sábado, 30 de maio de 2015

Ministros da Defesa discutem criação de força de manutenção da paz da CPLP

Ministro português apresentou a proposta na XVI reunião dos ministros da defesa da comunidade, ontem em São Tomé.

O ministro da Defesa de Portugal, José Pedro Aguiar-Branco defendeu ontem a criação de uma força de manutenção da paz da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), no quadro das Nações Unidas. A proposta foi lançada durante a XVI reunião dos ministros da defesa nacional da comunidade lusófona que decorreu na capital de São Tomé e Príncipe.

“Nas operações de manutenção da paz a CPLP tem meios, condições e capacidade para um contributo colectivo e efectivo. A nossa experiência individual em várias missões das Nações Unidas deveria ser aproveitada para enviar um contingente da CPLP numa operação de manutenção de paz da ONU”, disse José Aguiar-Branco

O ministro português sugeriu ainda a formação e a saúde como outras duas áreas potenciais para sustentar a cooperação entre os membros da comunidade.

“Na formação, podemos avançar para a criação de um colégio de defesa da CPLP a funcionar alternadamente nos nossos superiores militares, com cursos pensados para a especialização dos militares e abertos a outros países amigos”, defendeu.

“Na saúde militar temos que apostar mais no desenvolvimento de projectos de investigação conjuntos e no intercâmbio entre hospitais militares”, acrescentou.

Antes de passar testemunho da presidência rotativa da organização para o seu homólogo de São Tomé e Príncipe, Aguiar Branco saudou o regresso da Guiné-Bissau ao convívio da comunidade e destacou a língua e valores comuns em que se apoia a identidade da CPLP em matéria de defesa.

Para o secretário executivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, as organizações internacionais como a CPLP desempenham um papel fundamental entre os seus membros, constituindo-se como espaço de segurança colectiva, estabilidade e paz e assumindo-se como baluarte da defesa e da democracia, do estado de direito e dos direitos humanos.

“Estou certo que a XVI reunião dos ministros da defesa da CPLP constituirá mais um passo em frente no aprofundamento da cooperação entre os Estados membros em matéria da defesa a qual tem implicações directas no sucesso das políticas de desenvolvimento em curso nos nossos estados membros”, disse Murade Murargy.

Os conflitos que abalam o mundo, particularmente a África, orientam a CPLP para o reforço da cooperação internacional, destacou o ministro são-tomense da Defesa Nacional e do Mar.

“Temos uma agenda muito recheada de assuntos importantes para o reforço dos laços que nos unem e consequentemente criarmos uma plataforma de segurança e defesa ao serviço dos nossos povos, países regiões e do mundo global de que fazemos partes”, disse Carlos Stock.
O ministro são-tomense dos negócios estrangeiros que, presidiu o ato justificou a ausência do primeiro-ministro Patrice Trovoada, falou da ameaça que o grupo terrorista Boko Haram representa para o Golfo da Guiné e da pirataria marítima.


“O estado são-tomense reconhece os esforços desenvolvidos pelos seus parceiros de desenvolvimento de são Tomé e Príncipe e de outros estados da região no combate a esta organização”, sublinhou Salvador Ramos.


//Intelectuais Balantas na Diáspora /Lusa

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