
Discursando num comício popular na Praça
dos Heróis Nacionais, em Bissau, Simões Pereira fez várias acusações ao Chefe
de Estado guineense, entre as quais o envolvimento na venda de areia pesada de
Varela, no negócio de compra de barcos de pesca de “grande porte”.
“Nós
descobrimos que o Presidente da República, José Mário Vaz exportou 14
contentores da areia pesada para fora da Guiné-Bissau. Não sabíamos que o
bauxite estava a ser explorado, então fomos tentar ver o que está ali e
descobrimos que o Presidente recebeu 13 milhões de dólares na nossa conta”,
afirmou o presidente do partido libertador.
Simões Pereira contou ainda que foi
informado por embaixador de um país estrangeiro que o Presidente da República
José Mário Vaz é a única pessoa que mandou trazer o barco que pratica a pesca
com redes proibidas no mar nacional.
No comício político em que participaram
vários dirigentes do PAIGC e representantes de outras formações políticas, o
ex-Primeiro-Ministro afirmou que a chefia do governo cabe ao seu partido
enquanto vencedor das últimas eleições legislativas.
Sobre o impasse político, consequência
da demissão do governo a 12 de corrente mês, Simões Pereira informou que o
PAIGC fora solicitado a apresentar proposta de solução governativa e conseguiu
“submetê-la a tempo” ao Presidente da República.
Entretanto, perante o público Domingos
Simões Pereira disse ter sido informado que o Chefe de Estado terá já convidado
uma outra formação política para apresentar o nome do novo Primeiro-Ministro,
uma alusão à segunda força política do país, o Partido da Renovação Social
(PRS).
Sustentou que a ideia de convidar o seu
partido para apresentar a proposta era simplesmente uma forma de “enganar a
opinião pública”.
“Não é apenas o crime de retirar o
mandato que pertence ao PAIGC para entregar a uma outra formação política e
grupo de dissidentes que o Presidente José Mário Vaz cometeu. Ele (JOMAV) tem a
capacidade de juntar crimes contra os inocentes”, acusou. Com Odemocrata
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