
Fizeram também parte da delegação de
alto nível S.Excia Sr. Naby Youssouf Kiridi Bangoura, Ministro de Estado,
Secretário-geral da Presidência da República da Guiné, representando o Mediador
da CEDEAO para a Guiné-Bissau e S. Excia Sr. Marcel de Souza, Presidente da
Comissão da CEDEAO.
O principal objetivo desta missão foi
avaliar a implementação dos Acordos de Conakry e Bissau, conforme as decisões
da sessão extraordinária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da
CEDEAO, realizada em Addis Abeba, Etiópia, em 27 de janeiro de 2018, à margem da
30ª Sessão Ordinária da Assembleia dos Chefes de Estado e de Governo da União
Africana.
Recorde-se que a Conferência dos Chefes
de Estado e de Governo da CEDEAO, na sua Sessão extraordinária de 27 de janeiro
de 2018, convidou as partes Bissau Guineenses a cumprir o Acordo de Conakry,
caso contrário as sanções coletivas e individuais serão aplicadas a partir de 1
de fevereiro de 2018, contra todas as pessoas ou organizações que entravam o
processo de saída da crise na Guiné-Bissau. A Conferência também mandatou o
Presidente da Comissão para implementar as sanções e criou um Comité de
seguimento das sanções composto pelo Togo, Guiné e a Comissão da CEDEAO.
No final das reuniões e intercâmbios que
teve com as diversas partes interessadas da crise, em 31 de janeiro e 1 de
fevereiro de 2018:
A Missão constata que a nomeação do
Primeiro-Ministro do consenso, conforme preconizado pelo Acordo de Conakry, não
foi respeitada. Como resultado, a Comissão da CEDEAO anuncia a aplicação das
sanções coletivas e individuais, a partir de 1 de fevereiro de 2018, contra
todas as pessoas ou organizações que entravam o processo de saída da crise na
Guiné-Bissau, como decidido pela Conferência dos Chefes de Estado e de Governo
da CEDEAO, em Adis Abeba, a 27 de janeiro de 2018.
A Missão continua convencida de que, sem
a plena implementação do Acordo de Conakry, incluindo a nomeação de um
Primeiro-ministro de consenso e a formação de um governo inclusivo, as
condições políticas adequadas não estão reunidas para a organização de eleições
credíveis, inclusivas e pacíficas.
A Missão lamenta profundamente o não
respeito da liberdade de reunião, tal como reconhecido pela Constituição da
Guiné-Bissau, bem como pelos instrumentos jurídicos da CEDEAO, da União
Africana e das Nações Unidas sobre a matéria. A este respeito, a Missão exorta
todas as autoridades da Guiné Bissau a garantir o respeito rigoroso do Estado
de direito, dos direitos humanos, incluindo a liberdade de reunião.
A Missão insta as forças de defesa e
segurança da Guiné-Bissau a manterem uma posição republicana e a permanecerem
neutras em relação aos atores políticos;
A Missão observa com satisfação o nível
e a qualidade da colaboração da nossa organização regional com os seus
parceiros e lança um forte apelo à União Africana, à CPLP, à União Europeia e
às Nações Unidas para apoiar a CEDEAO na aplicação efetiva das suas sanções. Ler mais aqui»
Feito em Bissau a 1 de fevereiro de 2018
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