
No seu discurso na 71ª sessão da
Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, Vaz indicou outras
solicitações, incluindo a participação das forças armadas guineenses nas
missões de manutenção de paz.
Outra preocupação que precisa de ajuda
internacional “é a obtenção de fundos para a reintegração dos desmobilizados”.
Vaz usou a sua intervenção para explicar
ao mundo que o seu país já não enfrenta uma “crise político-militar”, mas sim
“uma crise eminentemente político-institucional”.
Consolidação
da paz
Recentemente, disse Vaz, foi assinado
pelo Presidente do parlamento, primeiro-ministro e dois partidos, que
“permitirá o apaziguamento de tensões políticas que permitam a estabilidade
governativa até o fim da legislatura”.
Ele prometeu trabalhar com todos para a
“consolidação de um clima de paz”.
Além de assuntos internos, Vaz defendeu
a necessidade de se implementar o acordo de mudanças climáticas, assinado em
2015, em Paris, e manifestou a solidariedade aos que sofrem de acções
terroristas no mundo. Com a Voz da América
Oiça o discurso do Chefe de Estado guineense, José Mário Vaz, na íntegra «aqui»
Oiça o discurso do Chefe de Estado guineense, José Mário Vaz, na íntegra «aqui»
O Presidente da República prometeu fazer tudo, através de um diálogo político franco e aberto com todas as forças vivas do país, para a consolidação do clima de paz e estabilidade social, que considera indispensáveis para o processo de governação.
ResponderEliminarJosé Mário Vaz que discursava quarta-feira na septuagésima primeira Sessão da Assembleia Geral da ONU, a decorrer em Nova Iorque, sob o tema “ problemática do desenvolvimento sustentável”, disse que, para a Guiné Bissau, a presente sessão representa uma oportunidade para reforçar os compromissos, bem como de partilha da responsabilidade entre todos os actores internacionais na realização dos objectivos da agenda 2030.
O chefe de Estado guineense afirmou que o Programa de Acão de Adis-Abeba para financiar o desenvolvimento, aprovado pela Assembleia Geral, em julho de 2015, alimenta novas esperanças no que se refere ao financiamento para a realização dos objectos do desenvolvimento sustentável.
Acrescentou que os compromissos assumidos entre as partes, devem ser respeitados e harmonizados para que os objetivos da agenda 2030 e do programa de ação de Adis-Abeba sejam realizados .
O Presidente da República da Guiné-Bissau afirmou que o país está determinado em assumir a responsabilidade que lhe cabe na implementação dos compromissos na base de estratégia global e regional.
“Nesta perspetiva, estou satisfeito pelo facto do nosso Plano Nacional do Desenvolvimento estar alinhado com grande parte dos objetivos que compõem a agenda 2030. Devo elogiar, por outro lado, a vontade política das autoridades nacionais de reajustar progressivamente este plano, tendo em vista a acomodação integral dos 17 objetivos do desenvolvimento traçados”, referiu.
Afirmou que o país tem um capital natural muito importante para alavancar o seu desenvolvimento e a preservação do ambiente na região da África ocidental, frisando que a biodiversidade tornou-se num eixo transversal ao desenvolvimento do país.
José Mário Vaz falou também do recente acordo assinado com vista a ultrapassar a presente situação política do país e o bloqueio no parlamento, sob a égide da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental(CEDEAO).
Considera ser um passo importante para o apaziguamento das tenções políticas e o alcance de plataformas de consenso que permita garantir a estabilidade governativa até ao fim da presente legislatura.
O presidente da República da Guiné-Bissau renovou o seu pedido de apoio das Nações Unidas ao processo de reconciliação nacional em curso no país, à participação das Forças Armadas em missões de manutenção de paz, materialização da reforma no sector da defesa e segurança, sobretudo no controlo de armamentos e gestão de materiais de guerra, construção de paióis e recuperação casernas e obtenção de fundos de reintegração dos desmobilizados.
José Mário Vaz pediu ainda a implementação do acordo de Paris , por ser um instrumento de regulação do diálogo e da cooperação internacional entre os Estados que têm nas suas mãos o destino do planeta.
O Presidente abordou ainda questões de alterações climáticas no seu país que representam um perigo emergente, por a Guiné-Bissau ser um país costeiro.
O chefe de Estado destaca o assunto das mudanças climáticas como uma das principais prioridades das açoes politicas, razão pela qual disse querer participar na cimeira dos oceanos do próximo ano.