O mediador da Comunidade Económica dos
Estados da África Ocidental (CEDEAO) na crise guineense, Olesegun Obasanjo
pediu esta tarde, 02 de maio, uma solução política para o impasse político
parlamentar, para evitar violência e eventualmente uma intervenção militar no
país. Obasanjo chegou no início desta manhã a Bissau e manteve encontros com
diferentes actores políticos nacionais.
Olesegun Obasanjo reuniu-se
sucessivamente com o Chefe de Estado da Guiné- Bissau, José Mário Vaz, a direcção
do PAIGC, o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, o Grupo de 15 deputados
expulsos do PAIGC, o chefe do governo Carlos Correia, o líder do parlamento e a
direcção do PRS.
Depois de despedir-se do presidente
Guineense no aeroporto internacional de Bissau, Olesegun Obasanjo lembrou, na
sua curta declaração à imprensa, que da última vez que esteve no país a
situação do grupo dos 15 deputados estava no tribunal e se aguardava o
pronunciamento daquela instância judicial.
“Agora o tribunal já decidiu sobre o
assunto, mas parece ainda que não encontramos a solução final. Mas nós temos
que encontrar uma solução final. O que descubri é que há muita boa vontade de
todas as partes para que haja um diálogo político, de formas a encontrar
soluções políticas. Eu faço um apelo aos líderes políticos deste país a
encontrarem soluções políticas, que estejam longe da violência e intervenção
militar”, assegurou o presidente Obasanjo.
Recorde-se que esta é a quarta vez que o
mediador da CEDEAO, Olesegun Obasanjo vem a Bissau para estabelecer contactos
com as autoridades e os políticos no sentido de pedir uma solução política à
crise, que tem assolado o país desde a demissão do executivo de Domingos Simões
Pereira, em Agosto de 2015. Com Odemocrata
Ex-Presidente da Nigéria pede solução política para a crise na Guiné-Bissau
ResponderEliminarO antigo Presidente da Nigéria, Olesegun Obasanjo, esteve hoje em Bissau durante cerca de seis horas para se reunir com os líderes guineenses aos quais pediu para que encontrem soluções políticas para a crise no país.
"Faço um apelo aos líderes políticos deste país de que devem encontrar uma solução política que esteja longe da intervenção dos militares e violência", observou Obasanjo, que se reuniu com o Presidente guineense, José Mário Vaz, e com membros do Parlamento, do Supremo Tribunal de Justiça e dos dois principais partidos do país.
O enviado do atual Presidente da Nigéria e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) levou a Bissau a ideia de que é necessário um compromisso entre líderes guineenses para se sair da crise.
Segundo referiu, tal deverá passar por um pacto de estabilidade.
Florentino Pereira, secretário-geral do Partido da Renovação Social (PRS), líder da oposição parlamentar, disse que o seu partido sempre defendeu a ideia de um pacto de estabilidade para a Guiné-Bissau, mas observou que nunca foi aceite "pelos outros".
"Agora não nos venham com ideia de um pacto de regime apenas porque se está em posição de fragilidade", defendeu o responsável do PRS, referindo-se ao Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), no poder.
O ex-presidente da Nigéria afirmou que não encontrou mudanças no cenário político guineense desde a sua missão de bons ofícios em fevereiro.
Lembrou que na altura os guineenses aguardavam pela decisão do Supremo Tribunal de Justiça quanto à sorte de 15 deputados que tinham sido expulsos do Parlamento.
Mas, disse, mesmo com o veredicto do tribunal, que ordenou a reintegração dos 15 parlamentares, a crise não acabou, notou Obasanjo, que agora apela para um compromisso político.