O movimento República di Mininus Hoje
(RDMH) entregou hoje à Assembleia Nacional Popular (ANP) uma proposta da Agenda
Nacional para as crianças guineenses.
O documento foi recebido pela segunda
secretaria da mesa da ANP, Dan Iala na data em que o país e o mundo comemoram
1/o de Junho, dia internacional da criança, sob o lema: “Acelerar os esforços
para erradicar o casamento forçado e precoce na Guiné-Bissau”.
A referida agenda propõe um plano de
acção à Curto, Médio e Longo prazos abrangendo diferentes domínios da vida da
criança, exigindo igualmente do Estado e da sociedade guineense o respeito pelos
direitos consagrados na Constituições da República, na Convenção dos Direitos
da Criança (CDC) e demais dispositivos internacionais relativos à Criança.
“A criança deve constituir prioridade
absoluta do estado, devendo este por isso assegurar a efectivação dos seus
direitos referentes à saúde, alimentação, educação, dignidade e o respeito à
liberdade”, lê-se no documento.
A Presidente do Instituto da Mulher e
Criança referiu na ocasião que o 1º de Junho não é um dia só para as crianças
receberem prendas.
“É o dia em que as Nações devem pensar
em muitas crianças que continuam a sofrer de maus tratos, de doenças, de fome e
descriminações”, disse Ana Emília de Barros, acrescentando que a entrega da
proposta representa um marco importante na busca do consenso nacional a favor
do bem-estar das crianças guineenses.
Disse que a ratificação da CDC e demais
dispositivos internacionais relativos à Criança é uma demonstração clara da
vontade politica e da sensibilidade do Estado da Guiné- Bissau para com as
crianças.
Segundo a presidente do parlamento
infantil, Nela Augusto Monteja o documento é resultado de uma reflexão das
crianças e jovens culminadas com elaboração de propostas de acções concretas e
claras visando melhorar a vida das crianças.
Disse que o 1/o de Junho é importante
para crianças, mas ressalvou que na Guiné-Bissau, os direitos das crianças
continuam a ser violados, por isso exigiu o fim de todas as violações contra as
crianças.
O representante adjunto da UNICEF,
Antero de Pina agradeceu as crianças guineenses pelas conquistas e pelo que
ainda há por se fazer.
“
É Hoje que a criança precisa de ser protegida contra as doenças fáceis de se
prevenir, mas que ainda causa mortes no país, é hoje que a criança deve ir para
escola, é hoje que ela deve merecer uma educação de qualidade, é hoje que o graduado
do ensino secundário deve fazer o ensino superior, é hoje que os jovens,
adolescentes e adultos devem beneficiar do melhor do século XXI”, disse Antero
de Pina.
O Movimento República de Mininus foi
criado a11 de Dezembro de 2013 e tem vindo a promover acções sobre os direitos
das crianças na Guiné-Bissau.
Actualmente o movimento congrega cerca
de 300 organizações infantis e juvenis de todo o país articulada pelo
parlamento infantil e o Conselho Nacional de Juventude e conta com o apoio da
UNICEF.
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