quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Associação de amizade Matosinhos-Mansoa apoia escolas da cidade guineense


Bissau - A Associação de Amizade Matosinhos-Mansoa, que junta as cidades portuguesas e guineense, vai apoiar as escolas do município da Guiné-Bissau com secretárias, cadeiras, tintas e material escolar.
A informação foi avançada à Agência Lusa pelo vice-presidente da Associação, o empresário português Rui Rocha, no final de uma visita de 10 dias à Guiné-Bissau. A localidade de Mansoa, no leste da Guiné-Bissau, é geminada com Matosinhos e foi nesse âmbito que foi criada a Associação, em 2000.
Rui Rocha, nomeado representante da Câmara de Comércio da Guiné-Bissau no norte de Portugal, disse ainda à Lusa que, dependendo da geminação e por conseguinte da autarquia de Matosinhos, a biblioteca de Mansoa poderá ser também equipada com livros.
A Associação vai angariar roupas para trazer para Mansoa e tantará mobilizar equipas médicas portuguesas que venham à Guiné-Bissau durante um curto período dar consultas, disse o empresário, que, garantiu, vai investir numa fábrica de sabão em Bissau e numa central de cogeração, aproveitando lixo urbano e material lenhoso.
Rui Rocha disse ainda à Lusa que vai criar em Quebo, no sul da Guiné-Bissau, uma região "de agricultura intensiva com uma vertente comunitária, que contemplará uma pequena escola e uma loja".
"Já começamos a análise da fertilidade dos solos", disse. Para já Rui Rocha criou na Guiné-Bissau uma empresa de importação e exportação que começa a operar já esta semana, disse, acrescentando que é mais fácil criar uma empresa na Guiné-Bissau do que em Portugal.
Segundo dados do Centro de Formalização de Empresas da Guiné-Bissau, só no mês de janeiro deste ano foram criadas 32 empresas com capitais de países africanos (Guiné-Bissau incluído), cinco de países europeus e três de países asiáticos.
Nas áreas de comércio, indústria e turismo foram criadas na Guiné-Bissau mais empresas depois do golpe de Estado de 12 de abril de 2012 do que antes: 180 empresas de maio a dezembro de 2011 e 184 de maio a dezembro de 2012.
No total, de maio (início da atividade do Centro) a dezembro de 2011 foram criadas 278 empresas e de maio a dezembro de 2012 foram criadas 217 empresas. A maior parte são empresas da Guiné-Bissau, seguindo-se empresas estrangeiras e depois empresa mistas.
De acordo com Rui Rocha há muitos empresários com vontade de investir na Guiné-Bissau mas há também medo devido ao "desfasamento entre a informação que passa em Portugal e a realidade da Guiné-Bissau".
"Há vontade de investir em mercados externos mas a mistificação à volta da Guiné-Bissau tem sido dissuasora para o investimento", disse.



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