domingo, 5 de junho de 2016

Guiné-Bissau garante presença inédita no CAN graças à vitória do Quénia sobre o Congo (2-1)




O Quénia venceu este domingo a seleção da República do Congo, por 2-1, em jogo referente à quinta jornada da fase de qualificação para o CAN 2017.

Quem beneficia deste resultado é a seleção da Guiné-Bissau, que assim garante a presença inédita na competição.

Os `Djurtus` são líderes do grupo E, com 10 pontos, mais 4 do que o Congo, depois da vitória de ontem sobre a Zâmbia por 3-2.

Em terceiro lugar no grupo está a Zâmbia e o último classificado é o Quénia. Com a Bola

4 comentários :

  1. Na partida realizada em Bissau, a seleção guineense adiantou-se no marcador aos 14 minutos, com um golo de José Luís Lopes, na cobrança de uma grande penalidade.

    A Zâmbia empatou aos 26 minutos, por intermédio de Kalaba, mas Frederic Mendes repôs a vantagem para a Guiné-Bissau passados nove minutos e fixou o resultado ao intervalo, em 2-1.

    Aos 51 minutos, Katongo empatou a partida e o 2-2 manter-se-ia quase até final.

    A vitória da Guiné-Bissau só foi garantida nos descontos, com Toni Brito a marcar o 3-2, aos 93 minutos.

    A seleção guineense lidera o Grupo E de qualificação para a CAN 2017, com 10 pontos.

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  2. Pela primeira vez na sua historia a selecção da Guiné-Bissau consegue ir ao Campeonato Africano das Nações (CAN).

    O final desta historia começou a ser escrita ontem, sábado, quando a selecção da Guiné-Bissau venceu a Zâmbia por 3-2, em jogo do Grupo E de qualificação para CAN de 2017.

    Com esta vitoria a Guiné somou 10 pontos e precisava que hoje, domingo, o Congo perdesse pontos frente ao Quénia. O que aconteceu? A selecção do Quénia, ultimo lugar do grupo, venceu o Congo por 2-1. Faltando um jogo do grupo, o Congo manteve os seis pontos, menos quatro que a Guiné-Bissau.

    Assim, a Guiné-Bissau marca presença pela primeira vez no Campeonato Africano das Nações (CAN), que realiza-se no Gabão.

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  3. O apuramento da Guiné-Bissau para a Taça das Nações Africanas (CAN) em 2017 em futebol "é como se fosse uma nova independência nacional", disse hoje à Lusa, Romão dos Santos, selecionador adjunto da Guiné-Bissau

    "Este feito é como se fosse uma nova independência nacional. Esta alegria irá durar no tempo. Hoje, é o melhor dia nos últimos 30 anos da Guiné-Bissau", referiu, depois de a seleção dos 'djurtus' garantir pela primeira vez o acesso à fase final da CAN.

    Para o técnico, "todos os guineenses estão de parabéns", numa altura em que o país volta a atravessar momentos de tensão, fruto de uma crise política prolongada.

    "Agora, que deixem os que percebem de futebol tomar conta do futebol, para que possamos ir com dignidade para a CAN, no Gabão", referiu, numa alusão às necessidades organizativas de base do país.

    Para exemplificar, Romão dos Santos deixou uma pergunta no ar: "Acha normal que a equipa técnica nem consiga ir ver os jogadores a Portugal (onde a maioria do plantel da seleção joga)".

    "Precisamos de muita organização na Federação e muito investimento do Governo. A CAN não é brincadeira, é a prova mais importante do futebol em África e vamos lá representar a nossa bandeira", concluiu.

    A Guiné-Bissau garantiu hoje um lugar na edição 2017 na Taça das Nações Africanas (CAN) em futebol, face ao desaire do Congo no Quénia, por 2-1, em encontro da quinta e penúltima jornada do Grupo E.

    A derrota foi festejada de forma espontânea nas ruas de Bissau com diversas pessoas reunidas em grupos com bandeiras do país e a entoar cânticos de apoio à seleção.

    A uma jornada do final, a formação guineense soma 10 pontos, contra seis de Congo e da Zâmbia e quatro do Quénia, que hoje conseguiu o primeiro triunfo.

    Na fase final do CAN2017, que se realiza de 21 de janeiro a 12 de fevereiro, no Gana, a Guiné-Bissau junta-se ao país anfitrião, à Argélia, aos Camarões, ao Egito, a Marrocos e ao Senegal.

    No sábado, a Guiné-Bissau recebeu e bateu a Zâmbia por 3-2, com golos de José Luís Lopes, aos 14 minutos, de grande penalidade, Frederic Mendes, aos 35, e Toni Brito, já nos descontos, aos 90+3.

    Pelos zambianos, marcaram Kalaba, aos 26 minutos, e Katongo, aos 51.

    A única prova internacional em que a Guiné-Bissau já chegou à fase final foi a Taça Amílcar Cabral, um troféu de futebol sub-regional (participam alguns países da África Ocidental): em 1983 a seleção guineense foi derrotada na final pelo Senegal.

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  4. Por Umaro Djau | Editor, GBissau

    A Guiné-Bissau vive, de facto, um momento de grande orgulho nacional, apesar de graves problemas políticos e sociais que têm assolado o país desde os primórdios da sua independência nacional.

    As vitórias consecutivas dos “Djurtus” nos últimos três jogos (contra todas as previsões e expectativas) representam o epíteto do profissionalismo, de amor à pátria e de incontestável dedicação ao povo da Guiné-Bissau.

    Celebração do apuramento da Guiné-Bissau para o torneio CAN 2017
    Celebração do apuramento da Guiné-Bissau para o torneio CAN 2017 | Foto: Braima Daramé
    Lembro-me pois de tremendos problemas logísticos com que os jogadores nacionais se depararam ao longo dos últimos doze meses. Lembro-me das longas viagens de volta ao mundo antes de chegarem ao destino para depois confrontarem os adversários, cansados e desgastados, mas determinados. E lembro-me dos momentos em que o patriotismo falou mais alto, mesmo quando muitas promessas não foram cumpridas por parte das autoridades nacionais. Mas, estou consciente de não ser capaz de descrever de uma forma cabal e justa todas as dificuldades consentidas durante esta árdua jornada rumo ao Gabão: reconciliar obrigações profissionais com tantas outras, incluindo familiares.

    Também não podemos ignorar o facto de muitos jogadores terem riscado as suas carreiras internacionais, juntando-se à selecção nacional da Guiné-Bissau em vários torneios internacionais e outras ocasiões. Lembro-me, por exemplo, de Banjai Indjai, o actual jogador do Leixões Sport Club que quase perdeu tudo durante a sua prestação com os “Djurtus” na partida contra a República Centro Africana em Maio de 2014. Como Banjai, há muitos outros jogadores que quase perderam tudo quando se juntaram à turma nacional (no decorrer da nossa história futebolística) para elevar o nosso futebol e dignificar a nação guineense. Mas, na verdade, é este o custo do patriotismo e da cidadania. Seria injusto se não nos lembrássemos de tantos filhos da Guiné-Bissau que têm arriscado as suas vidas e carreiras em diferentes áreas de intervenção, para não falar doutros filhos da Guiné e de Cabo Verde que arriscaram e deram as suas vidas para que os dois países se tornassem em nações livres e independentes.

    Celebração do apuramento da Guiné-Bissau para o torneio CAN 2017 - PR José Mário Vaz
    Celebração do apuramento da Guiné-Bissau para o torneio CAN 2017 – PR José Mário Vaz | Foto: Braima Daramé
    No entanto, hoje, o mais importante é perspectivarmos o significado deste apuramento da selecção nacional de futebol da Guiné-Bissau para a 31.ª edição do CAN 2017, apesar de todas as adversidades financeiras, técnicas, administrativas e logísticas. Assim, podemos facilmente concluir que só com dedicação e um trabalho sério e árduo podemos produzir resultados aceitáveis e desejáveis. À Guiné-Bissau nunca faltou jogadores com grandes talentos e dedicação à pátria, mas talvez nos tivesse faltado um pouco de sorte e uma total confiança nos “valores” nacionais, ou seja, nos nossos próprios recursos humanos.

    Só rezo para que Deus esteja connosco durante a próxima fase deste grande desafio futebolístico nacional. Se hoje os “Djurtus” constituem um grande motivo da nossa alegria e do nosso orgulho nacional, também rezo para que sejam uma inspiração para toda a nação guineense e, sobretudo, para a classe política nacional. Independentemente das convicções políticas e partidárias de cada cidadão nacional, a Guiné-Bissau será sempre mais forte quando somos (ou formos) capazes de trabalhar juntos para um objectivo comum, seja ele o CAN 2017 ou um outro maior que vise o desenvolvimento cultural, desportivo, social ou económico do país.

    Seja como for, creio que ainda é possível construirmos uma Guiné-Bissau digna, orgulhosa e respeitada se aceitarmos trabalhar como uma verdadeira equipa nacional à imagem dos “Djurtus”.

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