A comissão preparatória da conferência
nacional “caminhos para paz e o desenvolvimento” realizou no sábado um retiro
em Canchungo com o objectivo de identificar, elaborar, e ajustar as definições
do conceito reconciliação e adaptá-lo de forma a preparar os passos que se
seguirão.
O Padre Domingos da Fonseca presidente
da comissão preparatória da Conferencia Nacional Caminho para a Paz e
Desenvolvimento, disse ao correspondente da rdn que “o encontro visa entre
outros, identificar, elaborar e ajustar as acções já feitas com vista a
elaborar os próximos passos.”
“O objectivo deste retiro é ajudar-nos a
entender, apropriar, assimilar, “mastigar” os trabalhos feitos até aqui. Para
sabermos a partir dali qual deve ser o pontapé de saída para podermos continuar
bem este trabalho”, assegurou o clérigo.
O Eclesiástico garantiu que a comissão
que preside pretende preparar a conferência nacional através de um trabalho de
fundo. Por isso esclarece: “Uma coisa deve ficar clara para toda a gente: esta
comissão foi criada para preparar a conferência nacional sob o lema PAZ PARA O
DESENVOLVIMENTO. Não é comissão da reconciliação. Não é esta comissão que vai
reconciliar os guineenses, não. Vai fazer um trabalho de fundo, tendo em conta
a nossa história. Esse trabalho é que será levado à conferência.”
Conforme o Padre Domingos da Fonseca, na
conferência é que vão sair as recomendações. Também vai ser criado o novo órgão
que “vai reconciliar o coração dos guineenses”.
Vão sair vários aspectos em todas as
instituições, cada qual de acordo com a sua especialidade saberá que trabalho
deve assumir para poder, de facto, ajudar os guineenses a reconciliarem-se,
explica Padre Domingos da Fonseca.
Durante os três dias do retiro os
participantes vão debater entre outros temas reconciliação; conferência
nacional; missão e objectivos da comissão preparatória.
Recorde-se que o Padre Domingos da
Fonseca, da Igreja de Buba, sul da Guiné-Bissau, foi investido como presidente
da Comissão Nacional para a Preparação da Conferência de Reconciliação no dia
18 de Maio na Assembleia Nacional Popular.
A comissão integra 32 personalidades
guineenses, de diversas origens - membros de organizações da sociedade civil,
juristas, académicos, militares, dirigentes políticos e religiosos – tem como
objectivo principal a promoção da paz que deve desembocar na reconciliação dos
guineenses.
Cipriano Cassamá, presidente da
Assembleia Nacional Popular, congratulou-se com a escolha do sacerdote para
liderar a comissão e apelou aos guineenses para que enfrentem «os factos do
passado para perspectivar o futuro do país». Com RDN
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