Mário Vaz recebeu das mãos de Ray Mabus
uma espada que simboliza a Marinha Americana.
|
Os Estados Unidos da América admitem
colaborar com a Guiné-Bissau em exercícios militares, anunciou hoje o Secretário da Marinha (SECNAV) Ray Mabus .
"Falámos de programas específicos
em que a Marinha e os fuzileiros podem colaborar com a Guiné-Bissau",
nomeadamente, na realização de exercícios e treinos conjuntos, referiu após
encontros com as autoridades guineenses.
Ray Mabus, o mais alto dirigente da
administração norte-americana a visitar a Guiné-Bissau até hoje, reuniu-se com
a ministra da Defesa, Cadi Seidi, com o primeiro-ministro, Domingos Simões
Pereira, e com o Presidente da República, José Mário Vaz.
A visita inseriu-se num périplo daquele
responsável por países africanos.
Os encontros com as autoridades
guineenses serviram para reforçar "o envolvimento que existe entre os dois
países".
"Dei os parabéns ao Presidente pelo
aniversário da democracia", numa alusão às eleições do último ano que
puseram fim ao regime de transição que sucedeu ao golpe de Estado de 2012.
Ray Mabus destacou também a atual agenda
reformista guineense.
Mário Vaz recebeu das mãos de Ray Mabus uma espada que simboliza a Marinha Americana.
"A democracia, a transparência do
Governo e o controlo civil dos militares permitem este relacionamento"
entre EUA e Guiné-Bissau, concluiu.
O CHEFE DO GOVERNO RECEBE O SECRETARIO DE ESTADO NORTE-AMERICANO
ResponderEliminarHoje, dia 09 de julho, as 10H00 o Primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira recebeu no Palácio do Governo, o Secretário de Estado da Marinha norte-americana, Ray Mabus, que se fez acompanhar por uma delegação de 8 pessoas, incluindo o Embaixador dos Estados Unidos residente em Dakar, James Zumwalt.
O encontro serviu para os dois estadistas debruçarem sobre a normalidade das relações de cooperação, entre a Guiné-Bissau e os Estados Unidos.
À saída Ray Mabus declarou “a minha visita aqui é sinal positivo de maior relacionamento entre os nossos dois países. Também dei os parabéns porque a Guiné-Bissau está celebrando um ano que saiu das eleições democráticas. Falamos sobre as reformas do sector segurança, do modo geral, que o Governo está empreendendo. Das medidas que foram tomadas e também analisamos a nossa cooperação suspensa já algum tempo. Falamos de aspectos específicos sobre a marinha da guerra e do corpo dos fuzileiros. O que é que as nossas forças militares podem fazer para a promover a estabilidade não só na Guiné-Bissau, porque aquilo que acontece na região, acaba tendo repercussões no mundo inteiro.” Concluiu dizendo “Esperamos trabalhar em diferentes áreas, promovendo exercícios militares conjunto, formação e integração dos militares. Como disse foi uma boa reunião e esperamos continuar a trabalhar juntos sobre as questões discutidas.”
Tomaram parte no encontro o Ministro da Administração Interna, a Ministra da Defesa Nacional, os Conselheiros do Gabinete do Primeiro-ministro e o Secretário-Geral.
Os Estados Unidos de América anunciaram em Bissau a retoma da cooperação militar com as forças de Defesa e Segurança nacionais com a vista a fortalecer o estado de direito democrático no país, disse hoje, 9 de Julho, a Ministra da Defesa Nacional, Cadi Seidi.
ResponderEliminarÀ margem de uma visita de apenas um dia do Secretário de Estado da Marinha Norte-Americana, Ray Mabus, Cadi Seide disse que já em agosto próximo, terá lugar em Bissau, uma conferência sobre diálogo civil e militar sob auspícios do governo de Washington.
Após se ter reunido com a primeira alta figura dos Estados Unidos a visitar Bissau, a ministra destacou várias áreas de cooperação em que os americanos vão apoiar na “nova era de relações entre os dois países”.
Segundo a governante, entre as áreas prioritárias, a reforma surge como uma das “questões primordiais para toda a comunidade internacional”.
Em termos dos resultados, Cadi Seide disse que Bissau espera depois de esta visita “tirar frutos” importantes através da aprovação, por parte de Washington, dos projectos ligados à desminagem e recolha de engenhos explosivos e armas ligeiras das mãos dos civis.
Também espera-se que o Governo norte-americano apoie a construção de paióis de armamento, destruídos desde a guerra de 7 de Junho de 1998, de forma a controlar o arsenal militar, acrescentou a governante.
Outra oportunidade sublinhada pela ministra e que se abre com a visita ao país, de Ray Mabus, é de no futuro os quadros militares guineenses poderem ser formados internamente ou nos Estados Unidos da América.
A questão da retoma da escola da língua inglesa da Base Aérea e da Marinha da Guerra Nacional bem como a possibilidade da realização de exercícios conjuntos entre a marinha nacional e a sua congénere de América, estão também na agenda de cooperação entre os dois países.
“Estamos à vontade à disposição do governo americano em continuar a colaborar e a cooperar com a Guiné-Bissau, mas sobretudo em matéria da defesa e segurança. Uma matéria, como todos sabem, difícil para os americanos, mas que agora estão a retomar paulatinamente e acreditamos que algo pode mudar“, notou.
Cadi Seidi disse ainda que o governo de Washington quer ver consolidada a reforma nos sectores da defesa e segurança, “tão reclamada pela comunidade internacional”.
Falando ainda sobre os trabalhos que o país vinha desenvolvendo com os Estados Unidos da América, Cadi Seide lembra que Bissau e Washington têm um trabalho “muito importante” no domínio de luta contra o Ébola e SIDA, em curso desde 2006.
Falando aos jornalistas, Ray Mabus disse que veio a Bissau para estudar as áreas prioritárias em que América possa apoiar no sector da defesa e segurança.
Realçou igualmente que a sua vinda ao país simboliza o reengajamento entre a Guiné-Bissau e os Estados Unidos de América, na medida em que conseguiu abordar com a Ministra da Defesa assuntos da reforma no sector defesa e segurança, a importância do controlo dos civis sobre os militares e a retoma do caminho democrático na Guiné-Bissau.
O Secretário de Estado da Marinha é responsável pela condução dos assuntos do Departamento da Marinha com destaque para o recrutamento, a organização, o equipamento, a formação e a mobilização.
Além disso, supervisiona a construção e reparação de navios de guerra, aeronaves e instalações, formula e implementa políticas e programas coerentes com as políticas de segurança nacional.
O Secretário de Estado da Marinha norte-americano é ainda responsável pelo orçamento anual de 170 biliões de dólares e pela gestão de quase 900 mil pessoas.