Ministro português apresentou a proposta
na XVI reunião dos ministros da defesa da comunidade, ontem em São Tomé.
O ministro da Defesa de Portugal, José
Pedro Aguiar-Branco defendeu ontem a criação de uma força de manutenção da paz da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), no quadro das Nações Unidas.
A proposta foi lançada durante a XVI reunião dos ministros da defesa nacional
da comunidade lusófona que decorreu na capital de São Tomé e Príncipe.
“Nas operações de manutenção da paz a
CPLP tem meios, condições e capacidade para um contributo colectivo e efectivo.
A nossa experiência individual em várias missões das Nações Unidas deveria ser
aproveitada para enviar um contingente da CPLP numa operação de manutenção de
paz da ONU”, disse José Aguiar-Branco
O ministro português sugeriu ainda a
formação e a saúde como outras duas áreas potenciais para sustentar a
cooperação entre os membros da comunidade.
“Na formação, podemos avançar para a
criação de um colégio de defesa da CPLP a funcionar alternadamente nos nossos
superiores militares, com cursos pensados para a especialização dos militares e
abertos a outros países amigos”, defendeu.
“Na saúde militar temos que apostar mais
no desenvolvimento de projectos de investigação conjuntos e no intercâmbio
entre hospitais militares”, acrescentou.
Antes de passar testemunho da
presidência rotativa da organização para o seu homólogo de São Tomé e Príncipe,
Aguiar Branco saudou o regresso da Guiné-Bissau ao convívio da comunidade e
destacou a língua e valores comuns em que se apoia a identidade da CPLP em
matéria de defesa.
Para o secretário executivo da Comunidade
de Países de Língua Portuguesa, as organizações internacionais como a CPLP
desempenham um papel fundamental entre os seus membros, constituindo-se como
espaço de segurança colectiva, estabilidade e paz e assumindo-se como baluarte
da defesa e da democracia, do estado de direito e dos direitos humanos.
“Estou certo que a XVI reunião dos
ministros da defesa da CPLP constituirá mais um passo em frente no
aprofundamento da cooperação entre os Estados membros em matéria da defesa a
qual tem implicações directas no sucesso das políticas de desenvolvimento em curso
nos nossos estados membros”, disse Murade Murargy.
Os conflitos que abalam o mundo,
particularmente a África, orientam a CPLP para o reforço da cooperação
internacional, destacou o ministro são-tomense da Defesa Nacional e do Mar.
“Temos uma agenda muito recheada de
assuntos importantes para o reforço dos laços que nos unem e consequentemente
criarmos uma plataforma de segurança e defesa ao serviço dos nossos povos,
países regiões e do mundo global de que fazemos partes”, disse Carlos Stock.
O ministro são-tomense dos negócios
estrangeiros que, presidiu o ato justificou a ausência do primeiro-ministro
Patrice Trovoada, falou da ameaça que o grupo terrorista Boko Haram representa
para o Golfo da Guiné e da pirataria marítima.
“O estado são-tomense reconhece os
esforços desenvolvidos pelos seus parceiros de desenvolvimento de são Tomé e
Príncipe e de outros estados da região no combate a esta organização”,
sublinhou Salvador Ramos.
//Intelectuais Balantas na Diáspora /Lusa
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