quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

ANP em colisão com o goveno


O presidente do parlamento guineense Ibraima Sori Djalo garantiu hoje durante a sessão parlamentar que não vai “desarmar” da sua posição de pressionar o governo de transição a apresentar o seu programa de governação e o Orçamento Geral de Estado (OGE).
Sori Djalo lembrou que o Presidente de Transição é o fruto da Assembleia Nacional Popular (ANP), e, se assembleia for resolvida, o chefe de estado perde a sua legitimidade.
O presidente da mesa da ANP referia assim uma “adenda” dos partidos políticos signatários do pacto e do acordo politico de transição em conluio com o governo e depositada no Supremo Tribunal de Justiça, mas não assinada pelo PAIGC, PRS, UM e PND.
A maioria dos partidos com e sem assento parlamentar agrupados numa “Comissão Multipartidária Social de Transição (CMST)” depositaram sem o conhecimento de dois principais partidos – PAIGC e PRS, uma “adenda” no STJ, em que, num dos pontos, referia que,” Na sequencia da prorrogação de mandato da legislatura da ANP as votações de diplomas devem obedecer ao consenso dos actores políticos nela representado e não nos termos constitucionais e regimentais da ANP”.
Nesta circunstancia, Sori Djalo disse que o documento demonstra a intenção do governo de transição de governar o país sozinho sem que pudesse ser controlado e exorta aos deputados a se defenderem os seus direitos contra uma eventual substituição dos poderes da ANP, por um outro órgão de natureza inconstitucional.
Se de facto foi uma conquista para estarmos aqui, é bom defender a nossa cabeça”, disse o presidente assegurando que não está no parlamento com coração “mole”, mas para defender o que está na lei.

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