quarta-feira, 22 de junho de 2016

Época chuvosa traz perigo de doenças na Guiné-Bissau, pelo que “os pais devem ser mais vigilantes em relação aos seus filhos”

Os diretores clínicos dos hospitais Militar e Simão Mendes afirmam que, nesta época chuvosa, as doenças mais frequentes são o paludismo e a diarreia aguda, por isso “os pais devem ser mais vigilantes em relação aos seus filhos”

Augusto Mendes, do Hospital Militar (HM) e Eva Martins do Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM), respectivamente, que falavam, hoje, terça-feira (21), durante uma entrevista exclusiva à Rádio Sol Mansi (RSM) revelam que estas doenças são mais frequentes “devido as condições climáticas, o aumento da temperatura e a condição de água consumida”.

“Deve-se tomar muita preocupação nesta época e principalmente no tratamento adequado de água para o consumo. E dentre doença diarreica água corre-se o risco de pegar cólera”, aconselha Augusto Mendes.

“Os pais devem ser mais atentos e usarem mosquiteiros porque as vezes os mosquitos são resistentes”, afirma Eva Martins.

Entretanto, em termos de condições apropriadas para receber os doentes, o Hospital Militar está melhor preparado ao contrário do Simão Mendes, conclusões tiradas na conversa dos dois responsáveis.

“Devido ao aumento demográfico não teremos capacidade de resposta e este ó o Hospital de referencia, o único a nível nacional. Temos limitações e a população deveria recorrer primeiro aos centros sanitários instalados nos bairros”, lamenta.

Enquanto isso o responsável do HM afirma que recebem sempre casos de doentes “com capacidades de albergar doentes” fazem os seus trabalhos.

Na época chuvosa a pediatria do HNSM fica sempre superlotada e algumas crianças são obrigadas a deitarem no chão do hospital e as vezes mais de duas por cama. E existem casos em que os doentes são dados altas antecipadas para continuarem o tratamento ambulatório.

Esta temporada traz à população guineense doenças transmitidas pela má condição de água potável e a população precisa estar atenta aos sintomas como febre e dores que podem representar ameaças à saúde.

Nos bairros e até nas avenidas do país verifica-se acúmulo de lixo, lugar favorável para os mosquitos e ratos. Na realidade mesmo com esta situação as pessoas urinam no local que igualmente põe em causa a vida humana.


O certo é que também não existem tanques de lixos nas ruas. Embora a Câmara Municipal de Bissau, duas vezes por dia, faz limpeza e recolha de lixo nas avenidas, as pessoas continuam a colocar lixos nas estradas. Sem contar que os mercados do país continuam sem condições higiénicas. Mesmo com os lixos, que também incomodam com o cheiro, os produtos são colocados no chão e sem protecção apropriada. Com a Radio Sol Mansi

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