terça-feira, 7 de julho de 2015

O Primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, afirmou que acredita que “é com o desenvolvimento do sector privado que o país vai vencer os desafios da produção de riquezas, do emprego e do crescimento da economia nacional”.

O Primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira afirmou esta segunda-feira, 6 de Julho, que acredita que “é com o desenvolvimento do sector privado que o país vai vencer os desafios da produção de riquezas, do emprego e do crescimento da economia nacional”. O Chefe do executivo guineense falava á imprensa durante a cerimónia de abertura do seminário económico realizado pela Agência Para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), que decorreu numa das unidades hoteleiras da cidade de Bissau.

Domingos Simões Pereira explicou ainda na sua comunicação que o referido seminário que conta com o apoio dos Chefes do Governo da Guiné-Bissau e de Portugal, representa um momento ímpar do reforço das relações de cooperação e de amizade entre os dois países.

“Abertura da ligação com AICEP na Guiné-Bissau confirma que estamos perante um importante momento catalisador de mudanças positivas de um relacionamento económico empresarial que poderá contribuir para o reforço da vertente económica no espaço da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa – CPLP, potenciando oportunidade de parceria estratégicas entre actores económicos”, assinalou.

O seminário económico que reuniu empresários guineenses e portugueses, representa para o Chefe de Governo da Guiné-Bissau, uma expressão de confiança da sua nova visão estratégica da transformação do país e da implementação do programa de desenvolvimento através de reformas e investimentos preconizados. Sustentou neste particular a importância de desenvolvimento do sector privado, no qual se prevê a construção de um quadro nacional favorável ao investimento e aos de plataforma económicas integradas, nomeadamente a criação de uma zona multi-sectorial.

O primeiro-ministro falou ainda na sua intervenção da iniciativa do executivo sobre a criação de uma zona turísticas especial nas ilhas de bijagós, que segundo ele, permitirá criar as condições para um desenvolvimento rápido, mas enquadrado na oferta turística dos bijagós em sintonia com a meta dos fazeres até 2020, um destino de referência mundial para o ecoturismo de elevada qualidade. Contou igualmente que o executivo que dirige pretende criar também uma zona económica especial multi-sectorial na cidade de Bissau, que permitirá controlar os números de qualidade das indústrias.

“O modelo de desenvolvimento projectado para a Guiné-Bissau para os próximos anos se apoia fortemente no capital humano e natural do nosso país, de forma a alcançar com apoio dos parceiros um desenvolvimento solido e sustentável com os resultados esperados”, precisou.

Presente na cerimónia o primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho disse na sua intervenção que a Guiné-Bissau tem condições crescentemente favorável para receber novos investimentos e aprofundar o seu relacionamento comercial com o Portugal, pelo que assegurou que os empresários portugueses têm uma grande oportunidade que devem aproveitar a fim de trazer benefícios mútuos para todos os envolvidos.

O Chefe do Governo de Portugal, explicou que a sua visita ao país serve para transmitir um sinal claro de confiança institucional e não só, como também reforçar a percepção positiva que a Guiné-Bissau vem adquirindo por mérito próprio junto dos investidores internacionais, das instituições multilaterais e da comunidade internacional em geral.

Pedro Passos Coelho afirmou que o turismo na Guiné-Bissau constitui um sector de interesse para os parceiros, devido a posição geográfica do país.

“Tenho a certeza que com a abertura da AICEP que agora tem lugar e a realização deste seminário económico pode ser um enquadramento muito promissor. Este acto pode servir de auspicioso para o desenvolvimento das áreas de investimento, sobretudo quando olhamos também para as empresas portuguesas e as suas parcerias que poderão vir desenrolar com os empresários nacionais”, contou o governante português.


Para o presidente da Agência Para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Miguel Frasquilho, o seminário visa reforçar as relações económicas entre os dois países. Contou neste particular que a organização que dirige irá funcionar na embaixada de Portugal na Guiné-Bissau, onde terá uma equipa reforçada.

A notícia foi avançada pelo Odemocta, um dos principal jornal privado da Guiné-Bissau

1 comentário :

  1. A primeira visita oficial de Pedro Passos Coelho à Guiné-Bissau foi escassa em tempo mas rica em significado. O primeiro-ministro esteve menos de 24 horas no país, bem no meio do turbilhão grego, do qual falou ao início da tarde de ontem.

    Na Guiné-Bissau, com a presença dos ministros Rui Machete e Paulo Macedo na comitiva, o foco foi a assinatura do Programa Estratégico de Cooperação. São 40 milhões de euros de apoio português para investir localmente entre 2015 e 2020. A presença dos governantes portuguesas foi vista pelos homólogos guineenses como mais um passo no esforço de credibilização do país, que vive agora um período de estabilidade, com um governo que acaba de cumprir o primeiro ano de mandato, que se seguiu a inúmeros problemas políticos.

    O mesmo salientou Domingos Simões Pereira, o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, que classificou o acordo como "um momento ímpar" nas relações entre os dois países. Na manhã de ontem, ambos os primeiros-ministros marcaram presença num seminário da AICEP dedicado às relações económicas entre os dois países. E a mensagem não podia ser mais clara: o país tem potencial e há vontade dos estrangeiros em investir, mas é preciso ganhar confiança internacional, o que só vem com a estabilidade política.

    "Este acto é a expressão de apoio à nossa visão estratégica", defendeu Simões Pereira, elencando as prioridades do jovem executivo: "A criação de um ambiente de negócios mais positivo e a atracção de investimento privado", com a criação de um quadro de incentivos fiscais, redução dos custos de produção (nomeadamente energia) e a simplificação de processos administrativos para a criação e desenvolvimento de negócios.

    Quanto ao apoio de Portugal, não está ainda calendarizado o investimento, embora Passos Coelho tenha admitido que possa haver "algum maior esforço nos primeiros anos, em áreas nas quais há necessidades mais urgentes". O próprio governo da Guiné-Bissau aprovou e apresentou recentemente o seu programa estratégico para os próximos dez anos, a base para identificar algumas das áreas beneficiárias do apoio e do investimento português.

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