O Primeiro-ministro defendeu terça-feira
que a Liberdade de Imprensa deve ser vista como uma acção positiva que
incentiva o debate de ideias, promovendo a paz, com a finalidade de redimir as
tensões e conflitos internos, e não o contrario.
Domingos Simões Pereira usava da palavra
no encerramento da conferência alusiva ao Dia Mundial da Liberdade de Imprensa,
realizada no Auditório da Universidade Lusófona da Guiné.
Reconhece que o jornalista tem o direito
de ter a sua opinião, mas adverte que nunca deve fazer com que o consumidor da
sua opinião pense que aquilo que ele está a transmitir é uma informação
objectiva.
O Primeiro -ministro sustentou que as
notícias têm que ser objectivas e reais, porque o comunicador jornalista tem
que ser sempre capaz de alertar os consumidores das suas informações sobre a
diferença de uma notícia objectiva e a sua opinião.
“O comunicador jornalista deve ser claro
quando está a emitir a sua opinião. Deve saber distinguir se esta é a sua
opinião ou não. Saber informar se presenciou aquilo que aconteceu ou não e ser
capaz de mencionar a fonte”, aconselhou o chefe do executivo guineense.
Domingos Simões Pereira avisou que
aquilo que é notícia tem que ser objectiva, real e desprovido de qualquer outro
sentimento.
O chefe do governo referiu ainda que os
jornalistas só podem ser profissionais quando respeitam o moral e a ética no
exercício das respectivas funções.
“São esses elementos que nos interpelam
hoje e devem estar presente a cada momento. Hoje eu sou chamado ao exercício da
governação mais não deixo de ser um cidadão e nem deixo de lembrar que em
muitos momentos quis gozar da plenitude da minha liberdade e dos direitos. Eu
não posso ter a intenção de por em causa a liberdade que assiste aos cidadãos
dentro desta República”, sublinhou, Simões Pereira, salientando que ao fazê-lo
está a criar condições para que amanhã os seus direitos também não serem
respeitados.
Simões Pereira lembrou citando dados da
organização “Repórteres sem Fronteiras” que entre os 180 países, a Guiné-Bissau
ocupa a posição numero 81 do ranking da Liberdade de Imprensa, sendo o país
lusófono que mais lugares subiram.
“Contudo, o lugar que a Guiné- Bissau
ocupa, ainda se encontra no fundo da tabela pelo que é preciso trabalhar ainda
mais para melhorar a tendência, disse tendo convidado a comunicação social quer
públicos, como privados e comunitários a assumirem as suas responsabilidades
tendo o governo como parceiro, exercendo com isenção, sem calunias, manipulação
e difamação”, aconselhou.
A conferência alusiva ao Dia Mundial da
Liberdade de Imprensa foi promovida pelo Sindicato dos Jornalistas e Técnicos
da Comunicação Social (SINJOTECS) com a colaboração do Gabinete Integrado da
ONU para a Consolidação da Paz no país (UNIOGBIS) e a Universidade Lusófona da
Guiné (ULG). Com Agencia Noticiosa da Guiné-Bissau
Sem comentários :
Enviar um comentário
COMENTÁRIOS
Atenção: este é um espaço público e moderado. Não forneça os seus dados pessoais (como telefone ou morada) nem utilize linguagem imprópria.