Porta-voz do Partido da Renovação Social exige que PAIGC cumpra a lei e
critica campanha de insultos contra dirigentes do PRS.
O Partido da Renovação Social (PRS), o
segundo mais votado nas eleições de 2014 na Guiné-Bissau, não deverá sentar-se
tão cedo à mesa com o PAIGC para negociar um eventual Governo.
Os renovadores não gostaram da forma
como a direcção do PAIGC vem tratando o partido e os seus dirigentes junto da
opinião pública e exigem que o partido liderado por Domingos Simões Pereira
respeite a lei.
A reacção do PRS surge a um comunicado
do PAIGC que acusa o PRS de não ter comparecido a um encontro nesta
terça-feira, 17, em que o partido da Independência pretendia apresentar o Pacto
de Entendimento, tal como fez com os demais partidos.
“O PAICG teve 48 horas para reagir à
demissão do Governo, mas convidou o PRS de domingo para segunda-feira para um
encontro, sem que tivéssemos tempo de reunir os nossos órgãos, como se impõe
num partido democrático”, conta Victor Pereira, porta-voz daquele partido, em
declarações à VOA.
Além disso, continua Pereira, “a carta
dirigida ao nosso presidente foi assinada pelo secretário nacional do PAIGC, o
que é uma falta de respeito”, por parte de um partido que “tem de cumprir a lei
e deixar a arrogância”
O porta-voz do PRS considera como
condição sine qua non para qualquer encontro entre as duas principais forças
políticas “o cumprimento da lei pelo PAIGC, nomeadamente o acórdão 3/2016, do
Supremo Tribunal de Justiça, que determinou que a mesa da Assembleia Nacional
Popular não tem competências para expulsar deputados”.
Victor Pereira, entretanto, não entende
como pode o PRS aceitar as propostas do PAIGC, “um partido que coloca tudo na
rua, oferecendo oito ministérios, para depois vir negociar”.
“Desde que começou esta crise o PAIGC
tem feito uma estratégia de comunicação, caracterizada por ataques e insultos
aos nossos dirigentes, e claramente não precisa do nosso apoio para nada”,
explica o porta-voz do PRS que concluiu “não conseguir vislumbrar” qualquer
acordo por agora.
O Presidente da República recebe amanhã
os partidos políticos antes de indicar um novo primeiro-ministro. Com Voz da América
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