Bissau - Partidos que apoiam o Governo de transição da Guiné-Bissau consideram irrealista a realização de eleições gerais ainda este ano, como tem exigido a comunidade internacional.
Em conferência de imprensa, Afonso Té, líder do Partido Republicano da Independência e Desenvolvimento (PRID), falando em nome do Fórum dos Partidos signatários do Pacto de Transição, afirmou que, "tendo em conta os condicionalismos, seria irrealista pensar-se em eleições gerais para este ano".
"Essa é a opinião do Fórum. Não há condições para se realizar eleições este ano. Tem que ser sempre no próximo ano", defendeu Afonso Té no final de um encontro de urgência realizado entre 24 dos 28 partidos que compõem o Fórum de Partidos signatários do Pacto de transição, criado na sequência do golpe de Estado de abril de 2012.
O novo representante do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, disse, na semana passada, que é possível realizar eleições gerais antes do fim deste ano, desde que haja vontade política
"Posso garantir que do lado da comunidade internacional haverá uma contribuição de todos, através de recursos financeiros e técnicos necessários para a realização das eleições. O maior problema tem a ver com os próprios guineenses ", disse o antigo Presidente de Timor-Leste e Nobel da paz.
"Isso é o que a comunidade internacional acha. A comunidade internacional pode achar uma coisa e a realidade ditar outra. Eu acho que não há condições para se realizar eleições este ano", considerou Afonso Té.
O responsável lembrou que a previsão inicial feita para durar o período de transição era de um ano, mas, destacou, durante seis meses o Parlamento do país (mantido mesmo com o golpe de Estado) não funcionou por desentendimentos entre os principais partidos quanto ao modelo da transição.
Afonso Té acusou "uma parte do PAIGC (Partido Africano de independência da Guiné e Cabo Verde) e o Parlamento" de se constituírem em obstáculos ao "curso normal" do período de transição que diz estar a decorrer "tranquilamente".
O responsável disse que as crises e as greves na Função Publica têm motivações políticas e que o PAIGC quer agora apoderar-se da transição e por isso está a usar a via parlamentar para concretizar os seus intentos.
"Isso compreende-se porque o PAIGC perdeu o poder (com o golpe de Estado) e quer voltar ao poder, por isso está muito feroz à procura do poder que perdeu", frisou o porta-voz do Fórum.
Sobre a formação de um novo Governo, Afonso Té afirmou que o Fórum está de acordo desde que seja "inclusivo de facto, sem ser como o PAIGC quer". Segundo Afonso Té, o PAIGC quer um novo Governo formado apenas por pessoas cujos partidos têm assento parlamentar e com um novo primeiro-ministro.
.Em conferência de imprensa, Afonso Té, líder do Partido Republicano da Independência e Desenvolvimento (PRID), falando em nome do Fórum dos Partidos signatários do Pacto de Transição, afirmou que, "tendo em conta os condicionalismos, seria irrealista pensar-se em eleições gerais para este ano".
"Essa é a opinião do Fórum. Não há condições para se realizar eleições este ano. Tem que ser sempre no próximo ano", defendeu Afonso Té no final de um encontro de urgência realizado entre 24 dos 28 partidos que compõem o Fórum de Partidos signatários do Pacto de transição, criado na sequência do golpe de Estado de abril de 2012.
O novo representante do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, disse, na semana passada, que é possível realizar eleições gerais antes do fim deste ano, desde que haja vontade política
"Posso garantir que do lado da comunidade internacional haverá uma contribuição de todos, através de recursos financeiros e técnicos necessários para a realização das eleições. O maior problema tem a ver com os próprios guineenses ", disse o antigo Presidente de Timor-Leste e Nobel da paz.
"Isso é o que a comunidade internacional acha. A comunidade internacional pode achar uma coisa e a realidade ditar outra. Eu acho que não há condições para se realizar eleições este ano", considerou Afonso Té.
O responsável lembrou que a previsão inicial feita para durar o período de transição era de um ano, mas, destacou, durante seis meses o Parlamento do país (mantido mesmo com o golpe de Estado) não funcionou por desentendimentos entre os principais partidos quanto ao modelo da transição.
Afonso Té acusou "uma parte do PAIGC (Partido Africano de independência da Guiné e Cabo Verde) e o Parlamento" de se constituírem em obstáculos ao "curso normal" do período de transição que diz estar a decorrer "tranquilamente".
O responsável disse que as crises e as greves na Função Publica têm motivações políticas e que o PAIGC quer agora apoderar-se da transição e por isso está a usar a via parlamentar para concretizar os seus intentos.
"Isso compreende-se porque o PAIGC perdeu o poder (com o golpe de Estado) e quer voltar ao poder, por isso está muito feroz à procura do poder que perdeu", frisou o porta-voz do Fórum.
Sobre a formação de um novo Governo, Afonso Té afirmou que o Fórum está de acordo desde que seja "inclusivo de facto, sem ser como o PAIGC quer". Segundo Afonso Té, o PAIGC quer um novo Governo formado apenas por pessoas cujos partidos têm assento parlamentar e com um novo primeiro-ministro.
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