O Primeiro-ministro da Guiné-Bissau,
Domingos Simões Pereira, afirmou esta quarta-feira, 17 de junho, que “não vamos
conseguir vencer a corrida da evolução se não vencermos a corrida da
informação, porque quem chegar primeiro em termos de informação vai chegar
primeiro no desenvolvimento”.
Domingos Simões Pereira disse que
estava-se a inaugurar uma agência sectorial, mas a questão mantinha-se viva de
que é “importante ajudarmo-nos a responder a esta questão de cada dia que é:
como é que esta instância pode contribuir para que os outros sectores que ainda
não têm regulação disponham dessa capacidade”.
Assegurou que não se pode continuar a ter
utilitários cuja prestação de serviços dependa exclusivamente de quem está
gerir o sector. Todavia, lembrou que em alguns casos têm contratos de concepção
transformados em normativos sectorias para poder regular o próprio sector.
“Essa situação é inaceitável. Não deveria
acontecer neste ano de 2015. Por isso é que digo que estamos na era de
desenvolvimento. Defendi sempre que não vamos conseguir vencer a corrida da
evolução, se não vencermos a corrida da informação, porque quem chegar primeiro
em termos de informação vai chegar primeiro no desenvolvimento e não vamos
conseguir”, afirmou o chefe do Governo.
Simões Pereira disse que se as tecnologias
de telecomunicações foram um tabú neste período de formação e de afirmação é
também responsabilidade do governo, por inerência desta afirmação e
responsabilidade de ARN, acompanhá-las na resposta que têm dado à esta
situação.
“Não podia haver espaço mais adequado para
reiterar aquilo que foi dito nos períodos da campanha eleitoral, em como dentro
de três anos a entidade reguladora e a Secretaria de Estado de Transporte e
Telecomunicações criassem condições para que todos os jovens na idade de
escolaridade terem acesso a uma unidade de tecnologias de informação e
telecomunicações”, disse.
O Secretário de Estado de Transporte e
Telecomunicações, João Bernardo Vieira, disse por sua vez que acredita que a
sede ora inaugurada constitui um exemplo para as empresas de telecomunicações.
Acrescentou ainda que deve haver coragem
de solicitar aos operadores de telecomunicações que construam as suas sedes
aqui no país, dentro de um prazo determinado, porque a ARN dispõe de
equipamentos adequados de gestão e fiscalização dos aspectos radio-eléctricos.
“Falta, no entanto a aquisição de
equipamentos e organização do sistema de controlo do tráfico telefónico. Por isso aproveito para dizer à ARN que crie
todas as condições necessárias para que o controlo do tráfico seja realidade o
mais rápido possível, até ao início do terceiro trimestre deste ano”, assegurou
o responsável do pelouro das telecomunicações.
Para o Secretário de Estado, é preciso
saber a produção das empresas de telecomunicações e isso é obrigação que a
entidade reguladora deve assumir.
O presidente da Autoridade Reguladora
Nacional (ARN), Gibril Mané, assegurou que a inauguração da sede nacional da
instituição que dirige é a abertura de um novo caminho neste momento que
considera de especial, porque “apela-nos para as grandes realizações em
situações de desafios e a não ficarmos de braços cruzados em diversas
circunstâncias”.
Afirmou que a construção da sede nacional
da sua instituição é o resultado de uma gestão criteriosa da coisa pública,
como também uma vontade inequívoca em deixar um marco para as futuras gerações.
Acrescentou que é um investimento sério nas infraestruturas que possam dar uma
imagem diferente à cidade de Bissau, contribuindo assim para a sua
modernização.
//Odemocrata
Umaro Djau II VERDADE...
ResponderEliminarMas tem que ser uma informação saudável, isenta, construtiva e educativa.
Infelizmente, o poder político guineense continua apostar na criação e sustentação de blogues e órgãos que, em vez de servirem a nação, servem essencialmente às pessoas individuais e aos grupos de interesses alheios às aspirações do povo, sobretudo no tocante à transparência do discurso público. Aí está precisamente o nosso grande perigo... Como se os exemplos do "envenamento" da informação como se viu no Ruanda e noutras partes do mundo não bastassem!
Como órgãos públicos e estatais, o Estado da Guiné-Bissau tem a RDN, a RTGB, a ANG, e o Nô Pintcha à sua disposição. Mas, onde se encontram situados esses órgãos, no âmbito dessa "batalha" informativa que o primeiro-ministro preconiza?
Reparem só: no regime único fazia-se o uso quase exclusivo dos órgãos de informação estatais em prol de uma doutrina partidária, política ou governativa... Mas, em abono de verdade, mesmo que unilateral ou duvidosa, era uma informação cuja origem era devidamente identificada.
Hoje em dia, todas as doutrinas foram arquivadas e os embates políticos fazem-se através dos "blogues", uma espécie de ringue onde não há carácter, cortesia, civilidade e muito menos a piedade. O pior de tudo é o envolvimento directo dos dirigentes políticos, partidários e governativos na promoção dessa "cultura" de violência verbal.
Nesse aspecto da comunicação social guineense, confesso que o país parece ter regredido substancialmente. A Guiné-Bissau precisa de políticos predispostos a praticar uma política limpa e ímpar com o devido respeito aos seus adversários políticos.
Mas, para que isto aconteça, eles (os políticos, os governantes, os empresários e demais guineenses) devem assumir uma atitude pública de confrontação e de debate de ideias.
Assumir uma atitude diferente é estar a enganar o coitado do povo, mais uma vez!
Tchernienko Tchekmath Seidi Aconselhar de forma insistente ou enaltecer uma pessoa nao é nada facil! é dar-lhes o direito merecido mas na Guiné.... isso nunca vi.
ResponderEliminar