Bissau (Lusa, 14 de Janeiro de 2013) – O Partido da
Renovação Social (PRS), líder da oposição na Guiné-Bissau, comemorou
hoje 21 anos garantindo querer dar prioridade ao diálogo e à união, quer
dos militantes do partido quer da classe política e do povo guineense.
“A nova direção do PRS não está cá para dividir, está cá para juntar
os guineenses e dar uma boa imagem da Guiné-Bissau a toda a comunidade
internacional”, disse Serifo Djaló, vice-presidente do partido e líder
da bancada parlamentar do PRS, numa festa em Bissau para assinalar o
aniversário.
O PRS tem uma nova direção, eleita no
congresso de dezembro, marcado pela saída do líder histórico e antigo
Presidente da República, Kumba Ialá, que hoje participou na cerimónia,
sem discursar e sem o tradicional barrete vermelho, que sempre o
caracterizou.
A cerimónia de hoje, com a presença de uma dúzia de músicos, culminou
três dias de iniciativas, que incluíram uma marcha, palestras e um
torneio de futebol entre partidos, uma iniciativa inédita mas que não
correu bem ao organizador, já que o PRS ficou em último lugar, tendo
ganho o torneio a UPG (União Patriótica Guineense).
Com a presença de representantes dos principais partidos guineenses, o
aniversário serviu também para o PRS apresentar os novos dirigentes do
partido, entregar cartões a novos militantes e fazer um minuto de
silêncio em memória do militante número 01, Carlos Sousa, falecido
recentemente.
E serviu para elogiar Kumba Ialá e a “coragem” em der deixado a
direção do partido, e para dar vivas aos restantes partidos da
Guiné-Bissau, incluindo o Partido Africano da Independência da Guiné e
Cabo Verde (PAIGC), maior partido do país, algo também inédito.
Domingo, numa palestra organizada pelo PRS o analista político
Fernando Delfim da Silva fez um balanço negro do país nas últimas
décadas.
“Falhámos politicamente em 18 anos, falhámos completamente no plano
económico, falhámos totalmente no plano político e institucional”,
disse, acrescentando como exemplo o país ter tido 11
primeiros-ministros, três Presidentes interinos e duas Presidências de
transição.
“A nossa democracia foi sobretudo de luta pelo poder, para ver quem
vai ser Presidente, primeiro-ministro, deputado, ministro, governador”,
disse, acrescentando: “não tivemos sorte nem capacidade para fazer
democracia além da competição”.
Pelas Futuras Gerações e pela nossa! Trazemos a Sabedoria dos Antigos e do nosso Tempo! Não renegamos a nossa Cultura nem rejeitamos o contributo válido de qualquer outra! Compreendemos melhor o Passado e perspectivamos na medida justa o nosso Futuro Colectivo! Não pretendemos ter o exclusivo da Verdade! Reflectimos sobre o que achamos de interesse comum, como contributo para o nosso Desenvolvimento Colectivo, para o qual você está convidado a ter Opinião!
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