Bissau
- A Associação de Amizade Matosinhos-Mansoa, que junta as cidades
portuguesas e guineense, vai apoiar as escolas do município da
Guiné-Bissau com secretárias, cadeiras, tintas e material escolar.
A informação
foi avançada à Agência Lusa pelo vice-presidente da Associação,
o empresário português Rui Rocha, no final de uma visita de 10 dias
à Guiné-Bissau. A localidade de Mansoa, no leste da Guiné-Bissau,
é geminada com Matosinhos e foi nesse âmbito que foi criada a
Associação, em 2000.
Rui Rocha,
nomeado representante da Câmara de Comércio da Guiné-Bissau no
norte de Portugal, disse ainda à Lusa que, dependendo da geminação
e por conseguinte da autarquia de Matosinhos, a biblioteca de Mansoa
poderá ser também equipada com livros.
A Associação
vai angariar roupas para trazer para Mansoa e tantará mobilizar
equipas médicas portuguesas que venham à Guiné-Bissau durante um
curto período dar consultas, disse o empresário, que, garantiu, vai
investir numa fábrica de sabão em Bissau e numa central de
cogeração, aproveitando lixo urbano e material lenhoso.
Rui Rocha
disse ainda à Lusa que vai criar em Quebo, no sul da Guiné-Bissau,
uma região "de agricultura intensiva com uma vertente
comunitária, que contemplará uma pequena escola e uma loja".
"Já
começamos a análise da fertilidade dos solos", disse. Para já Rui
Rocha criou na Guiné-Bissau uma empresa de importação e exportação
que começa a operar já esta semana, disse, acrescentando que é
mais fácil criar uma empresa na Guiné-Bissau do que em Portugal.
Segundo dados
do Centro de Formalização de Empresas da Guiné-Bissau, só no mês
de janeiro deste ano foram criadas 32 empresas com capitais de países
africanos (Guiné-Bissau incluído), cinco de países europeus e três
de países asiáticos.
Nas áreas de
comércio, indústria e turismo foram criadas na Guiné-Bissau mais
empresas depois do golpe de Estado de 12 de abril de 2012 do que
antes: 180 empresas de maio a dezembro de 2011 e 184 de maio a
dezembro de 2012.
No total, de
maio (início da atividade do Centro) a dezembro de 2011 foram
criadas 278 empresas e de maio a dezembro de 2012 foram criadas 217
empresas. A maior parte são empresas da Guiné-Bissau, seguindo-se
empresas estrangeiras e depois empresa mistas.
De acordo com
Rui Rocha há muitos empresários com vontade de investir na
Guiné-Bissau mas há também medo devido ao "desfasamento entre
a informação que passa em Portugal e a realidade da Guiné-Bissau".
"Há
vontade de investir em mercados externos mas a mistificação à
volta da Guiné-Bissau tem sido dissuasora para o investimento",
disse.
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