ilustrar os desafios para a melhoria da qualidade.
Em termos globais, o caju representa 98 por cento do total das exportações do país e mais de 16 por cento das receitas fiscais, notou o presidente da ANCA, destacando ainda que, em 20 anos, a Guiné-Bissau passou das 49 mil toneladas produzidas para 180 mil toneladas.
"Calcula-se que a plantação do caju no país seja de 210 a 220 mil hectares", afirmou Henrique Mendes, apontando o processamento local como a melhor alternativa.
O presidente da ANCA alertou, na ocasião, para "os perigos" que a Guiné-Bissau poderá vir a correr caso não opte rapidamente pela transformação local do caju em amêndoa.
"A Índia (principal comprador do caju no mundo) está a plantar de forma massiva, há um aumento de produção de outros países e tudo junto, associado à constante volatilidade dos preços do caju no mercado internacional, é um perigo sério para o nosso país", enfatizou Henrique Mendes.
Em simultâneo ao anúncio da abertura oficial da campanha de comercialização do caju, o primeiro-ministro guineense, Rui de Barros, procedeu a inauguração simbólica de três unidades de transformação do caju em amêndoa, construídas pela Líbia.
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