sexta-feira, 17 de junho de 2016

Conselho de Ministros da Guiné-Bissau rescinde acordo de resgate aos bancos comerciais privados

Na sua segunda reunião, esta sexta-feira, o Conselho de Ministros da Guiné-Bissau decidiu rescindir o acordo de resgate aos dois bancos comerciais privados estimado em 34 bilhões de CFAs.

A decisão de executivo de Baciro Djá afigura-se como a primeira resposta às preocupações do Fundo Monetário Internacional (FMI) que recentemente anunciou a possibilidade do cancelamento de apoios à Guiné-Bissau, caso a situação não fosse revertida.

A operação de resgate aos dois dos quatro bancos comerciais privados da Guiné-Bissau já estava em curso, fruto de um acordo assinado pelo governo de Domingos Simões Pereira em Julho de 2015.

O então ministro da Economia e Finanças, Geraldo Martins, justificou a medida com a necessidade de injecção de fundos públicos para salvar o Banco da África Ocidental e o Banco da União.

Que o governo considerava em riscos de falência, devido aos créditos mal parados.

A tal medida de alocação do empréstimo contraído pelo Estado guineense “para a limpeza da carteira de créditos mal parados”, com alegou Geraldo Martins na sua nota de esclarecimento, causou um mal-estar entre o FMI e as autoridades governamentais da Guiné-Bissau.

No âmbito do seu programa com o país acordado em Julho de 2015, o FMI tinha exigido à Guiné-Bissau para que revertesse a sua decisão de resgate sob o risco do cancelamento dos empréstimos financeiros no valor de 24 milhões de dólares.

Ainda não há detalhes sobre o impacto que esta decisão governamental pode causar nos meios bancários do país. Todavia, segundo uma informação ainda não confirmada pela GBissau.com, no acordo estabelecido pelo governo anterior, os dois bancos podiam exigir o mínimo de 3 bilhões (metade para cada um), no caso de rescisão desse compromisso de resgate.


Na reunião do Conselho de Ministros foi também aprovado o Programa do Governo que será posteriormente submetido à Assembleia Nacional Popular para análise, debate e possível aprovação. O novo governo discutiu as suas prioridades para os primeiros 100 dias de governação. Com o Gbissau

1 comentário :

  1. O novo ministro da Economia e Finanças , Henrique Horta dos Santos promete empenhar-se para que o Fundo Monetário Internacional (FMI) não suspenda os seus apoios à Guiné-Bissau.

    Segundo o jornal No Pintcjha, Horta dos Santos fez essa promessa em declarações à imprensa, no âmbito de visitas que fez recentemente às instituições sob sua tutela.

    A promessa do ministro esta relacionada à informações avançadas pelo Nô Pincha citando a agência inglesa Reuters, segundo as quais o FMI decidiu suspender os seus apoios à Guiné-Bissau devido a compra pelo governo liderado por Domingos Simões Pereira, de créditos de privados junto aos bancos comerciais .

    O jornal refere que a compra dos considerados “créditos mal parados” haviam sido desaconselhada ao governo , que, na pessoa de Domingos Simões Pereira terá justificado que tal medida era necessária para evitar a falência do sector privado. Em causa estão 34 milhões de francos cfa.

    Para o FMI, segundo a jornal, a medida apenas beneficiou os empresários mais ricos tanto nacionais como estrangeiros, em detrimento de melhorias da situação das infraestruturas e da redução da pobreza.

    As condições do FMI para a retoma de financiamentos ao país, segundo o jornal, passa pela apresentação, pelas autoridades, de um novo orçamento Geral de Estado para este ano, levando em conta o apoio orçamental perdido.

    “Até lá o FMI não vai desembolsar quaisquer parcelas de crédito pendentes, tal como previsto anteriormente, disse Oscar Melhado, representante residente do FMI, citado pelo jornal.

    Em Junho de 2015, O Fundo Monetário Internacional aprovou um empréstimo de 24 milhões de dólares à Guiné-Bissau para ajudar o Estado a sair da crise.

    Em reacção à esta notícia, o ex-ministro da Economia e Finanças do governo demissionário, Geraldo Martins considerou de falsas as informações sobre a suspensão dos desembolsos do FMI ao país, alegando que decisões desta natureza só são tomadas pelo Conselho de Administração do Fundo Monetário Internacional.

    Martins acrescentou que o FMI reuniu o seu Conselho de Administração a 10 de Junho mas que nada tinha sido referido sobre a Guiné-Bissau.

    O ex-governante disse que o FMI faz um balanco positivo de diferentes programas com a Guiné-Bissau mas que terá chamado a atenção às autoridades de que o resgate aos bancos, efectuado em 2015, colocaria em risco todo o programa.

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