(dos 71 presentes, 68 votaram SIM, zero
NÃO e duas ABSTENÇÕES)
O Bureau Político (BP) do PAIGC
reuniu-se, no Salão Nobre “Amílcar Cabral” da Sede Nacional do Partido, no dia
13 de Maio de 2016, na sua IX sessão extraordinária, presidida pelo Camarada
Domingos Simões Pereira, Presidente do Partido, tendo aprovado por unanimidade
uma agenda de trabalhos onde constava um único ponto;
1. Análise e discussão de uma solução
governativa que garanta a estabilidade até ao fim da presente legislatura;
O início dos trabalhos foi marcado com
uma intervenção do Presidente do PAIGC que explicou em linhas gerais os
cenários e opções para a saída da crise politica e institucional na
Guiné-Bissau, com a apresentação de alguns pressupostos e cenários retidos pela
Comissão Permanente do Bureau Político que antecedeu a reunião do Bureau Político.
Após uma aturada discussão à volta dos
cenários e opções para a saída da crise politica e institucional na
Guiné-Bissau, a IX Reunião Extraordinária do Bureau Político delibera:
• Dar anuência ao pedido da Comissão
Permanente no sentido de desencadear o processo de diálogo com os demais órgãos
da soberania, partidos políticos e entidades da sociedade civil com vista ao
estabelecimento de um “Acordo Político de Incidência Parlamentar” para a
estabilidade governativa assim como de um “Pacto de Estabilidade Politica” para
o período de vigência da governação;
• Mandatar o Presidium do partido,
assistido pela Comissão Permanente do Bureau Politico, a assumir as negociações
e a estabelecer os compromissos que garantam manter as conquistas do nosso
Partido como partido vencedor das eleições legislativas e detentor da maioria
absoluta no parlamento;
O Bureau Político delibera ainda:
• Aprovar uma Moção de Reconhecimento,
Louvor e Solidariedade para com o camarada Carlos Correia, 1º Vice-Presidente
do PAIGC, pela excelência da sua valiosa e corajosa prestação como Chefe de
Governo e pelas suas elevadas capacidades de ética e moral de que deu provas ao
longo da sua vida de cidadão exemplar e de histórico Combatente da Liberdade da
Pátria;
• Solidarizar-se com o II Governo
Constitucional formado pelo PAIGC e assumir plenamente os Comunicados aprovados
pelos Conselhos de Ministros realizados nos dias 11 e 13 de maio de 2016;
• Condenar sem reservas os atos de
ameaça e perseguição dos membros do governo em gestão e exortá-los assim como a
todo o elenco governamental a usar os instrumentos legais de que dispõem para
assegurar o respeito pela continuidade do Estado e a garantia da transição
Administrativa da governação em absoluta tranquilidade e normalidade;
• Da mesma forma, exortar o Governo a
identificar todos os atos atentatórios da normalidade politica e social e
responsabilizar os seus atores até apuramento das últimas consequências;
• Manifestar a sua solidariedade
indefetível e sem reservas para com a Mesa da Assembleia Nacional Popular, com
particular incidência nas prestações do Presidente, Camarada Eng. Cipriano
Cassamá e Vice-Presidente, camarada Inácio Correia “Tchim” e encorajá-los a
manterem-se nesta linha da defesa intransigente dos valores democráticos e do
Estado de Direito, na estrita observância dos ditames constitucionais;
O Bureau Politico do PAIGC congratula-se
com o reconhecimento publico e inequívoco das responsabilidades que o incumbem,
enquanto partido vencedor das últimas eleições legislativas, com maioria
absoluta na ANP mas apela a todas as suas estruturas a se manterem mobilizadas
e prontas a promoverem a defesa das suas conquistas, por meios democráticos mas
de forma resoluta e determinada.
O Bureau Politico do PAIGC agradece a
atenção com que a Comunidade Internacional, especialmente a configuração P5 das
Nações Unidas, tem acompanhado a situação política vigente e espera continuar a
merecer toda a sua contínua atenção.
O Bureau Político espera poder continuar
a registar o posicionamento das Forças Armadas em manterem-se como forças
armadas republicanas e em pleno respeito pela Constituição da República.
O Bureau Político do PAIGC assegura ao
povo guineense o seu compromisso inequívoco com o respeito e promoção dos
valores e princípios do Estado de Direito Democrático e garante tudo fazer para
a reposição próxima da normalidade politica e social e o cumprimento integral
do seu programa de governação.
Feito em Bissau, aos 13 dias do mês de
Maio de 2016.
O Bureau Político
Partido maioritário na Guiné-Bissau acusa líder da CPLP de desrespeitar o país
ResponderEliminarO PAIGC, partido maioritário na Guiné-Bissau, acusou hoje o secretário-executivo da CPLP, Murade Murargy, de desrespeitar o país e de contrariar valores democráticos e constitucionais, depois de o líder da organização ter comentado a crise política guineense.
O Presidente da República da Guiné-Bissau demitiu na quinta-feira o Governo do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), o que aconteceu pela segunda vez desde as eleições de 2014.
Murargy admitiu na sexta-feira que Bissau possa ter um novo executivo sem o PAIGC, se tal trouxer estabilidade, até porque a organização não tem dinheiro para patrocinar novas eleições.
Em resposta, o partido emitiu um comunicado na última noite em que acusa o secretário-executivo de "perder de vista a construção democrática", como "pressuposto fundamental para a paz e a estabilidade".
O PAIGC refere que os valores democráticos "não têm preço e se têm só o povo guineense pode fixar os respetivos valores".
O partido classifica a hipótese colocada por Murargy como "inconstitucional" e questiona: "como é que ousa fazer esta afirmação, nem que fosse simplesmente por respeito ao povo guineense, que merece todo a consideração dos seus irmãos e pares de língua portuguesa".
"Para o PAIGC, o secretário-executivo da CPLP ficou cansado dos muitos problemas que a Guiné lhe tem causado ao ponto de escolher o caminho mais curto e o que lhe parece mais barato", acrescenta o comunicado.
O partido acrescenta: "ele diz simplesmente que a CPLP não tem dinheiro para o seu funcionamento, quanto mais para financiar uma eventual eleição antecipada.
O PAIGC diz esperar que a atual presidência de Timor Leste da CPLP "queira corrigir esta deriva de princípios e valores que só conseguimos atribuir ao cansaço e à alguma desatenção e fadiga" de Murade Murargy.
CPLP tem razão purque u paigc não tem condições de governar povo guineense voto ❌ no paigc maioria absoluta mas até este momento paigc não capaz de garantir estabilidade no país povo guineense não interessa quem ganha eleições legislativas mas quem pode garantir estabilidade no país e no asambuleia nacional popula penso que presidente da República deve convidar prs pnd para indigitar novo prumeiro ministro pá garantir estabilidade até ao fim de este legislatura povo guineense precisa de paz e estabilidade purque upaigc povo guineense está cansado
ResponderEliminarsso verde PAIGC naõ valorisa povo da guine biassau povo ta repilétu de eléisaõ , povo pricisa desinvolmentu paz sucésu e trabalho escola e trabalho isso q paiz pricisa isso q povo pricisa. maes PAIGC naõ ta pensar de isso, onde porbulema de paigc esta? tem muitu gropinhos no paigc tem gropo de Manel tem gropo de joquen tem gropo N.tori tem gropo de Armando por isso porbulema naõ posso acabar no paiz
ResponderEliminarSe na verdade paigc tem amor por povo guineense ki estão cansados di tantas sofrimentos deveria deixar di fazer politica e ficar so com a regalia di ser partido libertador assim tera mais respeito pelo esse povo para dar oportunidade a outros partidos
ResponderEliminarReacção às declarações do secretário executivo da CPLP
ResponderEliminarPARTIDO AFRICANO PARA A INDEPENDÊNCIA DA GUINÉ E CABO VERDE
Secretariado Nacional
O secretário-executivo da CPLP afirmou hoje numa entrevista que concedeu à Lusa, que aceitaria um novo Governo sem o partido vencedor das legislativas (PAIGC) se tal permitir formar uma maioria estável e trazer paz e estabilidade, depois de o Presidente guineense ter demitido o Governo.
Para o PAIGC, o Secretário Executivo da CPLP ficou cansado dos muitos problemas que a Guiné lhe tem causado ao ponto de escolher o caminho mais curto e o que lhe parece mais barato.
Como não compreender e até admitir a clareza das razões do Secretario Executivo. Ele diz simplesmente que a CPLP não tem dinheiro para o seu funcionamento quanto menos para financiar uma eventual eleição antecipada.
Talvez o único senão é que o Secretário Executivo perdeu de vista que a construção democrática é um pressuposto fundamental para a paz e a estabilidade e estes valores não têm preço e se têm, só o povo guineense pode fixar os respetivos valores.
Como é que, conhecendo a inconstitucionalidade dessa proposição, um Responsável de dimensão internacional e em representação de uma organização como a CPLP, que tem como principal vocação contribuir para o reforço das instituições democráticas e a correspondente integração no concerto das nações, ousa fazer esta afirmação, nem que fosse simplesmente por respeito ao povo guineense, que merece todo a consideração dos seus irmãos e pares de língua portuguesa.
Ficamos atentos ao posicionamento da organização através dos seus órgãos supremos, nomeadamente a Conferência de Ministros e a dos Chefes de Estado.
Até lá, talvez a atual presidência de Timor Leste que, tal como o Secretário Executivo, também visitou a Guiné-Bissau e se inteirou da realidade dos factos, queira corrigir esta deriva de princípios e valores que só conseguimos atribuir ao cansaço e à alguma desatenção e fadiga.
Para ajudar a manter sua atenção e coerência, asseguramos ao Senhor Secretário Executivo que deste lado de África, desde o Atlântico, as vozes que tentam sair em Português com os sotaques de dialetos africanos, nunca chegaremos ao desespero de pedir a legitimação do poder proveniente de outras forças que não seja a vontade do povo moçambicano, seja ela fermentada em Gorongosa ou no Maputo.
Bissau, 13 de maio de 2016
Óscar Barbosa “Cancan”
Membro do Bureau Político e Secretário para Informação, Comunicação e Documentação do Secretariado Nacional do Comité Central do PAIGC