quinta-feira, 24 de novembro de 2016

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Umaro Sissoko Embalo, proíbe reza na mesquita do Hospital Nacional Simão Mendes

O novo primeiro-ministro, Umaro Sissoko Embalo proibiu hoje a reza na Mesquita do Hospital Nacional Simão Mendes, alegando não ser o lugar para a prática de culto que os féis muçulmanos têm vindo a fazer neste estabelecimento sanitário do país.

A decisão foi tornada pública no final da visita que o chefe do executivo efectuou àquele que é considerado o maior centro hospitalar do país.

Em declarações à imprensa, em nome do primeiro-ministro, o secretário-geral do Governo disse que será realizado amanhã sexta-feira uma limpeza geral no Hospital Nacional Simão Mendes com a participação da Câmara Municipal de Bissau, agentes do Ministério do Interior e da Defesa para garantir um bom ambiente aos doentes.

Olívio Pereira revelou ainda que o chefe do governo prometeu colocar a partir de amanhã dois frigoríficos para a conservação de produtos, 30 caixa de peixe e 75 quilogramas de arroz diários para a refeição dos doentes internados no referido estabelecimento sanitário, incluindo os funcionários.

Segundo o secretário-geral do Governo, o novo Primeiro-ministro prometeu disponibilizar um valor correspondente a 83 mil Euros para que Centro de Hemodiálise possa funcionar.

O referido centro já com instalações e equipamentos não tem entrado em funcionamento, e o país não dispõe de nenhum serviço de género.

Pereira disse que o novo Primeiro-ministro deixou também a promessa de equipar as salas dos médicos e enfermeiros com aparelhos de ar condicionado e sofás.

Instado a falar sobre a rotura de medicamentos nos hospitais do país, o Secretário-geral do governo disse que o chefe do executivo pediu aos responsáveis do Ministério da Saúde a apresentação das necessidades para uma satisfação de três meses sem que haja rotura de medicamentos no país.


Olívio Pereira reconheceu que o hospital está numa situação desumana e que deixa qualquer pessoa chocada, mas disse que é preciso o envolvimento de todos os cidadãos para melhorar a situação.

Sindicatos dos professores suspendem a greve

O Sindicato Nacional dos Professores (SINAPROF) e Sindicato Democrático dos Professores (SINDEPROF), suspenderam hoje a greve no ensino público que vinha decorrendo desde 29 de Setembro último, após assinatura segunda-feira de um Memorando de Entendimento com o novo Primeiro-ministro.

Em conferência de imprensa realizada hoje, o Presidente do SINAPROF Malam Li disse que no acordo o novo chefe do governo prometeu concluir os trabalhos da revisão dos Estatutos da Carreira Docente no prazo de 15 dias a contar a partir da data da assinatura do memorando.

O entendimento entre as partes vai possibilitar que, ainda no decurso desta semana, sejam retomadas as aulas nos estabelecimentos de ensino público em todo o país.

Segundo o sindicalista, o novo Primeiro-ministro prometeu disponibilizar meios necessários, incluindo uma ordem de dispensa temporária e verbas para pagamento de incentivo aos membros da Comissão de Revisão e regulamentação do Estatuto de Carreira Docente.

“Após a sua validação, o documento será submetido à aprovação do Conselho de Ministros para permitir a sua inclusão nas despesas do Orçamento Geral de Estado de 2017.

“Igualmente ficou acordado a atribuição e harmonização de letras aos professores oriundos de diferentes centros de formação” afirmou Malam Li.

Disse que acordaram com novo chefe de governo, a conclusão do processo de efectivação, o pagamento dos restantes dois meses aos professores de novos ingressos e contratados de 2016, na modalidade de um mês corrente e um atrasado, até Dezembro deste ano, e três meses aos mesmos do ano lectivo 2012/2013 da mesma forma, até Janeiro do próximo ano, a partir do final do mês em curso.

O sindicalista revelou ainda que o Primeiro-ministro prometeu pagar retroactivos aos professores reclassificados formados nos diferentes centros de formação, no primeiro trimestre de 2017,após aprovação do OGE, e a devolução dos horários aos docentes que aos quais haviam sido retirados injustamente”.Com a Agencia Noticiosa da Guiné-Bissau

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