Homenagem no dia em que se comemora o
aniversário do militar cujo papel foi determinante para a aviação em Portugal
O aeroporto de Lisboa vai passar a
chamar-se Humberto Delgado no domingo, uma homenagem ao papel do militar na
história da aviação em Portugal, quando se comemora o aniversário do nascimento
do general que ameaçou demitir Salazar.
A cerimónia contará com a presença do
Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do primeiro-ministro, António
Costa, do presidente da câmara municipal de Lisboa, Fernando Medina, além dos
familiares de Humberto Delgado.
Em fevereiro, o ministro do Planeamento
e das Infraestruturas, Pedro Marques, anunciou a decisão do Governo de batizar
o aeroporto de Lisboa com o nome do general, um dos maiores opositores à
ditadura de Salazar, seguindo a proposta da Câmara de Lisboa, aprovada um ano
antes, quando o atual primeiro-ministro, António Costa, liderava a autarquia
Na moção aprovada, por unanimidade, a 11
de fevereiro de 2015, em reunião camarária, António Costa sustentava que
Humberto Delgado "foi uma figura notável do país político do seculo
XX", assim como "um vulto maior da aviação comercial
portuguesa", destacando o facto de ter fundado a TAP.
Humberto Delgado nasceu a 15 de maio de
1906 em Boquilobo, Torres Novas, e foi assassinado a 13 de fevereiro de 1965,
encontrando-se sepultado no Panteão Nacional.
O militar estudou aeronáutica, foi adido
militar de Portugal, em Washington, além de membro do comité dos representantes
da Associação do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês).
Em 1958, Humberto Delgado aceitou o
convite da oposição para ser candidato presidencial - contra Américo Tomás -,
desafiando o regime, e recebeu manifestações de apoio um pouco por todo o país,
que eram seguidas de perto e reprimidas pela Polícia Internacional e de Defesa
do Estado (PIDE).
Questionado sobre o que faria com
Salazar se ganhasse as eleições, respondeu 'obviamente, demito-o', uma vez que
o Presidente da República nomeava e podia demitir o chefe de Governo.
Mesmo com fraude eleitoral, Humberto
Delgado obteve 23,5% dos votos e passou a ser uma das figuras mais temidas do
regime.
A 13 de fevereiro de 1965, o general e a
sua secretária Arajaryr Campos foram assassinados perto de Badajoz, por uma
brigada da PIDE, que o atraiu a este local convencendo-o de que se ia encontrar
com militares oposicionistas.
Homenagem no dia em que se comemora o
aniversário do militar cujo papel foi determinante para a aviação em Portugal
O aeroporto de Lisboa vai passar a
chamar-se Humberto Delgado no domingo, uma homenagem ao papel do militar na
história da aviação em Portugal, quando se comemora o aniversário do nascimento
do general que ameaçou demitir Salazar.
A cerimónia contará com a presença do
Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do primeiro-ministro, António
Costa, do presidente da câmara municipal de Lisboa, Fernando Medina, além dos
familiares de Humberto Delgado.
Em fevereiro, o ministro do Planeamento
e das Infraestruturas, Pedro Marques, anunciou a decisão do Governo de batizar
o aeroporto de Lisboa com o nome do general, um dos maiores opositores à
ditadura de Salazar, seguindo a proposta da Câmara de Lisboa, aprovada um ano
antes, quando o atual primeiro-ministro, António Costa, liderava a autarquia
Na moção aprovada, por unanimidade, a 11
de fevereiro de 2015, em reunião camarária, António Costa sustentava que
Humberto Delgado "foi uma figura notável do país político do seculo
XX", assim como "um vulto maior da aviação comercial
portuguesa", destacando o facto de ter fundado a TAP.
Humberto Delgado nasceu a 15 de maio de
1906 em Boquilobo, Torres Novas, e foi assassinado a 13 de fevereiro de 1965,
encontrando-se sepultado no Panteão Nacional.
O militar estudou aeronáutica, foi adido
militar de Portugal, em Washington, além de membro do comité dos representantes
da Associação do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês).
Em 1958, Humberto Delgado aceitou o
convite da oposição para ser candidato presidencial - contra Américo Tomás -,
desafiando o regime, e recebeu manifestações de apoio um pouco por todo o país,
que eram seguidas de perto e reprimidas pela Polícia Internacional e de Defesa
do Estado (PIDE).
Questionado sobre o que faria com
Salazar se ganhasse as eleições, respondeu 'obviamente, demito-o', uma vez que
o Presidente da República nomeava e podia demitir o chefe de Governo.
Mesmo com fraude eleitoral, Humberto
Delgado obteve 23,5% dos votos e passou a ser uma das figuras mais temidas do
regime.
A 13 de fevereiro de 1965, o general e a
sua secretária Arajaryr Campos foram assassinados perto de Badajoz, por uma
brigada da PIDE, que o atraiu a este local convencendo-o de que se ia encontrar
com militares oposicionistas.
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