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A Polícia Judiciária da Guiné-Bissau
deteve no passado dia 21 do mês em curso, o director do Serviço da Organização
Administrativa do Ministério da Função Pública e Reforma Administrativa, Elídio
Vieira Té, por crime de falsificação de documentos. Elídio Vieira Té exercera
as funções do Assessor Jurídico do Secretário de Estado da Função Pública do
Governo de Transição.
O Democrata apurou ainda que a detenção
do actual presidente de Associação dos Guineenses Formados no Reino de Marrocos
(AGUIFREM) ocorreu no âmbito de uma investigação levada a cabo pela PJ, sobre a
falsificação de passaportes do serviço apreendidos nas mãos de cidadãos
estrangeiros suspeitos de tráfico de droga em proveniência do Brasil.
A Polícia Judiciária, de acordo com as
informações, seguiu uma pista junto do Ministério dos Negócios Estrangeiros e
acabou por deter um indivíduo suspeito de ter levantado passaporte de serviço
mediante um documento de pedido de concessão do mesmo falsificado.
“O documento do pedido de concessão de
passaporte emitido nos negócios estrangeiros destinava a obter passaporte do
serviço a favor de um cidadão nacional de nome Mamadu Monteiro que alegadamente
terá sido nomeado pela actual Ministra da Educação Nacional ao cargo de
Director-geral de Planificação e Estudos. O documento de pedido da concessão de
passaporte é datado de 24 de Fevereiro de 2014, facto que suscitou suspeição da
parte dos responsáveis dos negócios estrangeiros”, explica a nossa fonte.
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O nosso interlocutor adianta ainda que a
Polícia Judiciária foi alertada do assunto pelo Ministério dos Negócios
Estrangeiros e procedeu à detenção do suspeito, que por sua vez, declarou às
autoridades judiciais ter conseguido o documento do pedido de passaporte do
serviço das mãos do actual director do Serviço da Organização Administrativa,
Elídio Vieira Té.
“Paga-se o avanço de 50 por cento para
obter o passaporte do serviço e depois de receber o documento paga-se o resto.
Elídio é quem fez a falsificação de assinatura da Ministra de Educação
Nacional, alegando que o Mamadu Monteiro é nomeado Director-geral de
Planificação e Estudos pelo que rogava a emissão de um passaporte do serviço”,
contou.
Uma fonte da Polícia Judiciária informou
ao nosso semanário que o director do Serviço de Organização Administrativa, já
foi apresentado ao Ministério Público que por conseguinte legalizou a prisão
preventiva do suspeito.
O Código Penal da Guiné-Bissau prevê uma
pena de quatro anos da prisão efectiva por crime de falsificação de documentos.
Elídio Vieira Té corre o risco de sofrer pena acima referido se a justiça
guineense vier a condená-lo.
Entretanto, O Democrata soube junto de
uma fonte do Ministério da Educação Nacional que não existe na orgânica naquela
instituição a Direcção Geral de Planificação e Estudos. A fonte informa ainda
que o Ministério da Educação tem uma Direcção Geral de Planificação que é
actualmente dirigida por um indivíduo chamado Mamadu Djassi.
“Ele sabe muito bem que existe o
Gabinete de Planificação no Ministério da Educação e conhece o nome da pessoa
que dirige aquela direcção. Falsificou o documento com base em dados do
Ministério, apenas tentou mudar alguns aspectos para enganar os agentes dos
Negócios Estrangeiros”, explicou a mesma fonte. Com Odemocrata
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