terça-feira, 19 de agosto de 2014

RASCUNHO DE UMA PREOCUPAÇÃO CIDADÃ – VIRUS DA ÉBOLA: “Preocupações, angústia e reações dos guineenses, um aspeto positivo”

Por, Dr. Patrício Baionco Mindelo Biaguê

Ebola é um fenômeno viral sem cura e sem controle, que provoca mortes destrói aldeias e espalham sofrimentos nos lugares afetados. A globalização é uma realidade internacional da integração econômica, social, cultural e político onde os povos transitam livremente de um ponto a outro comprando e vendendo bens e prestando serviços com intuito de maximizar o seu retorno privado que reflete de forma positiva ou negativa para economia do país dependendo da estrutura política e econômica.

No caso guineense a medida do governo autorizar o fechamento da fronteira com o país irmão afetado pelo vírus é necessária e urgente visto que a nossa estrutura médica e sanitária é precária. Todas as ações dependem da ajuda dos parceiros internacionais.


Sem adentrar nos aspectos técnicos e científicos do vírus que apresentam cinco tipos diferentes provenientes de regiões geográficos diferentes segundo a citação do nosso Medical expert “Djoca”, na linguagem popular pode-se referir que é considerado um vírus mortal por até 90% dos pacientes infectados.

Segundo filósofos não existe verdade absoluta, mas existe um vírus mortal que assusta a humanidade, principalmente as áreas afetadas. O problema esta agora no nosso quintal, a medida adotado pelo governo datado do dia 13 de agosta pode ser controversa, mas necessária. Por outro lado a OMS, “Organização Mundial de Saúde”, por enquanto, não recomenda restrições de viagens ou fechamento de fronteiras devido ao surto de ebola. No entanto, existem problemas graves que também devem ser observados, como o costume que há naquela região de lavar os cadáveres antes do funeral, o que gera um contato capaz de transmitir o Ébola. A cultura e religião não se discutem, é considerado dogma, mas a saúde da sociedade são premissas básicas que sustenta a continuidade da sobrevivência humana.

Para os cépticos esta medida governamental vai contra os princípios morais, culturais até pode ser considerado excesso do poder ou bobagem. Urge quebrar paradigmas do comportamento social que passa pelo cumprimento dos requisitos básicos de higiene domestico e público. 

Grandes celebrações culturais e religiosas são características sociais dos guineenses e da sociedade africana em geral que merece muita atenção e respeito, por outro lado pode ser considerado um condutor eficaz para transmissão e propagação da doença. São de costumes nas cerimônias religiosas ou nas celebrações culturais manuseio e preparação de grande quantidade de alimentos e bebidas que dispensa a mínima de atenção sanitária.


Guineense é um povo alegre e festeiro, não abre mão de uma boa bebedeira e “cume cume” em ambiente de paz ou de instabilidade, esta característica ajuda no equilíbrio emocional e social. 

Todo o risco traz uma oportunidade.

1)    Primeiro o medo de contração do vírus pode incentivar na mudança de comportamento da sociedade frente ao fenômeno;
2)    A preocupação individual se transforma em preocupações coletivas, face a prevenção e conscientização da sociedade começando dentro de casa;
3)     Por ser um país pobre dependente de ajuda internacional pode ser incentivo para buscar mais autonomia para garantir a preservação de sua saúde por meios próprios;
4)    Oportunidade para unidade nacional dos guineenses na nova fase da vida política econômica e social;
5)    Oportunidade pela valorização do conhecimento “capital intelectual”, investimentos em laboratórios especializados em pesquisas e desenvolvimento;
6)    Início de uma longa e árdua tarefa de conscientização social, higiene doméstica e pública para prevenção não somente do vírus da Ébola, mas de cólera e outras doenças que afetam a nossa região.
7)    Oportunidade por parte do governo na adoção de medidas concretas, por exemplo, remoção e tratamentos de lixos, higienização dos hospitais, tratamentos dos lixos hospitalares, melhorar a situação higiénica no mercado de Bandim e outros mercados espalhados pelo país.
8)    Aos pais, educadores da creche e escolas infantis, diretores de escolas do ensino fundamentais ou básicas complementares esta é a hora de mudança de comportamentos nos nossos garotos e garotas no manuseio de lixo. Promover campanhas regulares sobre o mal que o lixo traz para sociedade. Lugar do lixo é na lixeira e não no chão ou na via pública.
9)    Oportunidade de governo erradicar de uma vez para sempre avalanche de pessoas URINAREM nas esquinas de prédios públicos, nas via pública, nas praças etc.. Tudo isso são meios de propagação da doença.

Estas são as preocupações face a epidemia do vírus da Ébola que assola o Oeste da África.
A pergunta que não se cala:
- O que você pode fazer para ajudar a mudar os fatos?
- Qual é a sua posição e atitude frente a esta situação dentro da sua casa?

Segue anexo detalhe Como a doença é transmitida e sua evolução
 

PERGUNTAS E RESPOSTAS
“As perguntas e respostas foram extraídas do site: http://www.estadao.com.br

O que é o Ebola?
A doença é provocada por um vírus. O nome foi tirado de um rio no Congo, onde a doença foi descoberta, em 1976.

Como se transmite? O Ebola pode se espalhar pelo ar?
O Ebola se espalha por contato direto de fluídos corporais dos doentes. Se o sangue ou o vômito da pessoa infectada entrar em contato com os olhos, boca ou nariz de uma pessoa, a infecção pode ser transmitida. Não existe o risco do Ebola ser transmitido pelo ar.

Quais são os sintomas?
Febre, vômito, diarreia e hemorragia interna.

Como o Ebola evolui?
Do 7º ao 9º dia, o paciente apresenta dor de cabeça e muscular, fadiga e febre. No 10º dia, febre alta repentina e vômito de sangue. No 11º dia, sangramento do nariz, boca, olhos e ânus, e dano cerebral. No 12º dia, perda de consciência, hemorragia interna e morte. A maioria dos pacientes morre de hemorragia interna ou com falência múltipla de órgãos.

Um objeto contaminado pode transmitir o vírus?
Sim, o vírus sobrevive em superfícies, qualquer objeto com fluídos corporais dos pacientes, como luvas de látex ou uma máscara, podem espalhar a doença.

Como é o tratamento da doença?
Não existe cura para o Ebola. O que os médicos podem fazer é manter a pressão arterial e tratar outras infecções que podem atingir corpos com baixa imunidade.

Quantas pessoas foram infectadas pelo vírus?
Mais de 1.600 pessoas em Guiné Konacry, Libéria e Serra Leoa contraíram o Ebola desde março, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Mais de metade destes infectados morreram. O governo da Nigéria reportou três casos prováveis e um suspeito, incluindo o de um homem da Libéria que viajou para o país e morreu no dia 25 de julho. Dois médicos americanos foram infectados pelo Ebola enquanto trabalhavam na África Ocidental e foram levados para Atlanta para tratamento.

Qual o país com maior número de casos?
Atualmente, o governo de Serra Leoa contabiliza 691 casos e 286 mortes. O país com maior número de mortes é Guiné, com 363 casos fatais.

Mesmo após o vírus se espalhar e a Organização Mundial de Saúde alertar as pessoas, o número de casos continua subindo. Por quê?
Atualmente, grande parte das pessoas infectadas são justamente aquelas que estão cuidado das pessoas doentes, mas que não sabem da transmissão via fluídos corporais. Principalmente porque essas pessoas não possuem treinamento ou equipamentos adequados para o tratamento.

Quando se define o surto de uma doença?
Quando há taxa maior do que o previsto em uma área restrita, como ocorre com a dengue em São Paulo neste ano.

E quando há epidemia ou pandemia?
Quando o surto abrange área maior, como um país, é epidemia. Pandemias, como a da AIDS, atingem o mundo todo.

O que é emergência de saúde pública internacional?
A PHEIC, na sigla em inglês, é decretada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) quando uma proliferação exige reação global. Vale tanto para epidemia quanto para surto.

É melhor evitar viagens para os locais afetados?
Sim, a viagem seria último caso, mas já que não existe uma vacina, é melhor evitar. É preciso desencorajar as pessoas que querem ir para lá e continuar monitorando as pessoas que chegam.

O atendimento dos passageiros que viajaram para locais de risco é realmente necessário?
Esse atendimento inicial é necessário, pois existe o risco de que um passageiro esteja com o vírus encubado. Esses pacientes estariam em estado inicial. Existem países que estão realizando exames de temperatura, pois a febre é um dos primeiros sintomas do vírus. Se o passageiro estiver com uma temperatura alta, é valida uma investigação maior. Doutores dos Estados Unidos foram aconselhados a perguntar o histórico de viagem de qualquer paciente que apresente febre. Nestes casos, é importante ficar atento.

Qual a origem da doença?
O Ebola foi descoberto em 1976, inicialmente em gorilas. Humanos foram contaminados quando comeram a carne do animal. Cientistas acreditam que morcegos também podem incubar o vírus e os humanos e os macacos podem pegar a doença se tiverem contato com locais onde o animal defecou.

Este é o maior surto desde que o vírus foi descoberto?
Sim, o maior surto até então foi em 1976 no Sudão e na República Democrática do Congo, quando o vírus foi descoberto. Na época, foram 602 casos e 431 mortes. O vírus teve um novo surto em 1995, em 2000 e em 2007, quando em cada ano, morreram mais de 200 pessoas.

Nota: Os artigos assinados por amigos, colaboradores ou outros não vinculam a IBD, necessariamente, às opiniões neles expressas.

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