A taxa de mortalidade infantil diminuiu
acentuadamente na Guiné-Bissau, passando de 200 por mil, em 2007, para os
atuais 55 por mil nados-vivos, anunciou hoje em Bissau o ministro da Economia e
Finanças, classificando o feito como "extraordinário".
"A taxa da mortalidade infantil
está agora na Guiné-Bissau na ordem de 55 por mil. Este é um resultado
extraordinário. Penso que devemos continuar a trabalhar para baixar esta taxa,
mas há uns anos atrás a Guiné-Bissau registava uma taxa de mortalidade infantil
bastante elevada. Estávamos em qualquer coisa como 200 por mil", salientou
Geraldo Martins.
O ministro fez o anúncio durante a
apresentação dos resultados preliminares do MICS 5 (Inquéritos aos Indicadores
Múltiplos) relativos à situação das crianças e mulheres da Guiné-Bissau em
2014, numa iniciativa com o apoio do Fundo das Nações Unidas para Infância
(Unicef).
Numa breve análise aos resultados,
Geraldo Martins, que tutela o Instituto Nacional de Estatísticas (INE),
organismo que conduziu os inquéritos, congratulou-se com a redução da taxa de
mortalidade infantil mas manifestou-se preocupado com o aumento da taxa da mortalidade
materna.
Aquela taxa situa-se agora em 900 mortes
por dez mil mulheres.
A Guiné-Bissau "apresenta uma das
taxas de mortalidade materna mais elevadas do mundo. De acordo com os dados
disponíveis penso que a Guiné-Bissau tem a segunda pior taxa de mortalidade
materna no mundo", sublinhou.
O governante pediu que sejam estudados
os motivos pelos quais as mulheres ainda continuam a morrer no momento do parto
para que o Governo possa propor soluções.
Geraldo Martins acrescentou que o país
já recebeu uma promessa de empréstimo do Banco Islâmico de Desenvolvimento
(BID) de 30 milhões de dólares (28 milhões de euros), "para serem
utilizados em setores determinados pelo Governo" os quais, disse, poderiam
ser canalizados para luta contra a mortalidade materna.
O responsável guineense adiantou que se
vai deslocar aos Estados Unidos na próxima semana para se encontrar com os
dirigentes do BID e dos Fundos Soberanos do Koweit e da Arabia Saudita,
instituições que, afirmou, tinham cortado toda cooperação com a Guiné-Bissau
aquando do golpe de estado de abril de 2012, mas que agora estão a retomar, na
sequência das eleições de 2014, que repuseram a normalidade constitucional. Com
a Lusa
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