quarta-feira, 17 de junho de 2015

O Primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, afirmou, que “não vamos conseguir vencer a corrida da evolução se não vencermos a corrida da informação

O Primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, afirmou esta quarta-feira, 17 de junho, que “não vamos conseguir vencer a corrida da evolução se não vencermos a corrida da informação, porque quem chegar primeiro em termos de informação vai chegar primeiro no desenvolvimento”.

O Chefe do Governo falava ao jornal O Democrata durante a cerimónia da inauguração da sede nacional da Autoridade Reguladora Nacional (ARN) que se situa no bairro de Enterramento. A cerimónia contou com a presença de vários membros do governo e representantes das organizações internacionais.

Domingos Simões Pereira disse que estava-se a inaugurar uma agência sectorial, mas a questão mantinha-se viva de que é “importante ajudarmo-nos a responder a esta questão de cada dia que é: como é que esta instância pode contribuir para que os outros sectores que ainda não têm regulação disponham dessa capacidade”.

Assegurou que não se pode continuar a ter utilitários cuja prestação de serviços dependa exclusivamente de quem está gerir o sector. Todavia, lembrou que em alguns casos têm contratos de concepção transformados em normativos sectorias para poder regular o próprio sector.

“Essa situação é inaceitável. Não deveria acontecer neste ano de 2015. Por isso é que digo que estamos na era de desenvolvimento. Defendi sempre que não vamos conseguir vencer a corrida da evolução, se não vencermos a corrida da informação, porque quem chegar primeiro em termos de informação vai chegar primeiro no desenvolvimento e não vamos conseguir”, afirmou o chefe do Governo.

Simões Pereira disse que se as tecnologias de telecomunicações foram um tabú neste período de formação e de afirmação é também responsabilidade do governo, por inerência desta afirmação e responsabilidade de ARN, acompanhá-las na resposta que têm dado à esta situação.

“Não podia haver espaço mais adequado para reiterar aquilo que foi dito nos períodos da campanha eleitoral, em como dentro de três anos a entidade reguladora e a Secretaria de Estado de Transporte e Telecomunicações criassem condições para que todos os jovens na idade de escolaridade terem acesso a uma unidade de tecnologias de informação e telecomunicações”, disse.

O Secretário de Estado de Transporte e Telecomunicações, João Bernardo Vieira, disse por sua vez que acredita que a sede ora inaugurada constitui um exemplo para as empresas de telecomunicações.

Acrescentou ainda que deve haver coragem de solicitar aos operadores de telecomunicações que construam as suas sedes aqui no país, dentro de um prazo determinado, porque a ARN dispõe de equipamentos adequados de gestão e fiscalização dos aspectos radio-eléctricos.

“Falta, no entanto a aquisição de equipamentos e organização do sistema de controlo do tráfico telefónico.  Por isso aproveito para dizer à ARN que crie todas as condições necessárias para que o controlo do tráfico seja realidade o mais rápido possível, até ao início do terceiro trimestre deste ano”, assegurou o responsável do pelouro das telecomunicações.

Para o Secretário de Estado, é preciso saber a produção das empresas de telecomunicações e isso é obrigação que a entidade reguladora deve assumir.

O presidente da Autoridade Reguladora Nacional (ARN), Gibril Mané, assegurou que a inauguração da sede nacional da instituição que dirige é a abertura de um novo caminho neste momento que considera de especial, porque “apela-nos para as grandes realizações em situações de desafios e a não ficarmos de braços cruzados em diversas circunstâncias”.

Afirmou que a construção da sede nacional da sua instituição é o resultado de uma gestão criteriosa da coisa pública, como também uma vontade inequívoca em deixar um marco para as futuras gerações. Acrescentou que é um investimento sério nas infraestruturas que possam dar uma imagem diferente à cidade de Bissau, contribuindo assim para a sua modernização.

//Odemocrata

2 comentários :

  1. Umaro Djau II VERDADE...
    Mas tem que ser uma informação saudável, isenta, construtiva e educativa.
    Infelizmente, o poder político guineense continua apostar na criação e sustentação de blogues e órgãos que, em vez de servirem a nação, servem essencialmente às pessoas individuais e aos grupos de interesses alheios às aspirações do povo, sobretudo no tocante à transparência do discurso público. Aí está precisamente o nosso grande perigo... Como se os exemplos do "envenamento" da informação como se viu no Ruanda e noutras partes do mundo não bastassem!
    Como órgãos públicos e estatais, o Estado da Guiné-Bissau tem a RDN, a RTGB, a ANG, e o Nô Pintcha à sua disposição. Mas, onde se encontram situados esses órgãos, no âmbito dessa "batalha" informativa que o primeiro-ministro preconiza?
    Reparem só: no regime único fazia-se o uso quase exclusivo dos órgãos de informação estatais em prol de uma doutrina partidária, política ou governativa... Mas, em abono de verdade, mesmo que unilateral ou duvidosa, era uma informação cuja origem era devidamente identificada.
    Hoje em dia, todas as doutrinas foram arquivadas e os embates políticos fazem-se através dos "blogues", uma espécie de ringue onde não há carácter, cortesia, civilidade e muito menos a piedade. O pior de tudo é o envolvimento directo dos dirigentes políticos, partidários e governativos na promoção dessa "cultura" de violência verbal.
    Nesse aspecto da comunicação social guineense, confesso que o país parece ter regredido substancialmente. A Guiné-Bissau precisa de políticos predispostos a praticar uma política limpa e ímpar com o devido respeito aos seus adversários políticos.
    Mas, para que isto aconteça, eles (os políticos, os governantes, os empresários e demais guineenses) devem assumir uma atitude pública de confrontação e de debate de ideias.
    Assumir uma atitude diferente é estar a enganar o coitado do povo, mais uma vez!

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  2. Tchernienko Tchekmath Seidi Aconselhar de forma insistente ou enaltecer uma pessoa nao é nada facil! é dar-lhes o direito merecido mas na Guiné.... isso nunca vi.

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COMENTÁRIOS
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