Independência/38 anos: Somos uma sociedade sem alma porque não ensinamos história, assegura Iva Cabral.
A historiadora Iva Cabral diz ser “horrível” Cabo Verde não ensinar história à juventude, a camada que precisa de “heróis, mitos e lendas” e afirma que se vive numa “uma sociedade quase sem alma”.
A filha de Amílcar Cabral desaponta-se com o tratamento que os cabo-verdianos dão à história do país e de África, que considera o espaço vital de Cabo Verde. “Nunca a Europa e muito menos os Estados Unidos da América. Nunca”.
Iva Cabral refere-se aos “muitíssimos complexos” que os cabo-verdianos têm em relação a África, à costa africana, continente que os cabo-verdianos não conhecem exactamente por causa desses complexos, o que só “prejudicam” a sociedade, sublinha.
“Temos complexos porque não queremos aceitar que somos uma sociedade de base escravocrata. Fomos povoados por escravos negros”, afirma a historiadora.
Iva Cabral quer Cabo Verde no cimo da CEDEAO, “organização regional africana a cujas reuniões o país até deixou de se apresentar, por mero complexo, quando o futuro está no continente ou na Ásia”, disse.
“Tomamos África como um todo, mas não é assim. A Guiné-bissau e o Senegal são diferentes. E depois pensamos que o nosso futuro está em acordos especiais com a Europa. Por mim acho que o nosso futuro está em África. Lá é que está o futuro”.
No início do século XVI, refere Iva Cabral, havia 200 brancos e cinco mil escravos na Cidade Velha, e o povo “não quer aceitar isso porque ser africano é ser negro, pobre, escravo. Não”.
“Queremos virar-nos para a Europa e para os Estados Unidos esquecendo o nosso espaço vital, que é a costa africana. Qualquer historiador que estude Cabo Verde vai dizer: o espaço vital de Cabo Verde é a costa africana, nunca a Europa e muito menos os Estados Unidos”.
Iva Cabral, que é reitora da Universidade Lusófona de Cabo Verde, lança ainda um olhar crítico sobre o ensino superior no país.
“O Governo devia baixar os impostos às universidades, porque afinal não se tratam de casas comerciais”, diz.
A Electra (empresa de água e eletricidade) também devia olhar para as tarifas que aplica às empresas que são do bem público, desafia a historiadora, referindo que a Lusófona às vezes nem dinheiro tem para pagar aos professores.
Outro ganho da Independência foi o saneamento público.
“Às vezes queremos milagres. Não temos recursos naturais, petróleo, diamantes, minérios que possam ser usados logo. Mas temos o mar, a nossa riqueza está no mar, e na posição estratégica. Foi isso que nos salvou”, enfatizou.
A historiadora Iva Cabral diz ser “horrível” Cabo Verde não ensinar história à juventude, a camada que precisa de “heróis, mitos e lendas” e afirma que se vive numa “uma sociedade quase sem alma”.
A filha de Amílcar Cabral desaponta-se com o tratamento que os cabo-verdianos dão à história do país e de África, que considera o espaço vital de Cabo Verde. “Nunca a Europa e muito menos os Estados Unidos da América. Nunca”.
Iva Cabral refere-se aos “muitíssimos complexos” que os cabo-verdianos têm em relação a África, à costa africana, continente que os cabo-verdianos não conhecem exactamente por causa desses complexos, o que só “prejudicam” a sociedade, sublinha.
“Temos complexos porque não queremos aceitar que somos uma sociedade de base escravocrata. Fomos povoados por escravos negros”, afirma a historiadora.
Iva Cabral quer Cabo Verde no cimo da CEDEAO, “organização regional africana a cujas reuniões o país até deixou de se apresentar, por mero complexo, quando o futuro está no continente ou na Ásia”, disse.
“Tomamos África como um todo, mas não é assim. A Guiné-bissau e o Senegal são diferentes. E depois pensamos que o nosso futuro está em acordos especiais com a Europa. Por mim acho que o nosso futuro está em África. Lá é que está o futuro”.
No início do século XVI, refere Iva Cabral, havia 200 brancos e cinco mil escravos na Cidade Velha, e o povo “não quer aceitar isso porque ser africano é ser negro, pobre, escravo. Não”.
“Queremos virar-nos para a Europa e para os Estados Unidos esquecendo o nosso espaço vital, que é a costa africana. Qualquer historiador que estude Cabo Verde vai dizer: o espaço vital de Cabo Verde é a costa africana, nunca a Europa e muito menos os Estados Unidos”.
Iva Cabral, que é reitora da Universidade Lusófona de Cabo Verde, lança ainda um olhar crítico sobre o ensino superior no país.
“O Governo devia baixar os impostos às universidades, porque afinal não se tratam de casas comerciais”, diz.
A Electra (empresa de água e eletricidade) também devia olhar para as tarifas que aplica às empresas que são do bem público, desafia a historiadora, referindo que a Lusófona às vezes nem dinheiro tem para pagar aos professores.
Outro ganho da Independência foi o saneamento público.
“Às vezes queremos milagres. Não temos recursos naturais, petróleo, diamantes, minérios que possam ser usados logo. Mas temos o mar, a nossa riqueza está no mar, e na posição estratégica. Foi isso que nos salvou”, enfatizou.
Antes de mais, queria agradecer eletrada pela coragem que teve para decifrar este assunto numa forma clara e preciso.
ResponderEliminarO Cabo Verde,é um País que no seu todo sofre de complexo, isso é certo.
Obrigado
Maos as obras.
Flora Cably A verdade dói mas ela tem que ser dita, pois ela ilumina o futuro.Complexos são refúgios da vergonha, mas a vergonha envergonha-me se eu for culpado, por Isso Cabo verde não devia ter vergonha nem complexos, porque o processo de Escravatura foi feito pelos Europeus, não pelos Caboverdianos que apenas foram consequências desta vergonha dos Europeus. Portanto pela Historia o Caboverdiano não tem que ter vergonha de ser descendente de Escravatura.
ResponderEliminarEspero que haja alguém que pense o mesmo.
o quevem de baixo nao nos atingem.. pura igonorancia desta senhora. historiadora da meia tigela.. ela tinha muito que estudar antes d abrir a boca e pronunciar estas disparatadas..
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