quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Guiné-Bissau regista reserva cambial de 370 milhões de dólares

O director nacional do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO), João Alage Mamadú Fadia, revelou ontem, 14 de Setembro, que o país tem reservas cambiais na ordem de trezentos e setenta milhões (370 000 000) de dólares até ao terceiro trimestre de 2016.

Fadia falava à imprensa a margem das duas reuniões trimestrais do Conselho Nacional de Crédito (CNC) com os directores gerais dos bancos comerciais de Bissau, na qual analisaram as actividades dos bancos e o balanço da evolução da situação económica do país. Ambos os encontros com activistas económicos decorreram na sede nacional do BCEAO, ao lado de famoso poílon de Brá.

De acordo com o responsável máximo da BCEAO na Guiné-Bissau, as exportações foram boas em termos de preços e os bancos conseguiram intermediar as operações, acrescentando que “hoje o país tem de reservas cambiais na ordem de trezentos e setenta milhões de Euros, o que é um bom resultado. Quer dizer que está a evoluir cada vez mais. Além disso, a política monetária, também com a intervenção dos bancos na sua execução, correu bem. A inflação está dentro dos limites – está a 2,5 por cento, portanto, os objectivos foram atingidos”.

João Alage Mamadú Fadia espelha que as reservas cambiais significam que o país tem grande capacidade de efectuar compras no estrangeiro, através das referidas reservas.

O número um da BCEAO guineense assegurou que a perspectiva passa agora em trabalharem de mãos dadas com vista a consolidação dos ganhos conseguidos até este trimestre.

“A sustentação da nossa moeda também baseia-se nas reservas cambiais que nós conseguimos produzir. E neste momento é bastante positivo, graças aos produtores, operadores económicos e todo o sistema bancário que intermedeia estas operações”, frisou Fadia.

Em nome dos bancos comerciais do país, Rómulo Pires considera que as instituições bancarias do país estão de boa saúde. Na sua visão, o sistema de bancarização contínua sólido e a crescer, assim como se regista um aumento de pessoas bancarizadas, os depósitos e os créditos continuam a crescer.

Solicitado a pronunciar-se sobre a entrada em funções de um novo banco e se o mercado financeiro guineense tem condições de suportar mais bancos, Pires foi taxativo, dizendo que “sim”, para de seguida sustentar que a taxa de bancarização da população da Guiné-Bissau está em 4,8 por cento com uma margem de progressão enorme.

Relativamente a reunião do CNC, os participantes analisaram a situação económica, monetária e financeira recente da União Económica Monetária Oeste Africana (UEMOA) e da Guiné-Bissau em particular.

CNC analisou ainda a situação de comercialização e de exportação da castanha de caju, assim como avaliou as actividades nos diferentes sectores, congratulando-se com os resultados registados até este momento no que tange ao preço internacional e a quantidade exportada.

Os conselheiros debruçaram-se sobre os factores que sustentaram o crescimento económico projectados para 2016 e 2017, estimado em 5,4 por cento e 6,1 por cento respectivamente.


Apesar de terem-se congratulado com o aumento de número de guichets dos bancos em todo país e da segurança junto das instituições, os conselheiros sugeriram o reforço no financiamento da economia, particularmente no sector agrícola, assim como exortaram a melhoria do ambiente de negócios, apontando uma melhor organização do circuito de produção e de comercialização, permitindo assim ao Estado aumentar a receita fiscal. Com Odemocrata

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