O Primeiro-Ministro qualificou hoje de excecional as
relações entre o Governo e a Presidência da República, não obstante ter
reconhecido que “enfrentamos situações difíceis e que nos obrigam a ter
interpretações diferentes”.
Domingos Simões Pereira falava a imprensa a saída de
audiência semanal de rotina com o Chefe de Estado, José Mário Vaz.
"Se cada um de nos respeitar as regras
instituídas penso que não haverá problemas porque temos condições de conviver
em harmonia", esclareceu o primeiro-ministro.
O chefe do executivo voltou a repisar não existir
nenhuma situação antagónica no relacionamento entre o Governo e a Presidência
da República, e acrescentou que entre as duas partes “há um diálogo
institucional”.
"Ao Presidente da República, enquanto primeiro
magistrado da nação venho dar-lhe contas dos atos da governação. Na maior parte
das situações estamos de acordo e naquelas em que os pontos de vista não são
coincidentes ele usa as competências que a lei lhe atribui e eu respeito
isso", justificou Domingos Simões Pereira.
Instado a comentar o pedido de demissão e
consequente exoneração de Botche Candé, o primeiro-ministro confessou que foi
uma baixa que o executivo lamenta, tal como foi expressado no último comunicado
do Conselho de Ministros.
“Avaliamos o acontecimento, e, de facto, ela põe em
causa a visibilidade interna do país", reconheceu o chefe do governo
referindo-se aos acontecimentos que ditaram a exoneração do então Ministro da
Administração Interna.
Simões Pereira acrescentou que, por isso, o
Presidente da República usou da prerrogativa que a lei lhe assiste, pois a
decisão de exonerar Botche Candé é “constitucional e justa”. “Temos que olhar o
Estado nesses termos”.
A concluir informou que dentro de dias ira submeter
ao Presidente proposta para preencher o lugar deixado por Botche Candé.
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