terça-feira, 15 de janeiro de 2013

PRS Comemora 21 anos de existência

Bissau (Lusa, 14 de Janeiro de 2013) – O Partido da Renovação Social (PRS), líder da oposição na Guiné-Bissau, comemorou hoje 21 anos garantindo querer dar prioridade ao diálogo e à união, quer dos militantes do partido quer da classe política e do povo guineense.
“A nova direção do PRS não está cá para dividir, está cá para juntar os guineenses e dar uma boa imagem da Guiné-Bissau a toda a comunidade internacional”, disse Serifo Djaló, vice-presidente do partido e líder da bancada parlamentar do PRS, numa festa em Bissau para assinalar o aniversário.
O PRS tem uma nova direção, eleita no congresso de dezembro, marcado pela saída do líder histórico e antigo Presidente da República, Kumba Ialá, que hoje participou na cerimónia, sem discursar e sem o tradicional barrete vermelho, que sempre o caracterizou.
A cerimónia de hoje, com a presença de uma dúzia de músicos, culminou três dias de iniciativas, que incluíram uma marcha, palestras e um torneio de futebol entre partidos, uma iniciativa inédita mas que não correu bem ao organizador, já que o PRS ficou em último lugar, tendo ganho o torneio a UPG (União Patriótica Guineense).
Com a presença de representantes dos principais partidos guineenses, o aniversário serviu também para o PRS apresentar os novos dirigentes do partido, entregar cartões a novos militantes e fazer um minuto de silêncio em memória do militante número 01, Carlos Sousa, falecido recentemente.
E serviu para elogiar Kumba Ialá e a “coragem” em der deixado a direção do partido, e para dar vivas aos restantes partidos da Guiné-Bissau, incluindo o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), maior partido do país, algo também inédito.
Domingo, numa palestra organizada pelo PRS o analista político Fernando Delfim da Silva fez um balanço negro do país nas últimas décadas.
“Falhámos politicamente em 18 anos, falhámos completamente no plano económico, falhámos totalmente no plano político e institucional”, disse, acrescentando como exemplo o país ter tido 11 primeiros-ministros, três Presidentes interinos e duas Presidências de transição.
“A nossa democracia foi sobretudo de luta pelo poder, para ver quem vai ser Presidente, primeiro-ministro, deputado, ministro, governador”, disse, acrescentando: “não tivemos sorte nem capacidade para fazer democracia além da competição”.

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